Na comunicação de abertura da conferência, o presidente da COP29, ministro da Ecologia do Azerbaijão e ex-executivo da empresa petrolífera nacional Socar, avisa que é preciso muito mais de cada uma das nações presentes em Baku.
“A COP29 é um momento de verdade para o Acordo de Paris”, sublinhou o novo presidente da Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas, Mukhtar Babayev, que apela ao mundo para que demonstre que “estamos preparados para cumprir as metas a que nos propusemos".
“As alterações climáticas já cá estão basta ver as cheias em Espanha, os incêndios na Austrália".
O novo presidente da Cimeira do Clima afirmou que “quer as vejam ou não, há populações estão a sofrer, estão a morrer na escuridão e precisam mais do que compaixão, mais do que orações ou documentos de trabalho. Estão a pedir liderança e ação”.

A Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, que arrancou na capital do Azerbaijão, procura um acordo para aumentar a ajuda financeira. No entanto, é uma tarefa difícil e que levou o chefe da ONU para o Clima, Simon Stiell, a afirmar que esse financiamento não é “uma caridade” dos países mais ricos.
“É do interesse de todos”, defendeu Stiell no discurso de abertura da COP29 em Baku.

A 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas começou esta segunda-feira, tendo na agenda negociações sobre Finanças e Comércio, após um ano de desastres climáticos. Muitas ONG criticam a realização da conferência num país que celebra o petróleo como um "presente de Deus" e onde as autoridades prenderam e estão a processar vários ativistas ambientais.
Cerca de 51 mil participantes estão credenciados para participar na conferência em Baku, ainda assim são menos elementos inscritos em relação à COP28, no Dubai, no ano passado.
“As alterações climáticas já cá estão basta ver as cheias em Espanha, os incêndios na Austrália".
O novo presidente da Cimeira do Clima afirmou que “quer as vejam ou não, há populações estão a sofrer, estão a morrer na escuridão e precisam mais do que compaixão, mais do que orações ou documentos de trabalho. Estão a pedir liderança e ação”.
Presidente da COP29, Mukhtar Babayev | Reuters
“Temos que investir hoje para salvarmos o amanhã”, pediu ainda o presidente da COP29, que apontou para “centenas de milhares de milhões” de dólares necessários ao financiamento de países que precisam de auxílio para se adaptarem às alterações climáticas.
“É do interesse de todos”, defendeu Stiell no discurso de abertura da COP29 em Baku.
Já o presidente cessante, da COP28, o sultão Al Jaber, alertou para o “momento de recuo e conflito” porque “a história vai julgar-nos pelas nossas ações e não pelas nossas palavras”.
Foto: Presidente da COP28, Al Jaber | Reuters
O presidente da COP28 deixou um conselho “fraternal” ao sucessor: “Permita que o espírito positivo prevaleça, que as ações falem mais alto do que as palavras (.. ) e lembre-se nós somos o que fazemos e não o que dizemos”.
Cerca de 51 mil participantes estão credenciados para participar na conferência em Baku, ainda assim são menos elementos inscritos em relação à COP28, no Dubai, no ano passado.