O Parlamento espanhol chumbou esta quarta-feira a investidura do líder do Partido Popular para presidente do Governo. Alberto Núñez Feijóo teve 178 votos contra e apenas 172 a favor - os dos deputados do PP, do Vox e de dois pequenos partidos.
A votação da candidatura de Feijóo a líder do Governo teve o resultado previsto, atendendo ao que haviam dito todos os partidos, e será repetida dentro de 48 horas, na sexta-feira, como prevê a Constituição espanhola, mas não se preveem mudanças para já.
O PP foi o partido mais votado nas eleições de 23 de julho e o rei de Espanha, Felipe VI, indicou Feijóo como candidato a chefe do governo, com a investidura a ter de ser votada e aprovada pelo Congressos dos Deputados.
Se na sexta-feira se confirmar o fracasso da investidura de Feijóo, o rei deverá indicar a seguir um novo candidato a chefe do governo, com o socialista Pedro Sánchez a afirmar repetidamente que está disponível e que tem condições para reunir os apoios necessários para ser reconduzido no cargo pelo parlamento. Antes do fracasso desta terça-feira, Alberto Núñez Feijóo passou a maior parte da sessão de investidura, que abriu na terça-feira, a atacar Pedro Sánchez e os separatistas catalães dos quais depende a possível recondução do socialista ao poder.Garantindo defender o "interesse geral" e "a igualdade de todos os espanhóis", Feijóo acusou o seu rival socialista, que não falou no hemiciclo, de ceder à "chantagem de quem não acredita no nosso país".
Sánchez terá agora de encontrar uma fórmula que satisfaça os separatistas sem desencadear uma revolta dentro do seu próprio partido.
Otimista com o regresso ao poder, o primeiro-ministro, que já perdoou em 2021 os separatistas condenados à prisão pelos acontecimentos de 2017, prometeu ser "coerente com a política de regresso à normalidade" na Catalunha.
c/ agências