A menos de dois meses das eleições presidenciais nos EUA, agendadas para 5 de novembro, Donald Trump escapou pela segunda vez em dois meses a uma alegada tentativa de assassinato, depois de ter ficado ferido na orelha por tiros durante um comício de campanha eleitoral na Pensilvânia, no passado dia 13 de julho.
O suspeito de ter cometido o mais recente atentado contra o líder republicano é Ryan Wesley Routh, de 58 anos, segundo noticiaram os meios de comunicação social norte-americanos. Os agentes do Serviço Secreto "abriram fogo sobre um homem armado" que transportava uma espingarda AK-47, junto ao campo de golfe do Donald Trump, na Florida, onde o magnata jogava no domingo, de acordo com a mesma fonte.
O suspeito escapou dos arbustos onde se encontrava e fugiu numa viatura preta antes de ser encontrado e detido pelas autoridades.
"Temos alguém sob custódia que é um potencial suspeito", disse o xerife
do condado de Palm Beach, Ric Bradshaw, durante uma conferência de imprensa. O xerife responsável explicou que o campo de golfe não estava isolado na sua totalidade porque Trump não está em funções
. "A segurança estava limitada às áreas que os Serviços Secretos consideraram possíveis", afirmou.
O FBI anunciou, no domingo, que estava a investigar "uma alegada tentativa de assassinato" contra Donald Trump. Também o Serviço Secreto, a polícia responsável pela proteção de presidentes, antigos presidentes e figuras políticas importantes, anunciou uma investigação sobre o tiroteio.
"A violência não tem lugar na América!"
Numa publicação feita no domingo à noite na sua conta da rede social Truth Social, Donald Trump considerou ter sido "certamente um dia interessante" e agradeceu ao Serviço Secreto e a outras forças da ordem norte-americanas pelo "trabalho incrível" para o "manterem a salvo". "O trabalho efetuado foi absolutamente extraordinário. Tenho muito orgulho em ser americano!", afirmou.
O presidente cessante dos EUA, Joe Biden, disse estar "aliviado" pelo facto de Donald Trump "não ter sido atingido" e elogiou o "trabalho do Serviço Secreto e dos parceiros federais de aplicação da lei". Numa declaração da Casa Branca, Joe Biden sublinhou que "não há lugar para a violência política ou qualquer forma de violência no nosso país".
"Orientei a minha equipa para continuar a garantir que os Serviços Secretos tenham todos os recursos, capacidades e medidas de proteção necessárias para garantir a segurança contínua do antigo presidente", garantiu o presidente.
A mesma mensagem foi defendida pela sua vice-presidente e atual rival de Donald Trump às eleições presidenciais, Kamala Harris, que escreveu na sua conta da rede social X que "a violência não tem lugar na América".
c/ agências