O presidente francês colhe apenas 23% das preferências dos franceses após estas semanas da crise provocada pelos "coletes amarelos". Durante o dia de hoje, registaram-se casos em que estudantes incendiaram os liceus.
O anterior presidente francês, François Hollande, também se vira confrontado com um movimento de contestação, os "gorros vermelhos". Mas a grande diferença é que essa era uma contestação organizada, sindicalizada, e que refluiu ao fim de um ano, perante o recuo de Hollande.
No caso dos "coletes amarelos", pelo contrário, não há organização identificável. Vimos hoje liceus a serem queimados em Marselha, Toulouse. Está marcada a partir de domingo uma greve ao transporte de mercadorias.
O ministro do Interior apelou no Senado a que os franceses não venham para Paris, uma cidade ainda com marcas visíveis dos confrontos do passado sábado, com vitrines partidas, edifícios marcados com grafittis.
Os sindicatos da polícia têm lançado o alarme sobre os jovens que virão das periferias, armados como puderem, no próximo sábado.
Macron, silencioso, deixa o ónus da crise política e social sobre os ombros do primeiro-ministro, enquanto vozes cada vez mais insistentes reclamam a instauração do estado de emergência.