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EUA derrubam três drones iranianos e um míssil lançado pelos Houthis

por Lusa
Cresce a tensão no mar Vermelho Reuters via US Navy

Os militares dos Estados Unidos anunciaram terem abatido no golfo de Aden três drones iranianos, assim como um míssil antinavio lançado pelos rebeldes Houthis do Iémen.

O Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) disse que os militares abateram três drones fabricados pelo Irão que se aproximam das posições norte-americanas, de acordo com um comunicado divulgado na quarta-feira, na rede social X (antigo Twitter).

O navio de guerra norte-americano USS Carney abateu um "míssil balístico antinavio" que foi disparado de "áreas controladas pelos Houthis no Iémen", sem causar quaisquer "ferimentos ou danos", disse o comunicado.

Os ataques aconteceram no mesmo dia em que os Estados Unidos e o Reino Unido decidiram sancionar quatro líderes dos Houthis por "atos de terrorismo" contra a navegação comercial no mar Vermelho e no golfo de Aden.

Também na quarta-feira, os Houthis acusaram Washington e Londres de realizarem uma nova vaga de bombardeamentos contra a cidade de Saada, um dos principais redutos dos insurgentes no noroeste do Iémen.

A última vez que os EUA e o Reino Unido bombardearam conjuntamente o Iémen foi em 22 de janeiro, num ataque contra posições Houthis que visava destruir um dos armazéns subterrâneos onde os rebeldes guardavam alguns dos mísseis que utilizam contra navios no mar Vermelho.

No entanto, dois dias depois, os Estados Unidos bombardearam posições militares Houthis no porto de Ras Issa, a norte da cidade portuária de Al Hodeida, nas margens do mar Vermelho.

Na quarta-feira, os Houthis tinham anunciado um ataque contra um contratorpedeiro norte-americano no sul do Mar Vermelho com vários mísseis, uma ação que afirmaram ter sido "no âmbito do legítimo direito à legítima defesa".

Um dia antes, o Centcom tinha declarado que o navio militar USS Gravely abateu um míssil antinavio lançado pelos rebeldes sobre o mar Vermelho.

Os Houthis, grupo apoiado pelo Irão e considerado terrorista pelos EUA, têm realizado centenas de ataques com drones e mísseis contra navios comerciais no mar Vermelho, em resposta aos ataques de Israel na Faixa de Gaza.

A tensão naquela área marítima levou as principais linhas de navegação do mundo a ajustar as rotas para evitar a zona, por onde transitam 8% do comércio mundial de cereais, 12% do comércio de petróleo e 8% do comércio internacional de gás natural liquefeito.

O transporte marítimo de contentores no mar Vermelho caiu perto de 30% no início de janeiro, anunciou na quarta-feira o Fundo Monetário Internacional.

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