Foto: Manuel de Almeida - Lusa
Entrevistado esta quarta-feira na RTP, o ministro dos Negócios Estrangeiros referiu que as sanções dirigidas à Rússia, na sequência da invasão da Ucrânia, "são dinâmicas". Augusto Santos Silva sublinhou que foram já aprovados três pacotes de sanções, "respondendo ao agravamento da conduta da Rússia". Se Moscovo persistir, haverá "novas decisões".
"A lógica é a de agravar o isolamento internacional da Rússia, agravar as dificuldades de mobilidade, de liberdade de movimentos colocadas às pessoas singulares e coletivas, às empresas, às entidades e aos cidadãos russos, e agravar também as sanções dirigidas contra a economia russa", enfatizou Augusto Santos Silva.
Quanto ao pedido de adesão à União Europeia por parte da Ucrânia, o ministro dos Negócios Estrangeiros recusou a ideia de que uma resposta afirmativa, no curto prazo, pudesse ser encarada como uma provocação a Moscovo.
"Faço minhas as palavras da presidente da Comissão Europeia, dizendo que sim, estamos disponíveis. Isso não nos deve desviar do essencial. O essencial é o que nós fazemos agora. A Ucrânia está sob guerra, sob invasão militar da Rússia e nós devemos apoiar a Ucrânia agora", vincou.
"Portugal intervém sempre no âmbito das alianças de que faz parte", frisou o ministro.