Os EUA anunciaram esta segunda-feira a imposição de sanções jurídicas e financeiras sem precedentes contra o Presidente venezuelano, congelando os seus bens e classificando-o de “ditador”. É a resposta norte-americana à eleição de domingo para uma nova Assembleia Constituinte.
“As eleições ilegítimas (…) confirmam que Maduro é um ditador que despreza a vontade do povo venezuelano”, disse o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin.
No comunicado emitido hoje pelo seu departamento, os Estados Unidos anunciaram o congelamento de “todos os bens” do Presidente venezuelano em território norte-americano.
As sanções impostas impedem ainda que os cidadãos americanos possam fazer qualquer negócio com Nicolas Maduro.
O impacto financeiro das sanções impostas não é percetível, uma vez que não foi revelada a relação de bens do presidente venezuelano nos Estados Unidos, refere a Associated Press (AP),
No domingo, Washington condenou a eleição convocada por Nicolás Maduro, considerando que esta "coloca em perigo o direito do povo venezuelano à autodeterminação".
Além dos Estados Unidos, a Colômbia, o Panamá, o Peru, a Argentina e a Costa Rica anunciaram já que não iam reconhecer a futura Assembleia Constituinte venezuelana. O Brasil e o México instam o Governo ao diálogo com a oposição.
Também União Europeia defendeu que a Assembleia Constituinte “não pode ser parte da solução” da crise no país, condenando o “desproporcionado” uso da força pelos agentes de segurança venezuelanas.
c/ Lusa