A emigração portuguesa para Angola atingiu novos mínimos em 2019, com 1.708 cidadãos a procurarem este país africano como destino, o que representa cerca de um quarto das entradas registadas em 2015, revelou hoje o Observatório da Emigração.
Segundo os dados dos consulados da República de Angola em Lisboa e no Porto (não foi disponibilizada informação sobre os vistos emitidos pelo consulado de Angola em Faro), este número representa um decréscimo de 31% face ao ano anterior.
Desde 2015, ano em que se registou um máximo de 6.715 entradas em território angolano, o número de emigrantes portugueses para este país tem vindo a diminuir significativamente: -42% em 2016, -24% em 2017, -36% em 2018 e -11% em 2019.
O Observatório da Emigração justifica a descida com a crise económica: "Tudo indica que aos efeitos da retoma económica em Portugal se tenham somado os efeitos recessivos da crise dos preços do petróleo sobre o mercado de trabalho angolano da imigração, sentidos com mais intensidade a partir de 2016".
Os dados compilados correspondem à soma dos seguintes tipos de vistos emitidos pelos consulados de Angola em Lisboa e no Porto: privilegiado, trabalho (o mais comum), trabalho por protocolo, fixação de residência e outros (estudo e permanência temporária).