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Etiópia. Avião com 157 pessoas de 35 nacionalidades cai poucos minutos após descolar

por RTP
Tiksa Negeri - Reuters

Um avião da Ethiopian Airlines caiu com 149 passageiros e oito tripulantes a bordo, perto da cidade de Bishoftu, a 62 quilómetros da capital Adis Abeba. O aparelho, um Boeing 737, seguia para Nairobi, no Quénia. A televisão estatal etíope refere que não há sobreviventes e a lista das 35 nacionalidades, entretanto divulgada, não inclui portugueses.

O avião tinha descolado às 8h38 do aeroporto de Bole, na capital da Etiópia. Eram 8h44 quando perdeu contato com a torre de controlo, referem as agências internacionais.

"As operações de busca e resgate estão em andamento e não confirmamos informações sobre sobreviventes ou quaisquer possíveis causas", disse a companhia Ethiopian Airlines em comunicado.


No entanto, a televisão estatal da Etiópia avançou que não existem sobreviventes e que os passageiros eram oriundos de 35 países.

Durante a manhã, fonte da Secretaria de Estado das Comunidades referiu à agência Lusa que as autoridades portuguesas estavam a acompanhar a queda do avião, bem como as operações de resgate e identificação das vítimas, encontrando-se em contacto com a Embaixada de Portugal em Nairobi, no Quénia.

Entretanto, o presidente da companhia de aviação revelou que entre as vítimas estão: 32 quenianos, 18 canadianos e nove etíopes. Contam-se ainda: oito chineses, oito italianos, oito americanos, sete britânicos, sete franceses, seis egípcios, cinco holandeses, quatro indianos, quatro eslovacos, três austríacos, três suecos, três russos, dois marroquinos, dois espanhóis, dois polacos e dois israelitas.

Viajava ainda um cidadão de cada das seguintes nacionalidades: Bélgica, Indonésia, Somália, Noruega, Sérvia, Togo, Moçambique, Ruanda, Sudão, Uganda e Iémen. Quatro passageiros viajam ainda com documentos emitidos pelas Nações Unidas e as suas nacionalidades não foram reveladas.

"Velocidade vertical instável"

O presidente-executivo da Ethiopian Airlines referiu que o aparelho "não tinha problemas técnicos que fossem conhecidos" e mas admite que o piloto pediu para regressar ao aeroporto, reportando dificuldades, pouco depois da descolagem.


Sobre as causas do acidente, Tewolde Gebremariam prefere esperar pelo fim das investigações.

No entanto, um site sueco de rastreamento de voos nota que o aparelho apresentava uma “velocidade vertical instável” após a descolagem.

A Ethiopian Airlines anunciou que vai enviar pessoal para o local do acidente para "fazer todo o possível para ajudar nos serviços de emergência".

Será montado um centro de informações sobre os passageiros e já foram destinados números de telefone para os quais os familiares podem ligar.


"Sentidas condolências"
O primeiro-ministro Ahmed Abiy quis, na rede social Twitter, “expressar sentidas condolências às famílias daqueles que perderam seus entes amados no voo regular de um Boeing 737 da Ethiopian Airlines para Nairobi, no Quénia".

O Boeing 737-800 MAX é o mesmo modelo de aeronave que, em outubro passado, esteve envolvido noutro acidente. Um aparelho idêntico da companhia indonésia Lion Air caiu no mar 13 minutos após descolar do aeroporto de Jacarta, causando 189 mortes.

O último grave acidente a envolver um avião de passageiros da Ethiopian Airlines foi também o de um Boeing 737-800, que explodiu depois de levantar voo de Beirute, no Líbano, em 2010. As 90 pessoas que seguiam a bordo morreram.

A transportadora aérea etíope é uma das maiores companhias de aviação do continente africano, relativamente à composição da frota.

Fundada a 21 de dezembro de 1945, a rede da companhia abrange Europa, América do Norte, América do Sul, África, Médio Oriente e Ásia.

Integra, desde dezembro de 2011, a Star Alliance, uma aliança de companhias aéras, da qual faz parte a portuguesa TAP.
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