Os Estados Unidos anunciaram ter atacado, na segunda-feira, três instalações no Iraque, alegadamente usadas por milícias pró-iranianas, em resposta a um ataque contra bases norte-americanas, em Erbil, no norte do país.
"As forças armadas norte-americanas realizaram ataques necessários e proporcionais em três instalações utilizadas pela (milícia xiita iraquiana) Kataeb Hezbollah e grupos afiliados no Iraque", declarou o secretário da Defesa, Lloyd Austin, em comunicado.
A operação foi "uma resposta a uma série de ataques contra pessoal norte-americano no Iraque e na Síria por parte das milícias apoiadas pelo Irão, incluindo um ataque do Kateb Hezbollah (...) contra a base aérea de Erbil", disse na mesma nota.
O Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM) precisou que os bombardeamentos, tendo em conta as primeiras avaliações, destruíram as instalações visadas "e provavelmente mataram vários membros do Kateb Hezbollah". O CENTCOM afirmou também não ter provas da existência de vítimas civis.
"Estes ataques destinam-se a responsabilizar os elementos diretamente responsáveis pelos ataques contra as forças da coligação no Iraque e na Síria e a diminuir a capacidade de prosseguir os ataques. Protegeremos sempre as nossas forças", afirmou o comandante do CENTCOM, Michael Erik Kurilla.
Austin disse que o ataque da milícia em Erbil feriu três membros do pessoal dos EUA, um dos quais se encontra em estado crítico.
"Embora não procuremos uma escalada do conflito na região, estamos empenhados e totalmente preparados para tomar as medidas adicionais necessárias para proteger o nosso povo e as nossas instalações", disse o chefe do Pentágono.
As autoridades iraquianas informaram que um drone carregado de explosivos tinha atacado uma base militar onde estão estacionadas tropas americanas e internacionais, perto do aeroporto de Erbil.
As tropas norte-americanas no Iraque e na Síria tem sido alvo de dezenas de bombardeamentos com drones e projéteis de milícias pró-iranianas, em resposta ao apoio de Washington a Israel na ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza, na sequência dos ataques de 07 de outubro perpetrados pelo movimento islamita.