O primeiro-ministro está em Paris numa para um encontro de líderes internacionais com vista ao apoio contínuo à Ucrânia. Em declarações aos jornalistas, António Costa reiterou o apoio europeu a Kiev e rejeitou um cenário de envio de tropas por países da NATO para a Ucrânia.
Numa altura em que se assinalam dois anos após o início da invasão russa da Ucrânia, o primeiro-ministro considera "fundamental mostrar um sentido de unidade com os nossos aliados americanos, canadianos, britânicos e membros da UE no apoio à Ucrânia para criar as condições para uma paz justa e duradoura".
Costa rejeitou, no entanto, "cenários" de envio de tropas por países da NATO para a Ucrânia, como foi admitido por Emmanuel Macron.
"Não há nenhum cenário em que essa questão se tenha colocado, nem vejo que qualquer país da NATO o deva fazer e, sobretudo, são decisões que a serem tomadas terão que ser tomadas coletivamente, porque numa Aliança de defesa coletiva a geração de riscos é também do interesse comum de todos, mas não foi tema" nesta reunião em Paris, garantiu.
"Não há nenhum cenário em que essa questão se tenha colocado, nem vejo que qualquer país da NATO o deva fazer e, sobretudo, são decisões que a serem tomadas terão que ser tomadas coletivamente, porque numa Aliança de defesa coletiva a geração de riscos é também do interesse comum de todos, mas não foi tema" nesta reunião em Paris, garantiu.
Questionado ainda sobre as declarações de Macron, que alertou para um eventual ataque da Rússia a um Estado-membro da UE, o primeiro-ministro considerou que este "não é momento para especulações".
"Todos temos de ter a noção de quais são os riscos e temos de nos preparar para os diferentes riscos, mas com uma determinação grande e com a consciência que a forma como hoje soubermos demonstrar a capacidade de apoiar o esforço do povo ucraniano na sua defesa e na defesa do direito internacional, é a melhor defesa que nós asseguramos para nós próprios no futuro", disse Costa.
Dando o exemplo de Timor-Leste, António Costa reiterou que "o Direito Internacional é a melhor arma dos pequenos países e dos povos que querem ser livres e viver em paz".
"Defender a preservação ao Direito Internacional na Ucrânia é a forma de garantirmos a nossa própria segurança no futuro", concluiu.
O encontro foi convocado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, numa altura em que se assinalam dois anos de guerra.