Espanha, Irlanda e Noruega avançam com reconhecimento do Estado Palestiniano
Os governos de Espanha, Noruega e Irlanda revelaram esta quarta-feira que vão reconhecer o Estado Palestiniano no próximo dia 28 de maio, com a esperança de que este gesto ajude à paz com Israel. O Governo israelita deu entretanto instruções para a retirada imediata dos embaixadores do Estado hebraico da Irlanda e da Noruega e chamou o embaixador em Madrid para "consultas".
“O primeiro-ministro Netanyahu continua a fechar os olhos e a bombardear hospitais, escolas e casas. Continua a usar a fome, o frio e o terror para castigar mais de um milhão de rapazes e raparigas inocentes - e as coisas foram tão longe que os procuradores do Tribunal Penal Internacional pediram esta semana a sua prisão por crimes de guerra”, acusou Sánchez.
“Os países que defendem os Direitos Humanos e o Direito Internacional são obrigados a atuar - na Ucrânia e na Palestina - sem dois pesos e duas medidas”, sublinhou Sánchez. Ana Romeu - correspondente da RTP em Espanha
Segundo Harris, “cada um de nós irá agora tomar as medidas nacionais necessárias para dar efeito a essa decisão. Estou confiante que outros países se juntarão a nós para dar este importante passo nas próximas semanas.”
Today, the Government announces it will formally recognise the State of Palestine on May 28th.
— Micheál Martin (@MichealMartinTD) May 22, 2024
Today, we state clearly our unambiguous support for the equal right to security, dignity, and self-determination for the Palestinian and Israeli peoples. pic.twitter.com/uGoymhg5VD
A Noruega é um aliado próximo dos EUA e o país nórdico tentou ajudar a mediar a paz entre Israel e os palestinianos em várias ocasiões nas últimas décadas.
Antes do anúncio, cerca de 143 dos 193 Estados-membros das Nações Unidas reconheciam um Estado palestiniano.
Os países europeus abordaram a questão de forma diferente. Alguns, como a Suécia, reconheceram um Estado palestiniano há uma década, enquanto a França não tenciona fazê-lo, a menos que este possa ser um instrumento eficaz para fazer avançar a paz.
Estas decisões surgem numa altura em que as forças israelitas atacaram, em maio, as fronteiras norte e sul da Faixa de Gaza, provocando um novo êxodo de centenas de milhares de pessoas, e restringiram drasticamente o fluxo de ajuda, aumentando o risco de morte.
“Dei instruções para a retirada imediata dos embaixadores de Israel na Irlanda e na Noruega para consultas, à luz das decisões destes países de reconhecer um Estado palestiniano”, avançou ministro israelita dos Negócios Estrangeiros de Israel, Israel Katz, na rede social X.
I have instructed the immediate recall of Israel’s ambassadors to Ireland and Norway for consultations in light of these countries' decisions to recognize a Palestinian state.
— ישראל כ”ץ Israel Katz (@Israel_katz) May 22, 2024
I’m sending a clear and unequivocal message to Ireland and Norway: Israel will not remain silent in the…
O governante acrescenta que está a “a enviar uma mensagem clara e inequívoca à Irlanda e à Noruega: Israel não ficará em silêncio perante aqueles que minam a sua soberania e põem em perigo a sua segurança”.
“A decisão de hoje envia uma mensagem aos palestinianos e ao mundo: O terrorismo compensa. Depois de a organização terrorista Hamas ter levado a cabo o maior massacre de judeus desde o Holocausto, depois de ter cometido crimes sexuais hediondos testemunhados pelo mundo, estes países optaram por recompensar o Hamas e o Irão reconhecendo um Estado palestiniano”.
“A insensatez irlandesa-norueguesa não nos dissuade; estamos determinados a atingir os nossos objetivos: restabelecer a segurança dos nossos cidadãos, desmantelar o Hamas e trazer os reféns para casa. Não há causas mais justas do que estas”, remata.