Estados Unidos e aliados asiáticos condenam entrega de armas da Coreia do Norte à Rússia
Os serviços secretos britânicos afirmam que há dados que comprovam que a Coreia do Norte está prestes a fornecer armas à Rússia, que seriam usadas na ofensiva contra a Ucrânia. Apesar de Moscovo negar tais alegações, várias nações condenaram o suposto apoio de Pyongyang à invasão russa.
“Apesar de a Rússia negar oficialmente (…), é quase certo que as munições norte-coreanas já chegaram aos depósitos de munições no oeste da Rússia”, revela o relatório, que refere ainda que estes fornecimentos “apoiam as operações militares russas na Ucrânia”.
A inteligência britânica acredita que se Pyongyang mantiver o “ritmo de envio” de armamento, pode tornar-se num “dos fornecedores estrangeiros de arma mais importantes” para Moscovo, à semelhança do Irão e da Bielorrússia. De acordo com as informações do Ministério, a Coreia do Norte tem entregue mais de “mil contentores nas últimas semanas”.
“Não é claro o que a Rússia acordou em dar em troca à Coreia do Norte”, adiantou ainda a mesma fonte, sublinhando que a entrega norte-coreana de armas ainda não “tenha sido finalizada”.
Os especialistas consideram que este acordo entre Moscovo e Pyongyang inclua “uma combinação financeira, outros apoios económicos, fornecimento de tecnologia militar e cooperação em outras áreas de alta tecnologia”.
A Coreia do Sul, o Japão e os Estados Unidos condenaram, entretanto, o suposto fornecimento de armas e munições e do qual disseram ter provas.
"Estas entregas de armas, várias das quais confirmámos agora terem sido concluídas, vão aumentar significativamente o custo humano da guerra de agressão da Rússia", afirmaram os três países numa declaração conjunta assinada pelos três ministros dos Negócios Estrangeiros e divulgada pela diplomacia sul-coreana.
Os chefes das diplomacias de Seul, Tóquio e Washington asseguram que vão continuar a trabalhar em conjunto "para expor as tentativas da Rússia de adquirir equipamento militar da RPDC", ou República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte.
A Coreia do Sul e os Estados Unidos têm vindo a acusar o Norte deste alegado fornecimento de armamento à Rússia, que se terá intensificado após a recente cimeira entre os líderes dos dois territórios, em setembro, e em troca do qual Pyongyang terá procurado assistência militar para melhorar as próprias capacidades de combate.
Rússia continua a pressionar cidade ucraniana Avdiivka
No centro do conflito, a Rússia tem mantido a ofensiva e os esforços para invadir e controlar a cidade de Avdiivka, no leste da Ucrânia.
“O inimigo está a tentar avançar e, até agora, nós estamos a derrotá-los”, disse Oleksandr Shtupun, porta-voz dos grupos de forças do sul da Ucrânia.
A Rússia concentrou-se nas regiões orientais da Ucrânia, Donetsk e Luhansk, desde que fracassou na investida inicial na capital Kiev. As forças russas lançaram ainda, esta madrugada, um ataque de drones perto da central nuclear de Khmelnytskyi, o que levou ao corte temporário de energia, informou a Agência Internacional de Energia Atómica.
"Este incidente sublinha mais uma vez a situação extremamente precária da segurança nuclear na Ucrânia”, disse o diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi.
Para o presidente ucraniano, "é muito provável que o alvo destes drones tenha sido a central nuclear de Khmelnytskyi".
"A onda de choque da explosão quebrou janelas, inclusive nas instalações da central nuclear”, disse.
“O inimigo está a tentar avançar e, até agora, nós estamos a derrotá-los”, disse Oleksandr Shtupun, porta-voz dos grupos de forças do sul da Ucrânia.
A Rússia concentrou-se nas regiões orientais da Ucrânia, Donetsk e Luhansk, desde que fracassou na investida inicial na capital Kiev. As forças russas lançaram ainda, esta madrugada, um ataque de drones perto da central nuclear de Khmelnytskyi, o que levou ao corte temporário de energia, informou a Agência Internacional de Energia Atómica.
"Este incidente sublinha mais uma vez a situação extremamente precária da segurança nuclear na Ucrânia”, disse o diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi.
Para o presidente ucraniano, "é muito provável que o alvo destes drones tenha sido a central nuclear de Khmelnytskyi".
"A onda de choque da explosão quebrou janelas, inclusive nas instalações da central nuclear”, disse.
Segundo Volodymyr Zelensky, a Ucrânia está a preparar-se para mais ataques russos à infra-estrutura energética antes do início do inverno e garante que o país está pronto para contra-atacar se necessário.
“Estamos a preparar-nos para ataques terroristas à nossa infraestrutura energética”, disse Zelensky no discurso diário. “Este ano não só nos defenderemos, mas também responderemos".