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Espião russo: Guterres condena uso de agente neurotóxico considerando "inaceitável"

por Lusa

Nova Iorque, 14 mar (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, considerou "inaceitável" o uso de um agente neurotóxico contra um ex-espião russo no Reino Unido, disse hoje um porta-voz da organização.

"A utilização de agentes neurotóxicos como arma em qualquer circunstância é inaceitável", disse Farhan Haq em conferência de imprensa.

A declaração surgiu após o porta-voz ter sido questionado sobre a posição do responsável máximo da ONU, que até agora não se tinha pronunciado sobre esta questão, que começou há dez dias e se agravou centrando a atenção internacional nos últimos dias.

"O uso de agentes neurotóxicos por um Estado constitui uma violação grave do Direito Internacional", adicionou o porta-voz.

A pedido de Londres, e com base no envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal, foi convocada uma reunião de emergência do Conselho de Segurança para as 19:00 de hoje.

O ex-espião duplo de origem russa Serguei Skripal, 66 anos, e a filha Yulia, 33, foram encontrados inconscientes no dia 04 de março, num banco num centro comercial em Salisbury, no sul de Inglaterra, e estão hospitalizados em "estado crítico, mas estável".

Dias depois, o chefe da polícia antiterrorista britânica, Mark Rowley, revelou que Skripal e a filha tinham sido vítimas de um ataque deliberado com um agente neurotóxico, um componente químico que ataca o sistema nervoso e que pode ser fatal.

Na segunda-feira, numa intervenção no Parlamento, Theresa May considerou "muito provável" que a Rússia tivesse sido responsável e hoje anunciou a "suspensão de contactos bilaterais" com Moscovo e a expulsão de diplomatas russos, após ter acusado a Rússia de ser a "culpada".

A Rússia nega qualquer responsabilidade no ataque, que já mereceu a condenação de vários governos, incluindo o de Portugal, e de dirigentes como os presidentes norte-americano, Donald Trump, e francês, Emmanuel Macron, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.

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