Emmanuel Macron pede paciência aos franceses

por Mário Aleixo - RTP
Emmanuel Macron apelou à paciência dos franceses em nome de um futuro mais calmo Michel Euler - EPA

No tradicional discurso de fim de ano, o Presidente francês defendeu as reformas encetadas pelo seu Governo e mostrou-se compreensivo com os que criticam as mudanças, pedindo-lhes paciência, pois “os resultados não são imediatos”.

O Chefe de Estado francês disse ter recebido uma mensagem na “raiva” expressa pelos “coletes amarelos”: “Não nos resignamos”.

Após ano e meio de mandato, Macron enfrentou seis meses de crises continuadas que deixaram a sua popularidade nos mínimos – apenas 27 por cento dos franceses têm uma opinião positiva dele, segundo uma última sondagem do instituto BVA.

Na sua mensagem, o Presidente de França defendeu a reforma das leis laborais e também do setor ferroviário, ente outras encetadas pelo seu governo.

“Estabelecemos as bases de uma estratégia ambiciosa para melhorar (…) mas os resultados não podem ser imediatos e a impaciência, que partilho, não pode justificar nenhuma renuncia”, assinalou.

Para o ano que agora começa Macron desejou “verdade, dignidade e esperança”.

Em França, Emmanuel Macron promete marcar em breve um grande debate nacional, para responder à crise dos coletes amarelos.

Na mensagem de ano novo que dirigiu ao país, o presidente francês, garantiu que vai assegurar a ordem pública, mas compromete-se a fazer melhor para responder àqueles que estão descontentes com o Governo e que se manifestam nas ruas, como conta a correspondente da RTP e Antena 1 em Paris, a jornalista Rosário Salgueiro.

A segurança foi reforçada durante a última noite nos Campos Elísios, em Paris, depois de os coletes amarelos terem saído à rua. Não houve registo de violência.
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