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Ataques de Israel matam líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, no Líbano. A evolução da guerra no Médio Oriente ao minuto

Escalada no Médio Oriente. Hezbollah e Israel trocam disparos

por RTP
Ronen Zvulun - Reuters

O conflito do Médio Oriente está a escalar, com o Líbano e Israel a trocarem disparos. Estima-se que mais de 600 pessoas tenham morrido no conflito desde que o Hamas lançou um ataque contra território israelita, no sábado.

(em atualização)

O partido-milícia libanês Hezbollah disparou este domingo dezenas de rockets contra três posições israelitas numa área disputada ao longo da fronteira do país com os Montes Golã, ocupados por Israel na Síria.

O Hezbollah declarou em comunicado que o ataque, com "um grande número de foguetes e obuses", foi “em solidariedade com a resistência palestiniana". O Hezbollah, uma organização política e paramilitar apoiada pelo Irão, mantém relações estreitas com o Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

Por sua vez, as forças israelenses responderam com ataques de artilharia no sul do Líbano e um ataque de drones a um posto do Hezbollah perto da fronteira, disseram os militares.

O número de mortos no conflito ultrapassa já as seis centenas.
De acordo com a última contagem do Ministério da Saúde palestiniano, 313 habitantes de Gaza morreram na ofensiva, incluindo 20 crianças, enquanto outros 1.990 palestinianos ficaram feridos no enclave.

Por sua vez, do lado israelita, foram confirmadas cerca de 300 pessoas mortas e 1.864 feridas, das quais 19 estão em estado crítico, 326 em estado grave e as restantes em estado moderado ou ligeiro, informou o Ministério da Saúde israelita.

Pelo seu lado, o Exército israelita revelou que, entre as vítimas mortais, estavam pelo menos 26 dos seus soldados, revelando as respetivas identidades e salientando que este número irá aumentar ao longo do dia, à medida que as famílias de outros militares forem sendo notificadas.
Israel empenhado em recuperar o controlo de território
Depois do ataque surpresa do Hamas - grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia - na manhã de sábado, a troca de tiros continuou este domingo, com numerosos foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza e bombardeamentos israelitas contra 426 alvos do Hamas no enclave.

Entretanto, as tropas israelitas dizem ter recuperado o controlo de 29 regiões no interior do país que foram tomados no sábado pelo Hamas, mas os combates continuam com os milicianos do grupo em oito pontos, principalmente para confirmar “limpeza de terroristas dentro dessas comunidades”.

Além disso, Israel resgatou israelitas que foram mantidos como reféns pelo Hamas nas zonas libertadas, embora não tenha fornecido números. Cinquenta pessoas - soldados, mas também civis - continuam sequestradas pelo grupo dentro de Gaza.

As autoridades israelitas declararam estado de emergência em todo o país, além de demarcarem uma zona militar fechada à volta da Faixa de Gaza, enquanto planeiam retirar todos os residentes da área.

O porta-voz das Forças da Defesa de Israel confirmou a existência de civis entre os reféns e prometeu que o Hamas “irá pagar o preço por este crime de guerra”.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, também prometeu que os militantes palestinianos vão ser responsabilizados pelos civis que foram raptados e feitos reféns.

Netanyahu diz que o país está em guerra e não vai poupar o Hamas. “Iremos vencer esta guerra, mas o preço é muito pesado”, disse o primeiro-ministro israelita, prometendo “transformar em ruínas todos os sítios onde o Hamas se esconde e está ativo”.

O primeiro-ministro de Israel apelou ainda a todos os residentes de Gaza para abandonarem a região. O primeiro-ministro israelita está reunido, este domingo, na sede das Forças de Defesa de Israel (FDI), em Tel Aviv, com várias entidades para avaliar a situação no terreno. O Conselho de Segurança da ONU também se reúne este domingo.

O porta-voz das Forças da Defesa de Israel disse este domingo que os soldados têm 24 horas para retirar todos os residentes das áreas israelitas em torno da Faixa de Gaza, onde “estão em curso batalhas heroicas para libertar os reféns”.

“A nossa missão nas próximas 24 horas é retirar todos os residentes de Gaza”, disse o general Daniel Hagari numa conferência de imprensa.

“Dezenas de milhares de tropas de combate” estão posicionadas nesta área “e chegaremos a todos os setores, um por um, até matarmos todos os terroristas presentes em Israel”, assegurou.

Está é a ofensiva mais mortífera na região dos últimos 50 anos e ameaça minar os esforços para um eventual processo de paz liderado pelos Estados Unidos.

c/agências
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