Espanha também quer adoção de quadros de negociação da UE com Ucrânia e Moldova

por Lusa

A Espanha associou-se a outros 12 países da União Europeia (UE) para pedir à Presidência belga do Conselho que adote ainda este mês os quadros de negociação para a adesão da Ucrânia e da Moldova aos 27.

A carta com o pedido foi iniciada pela República Checa e visa acelerar o processo de adesão, assim como convocar conferências intergovernamentais com ambos os países até ao final do mês.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol tornou pública esta posição num comunicado emitido através da rede social X, no qual manifesta o seu apoio ao estabelecimento destes quadros de negociação.

Além da Espanha, a carta foi assinada pela Alemanha, República Checa, Estónia, Eslovénia, Eslováquia, Portugal, Suécia, Finlândia, Letónia, Polónia, Irlanda e Roménia, 13 dos 27 países que compõem a UE.

Ao aceitar estes quadros de negociação e ao convocar conferências intergovernamentais, a UE abriria "de facto" as negociações de adesão com ambos os países, segundo os signatários.

A Comissão Europeia concordou hoje com a adoção dos quadros de negociação com a Ucrânia e a Moldova para a adesão à UE, cabendo aos Estados-membros convocar a Conferência Intergovernamental (GIG), explicou uma porta-voz do executivo comunitário.

Para a Comissão Europeia, tanto Kiev como Chisinau adotaram já as reformas prioritárias fixadas, tendo transmitido hoje aos embaixadores dos 27 a sua avaliação positiva.

De acordo com a avaliação do executivo comunitário, a Ucrânia avançou na luta contra a corrupção, na regulação da atividade dos grupos de lóbi e oligarcas e permitiu uma lei sobre minorias.

No caso da Moldova, Bruxelas destacou os progressos feitos em áreas como a independência judicial, bem como na luta contra corrupção e a oligarquia.

A próxima reunião do Conselho de Ministros dos Assuntos Gerais da UE está marcada para o dia 25 e a presidência rotativa belga termina em 30 de junho, seguindo-se a da Hungria, no segundo semestre do ano.

O Governo húngaro liderado pelo ultranacionalista Viktor Orbán, encarado como o líder da UE mais próximo da Rússia, tem adotado uma posição menos favorável às pretensões ucranianas no bloco europeu.

Kiev apresentou formalmente o pedido de adesão à UE em 28 de fevereiro de 2022 e Chisinau em 03 de março de 2022. Os dois países têm estatuto de país candidato desde 23 de junho desse mesmo ano e a abertura das negociações de adesão foi aprovada pelo Conselho Europeu em dezembro de 2023.

A CIG tem como objetivo preparar um novo alargamento do bloco comunitário.

O último grande alargamento do bloco europeu aconteceu em maio de 2004, ano em que aderiram dez Estados-membros: Chipre, Malta, Hungria, Polónia, Eslováquia, Letónia, Estónia, Lituânia, República Checa e Eslovénia.

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