Os Estados Unidos lançaram hoje um foguetão lunar, num voo de ensaio, que poderá levar o país à Lua pela primeira vez desde o fim do programa Apollo, há 50 anos.
Se a missão de três semanas for bem sucedida, o foguetão vai lançar uma cápsula para uma órbita alargada ao redor da Lua.
Em dezembro, a cápsula, com três manequins de teste a bordo, vai regressar à Terra, mergulhando no oceano Pacífico.
Depois de anos de atrasos e derrapagens orçamentais, o foguetão SLS (Space Launch System) partiu do Centro Espacial Kennedy, na Flórida (sudeste), alcançando 160 quilómetros por hora em poucos segundos.
O foguetão, com 98 metros, é o mais poderoso alguma vez construído pela agência espacial norte-americana NASA.
A NASA quer testar todos os sistemas antes de colocar astronautas a bordo, em 2024, para uma viagem à volta da Lua.
Duas tentativas anteriores de lançamento, no final do verão, foram frustradas por fugas de combustível. O furacão Ian também forçou um regresso ao hangar, no final de setembro.
A NASA esperava milhares de espectadores no local de lançamento e nas praias e estradas fora dos portões da base para testemunhar o momento.
"Para a geração Ártemis, isto é para vocês", disse o diretor de lançamento Charlie Blackwell-Thompson, referindo-se à geração mais jovem que não testemunhou o programa Apollo, um conjunto de missões espaciais coordenadas pela agência espacial entre 1961 e 1972.
Este programa foi batizado com o nome da irmã gémea mitológica de Apollo, Ártemis.
O voo de ensaio de 4,1 mil milhões de dólares (3,9 mil milhões de euros) está programado para durar 25 dias, aproximadamente o mesmo que as futuras tripulações estarão a bordo.