Encontro histórico. Trump e Kim Jong-un assinam documento conjunto em Singapura
O Presidente dos Estados Unidos e o líder norte-coreano assinaram esta terça-feira em Singapura "um importante e detalhado documento", afirmou Donald Trump. Entre os principais objetivos estão o início de “novas relações” entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte e ainda a “completa desnuclearização” de Pyongyang.
No final do encontro, que decorreu esta terça-feira na cidade-estado de Singapura, Donald Trump descreveu o documento final, assinado pelos dois líderes, como uma declaração “abrangente” em que os dois países resolveram “deixar o passado para trás”.
“O mundo vai ver uma mudança enorme”, assegurou ainda o Presidente norte-americano.
Trump disse ainda que estabeleceu “laços muito especiais” com Kim Jong-un durante o encontro e que a relação com a Coreia do Norte será, a partir de agora, muito diferente.
O Presidente norte-americano disse ainda que o líder norte-coreano é “muito inteligente” e um negociador “muito digno e difícil”.
“Vi que ele é um homem muito talentoso. Também vi que ele gosta muito do seu país”, acrescentou. Donald Trump referiu também que o encontro “correu melhor do que o esperado”.
No entanto, especialistas e peritos na matéria criticam um acordo vago e pouco específico. O próprio secretário de Estado, Mike Pompeo, que participou nesta cimeira ao lado de Trump, considera que o encontro definiu os parâmetros “do trabalho árduo que se vai seguir”.
Robert Kelly, professor de ciência política na Pusan National University, considerou que as conclusões do texto final são “ainda mais magras do que o que tinha sido antecipado por grande parte dos céticos”.
Wow. If this is it... this is depressing. This is even thinner than most skeptics anticipated. I figured Trump wd at least get some missiles or a site closure or something concrete: https://t.co/tvhLVnlXpj. This looks pretty generic. Maybe there will be some surprise in presser? https://t.co/BbzZaeCzo0
— Robert E Kelly (@Robert_E_Kelly) 12 de junho de 2018
Entre as principais omissões apontadas pelos analistas estão questões como as sanções económicas impostas ao regime norte-coreano, mas também o programa de mísseis balísticos de Pyongyang ou a ausência de detalhes sobre o que representa e como será feita a "total desnuclearização" prometida no documento.