Embaixador de Israel em Portugal garante que país procura minimizar impacto sobre civis
Dor Shapira, embaixador de Israel em Portugal, garantiu que o país está a tentar minimizar as consequências com civis, "algo que nenhum outro estado fez", ao pedir a evacuação do norte de Gaza.
Em entrevista à RTP e à jornalista Sandra Sousa, Dor Shapira deixou ainda criticas às manifestações pró-Palestina, considerando-as "um ultraje"
"Quando vemos uma organização terrorista a atacar com tanta brutalidade inocentes, crianças, mulheres, homens, velhos e se culpa Israel por isso e não se presta qualquer respeito às vítimas, tais pessoas ou não estão informadas (...) ou não poderão nunca representar qualquer tipo de direitos humanos ou vida humana", opinou.
Para o diplomata, o conflito que eclodiu no passado sábado com os ataques do Hamas "é uma parte da guerra que o mundo livre, civilizado, tem estado a travar nos últimos quase 30 anos, contra o terrorismo", defendendo a ideia já expresa pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de que o grupo palestiniano Hamas é "um braço da al Qaeda, ou do Estado Islâmico".
O diplomata não hesitou em classificar o ataque do Hamas como o "ataque terrorista mais horrível" de sempre na sua história.
"Minimizar o sofrimento dos civis"
Sobre a resposta de Israel, que ordenou no início desta sexta-feira a retirada do norte para o sul da Faixa de Gaza de milhares de palestinianos num prazo de 24 horas, ordem que para a ONU "terá consequência humanitárias devastadoras", Dor Shapira garantiu que o seu país está a fazer tudo para minimizar o impacto da sua ofensiva contra o Hamas sobre as populações civis.
"Considero a questão absurda. De um lado Israel é atacado por estar a destruir infraestruturas civis. Por outro lado, quando tentamos minimar o efeito sobre os civis que não estão envolvidos, também nos criticam", referiu.
O embaixador defendeu atambém que, ao dar a oportunidade aos civis de abandonarem as áreas a atacar, Israel está a fazer algo "que nenhum outro Estado fez, nem os Estados Unidos ou a NATO", quando combateram a al Qaeda, o Estado Islâmico ou os talibãs, no Iraque ou no Afeganistão.
"Estamos a tentar minimizar o sofrimentos dos civis", afirmou, lembrando contudo que Israel "tem um objetivo neste momento", que passa por garantir que o Hamas "não volte a ter possibilidade" de repetir o que fez.
Sobre a resposta que está a ser dada ao Hamas, o embaixador frisou, logo à partida, que "Israel é um país democrático e, mesmo quando travamos uma guerra, fazemo-lo de acordo com a lei internacional". "Sempre o fizemos e sempre o faremos, porque é assim que nos comportamos", mesmo perante uma organização terrorista "que está sempre a cometer crimes de guerra".
"Em segundo lugar", sobre a exigência de proporcionalidade levantada por vários líderes internacionais, Dor Shapira argumentou que "só quando se trata de Israel é que esta questão é levantada". "O que se entende por proporcionalidade? Temos estado a ser massacrados por organizações terroristas, devíamos então começar a massacra-las?", questionou.
Prontos a enfrentar "quem nos ataque"
Para o embaixador de Israel em Portugal, a ofensiva terrestre de Israel sobre a Faixa de Gaza tem três objetivos, "restaurar a tranquilidade no sul de Israel e em todo o país", que está sob ataque de mísseis "a nível nacional", "garantir que destruímos todas as capacidades do Hamas para que coisas como esta nunca mais sucedam", e, "em terceiro lugar trazer de volta os 150 reféns".
Estes incluem "sobreviventes do holocausto, bebés, crianças, como esta, Yali, de quatro anos, que está há seis dias nas mãos do Hamas, sem o pais", explicou Dor Shapira, mostrando uma fotografia da menina. "Deveríamos tomar isto de ânimo leve ou devemos fazer todo o possível para que coisas destas não voltem a acontecer?" perguntou.
A possibilidade de alastramento do conflito a todo o Médio Oriente levou o diplomata a considerar que este "está dividido em dois, os que querem estabilidade e os que querem o caos". Estes últimos são "liderados pelo Irão e por isso vemos este país envolvido em quase tudo de mau que acontece em todo o mundo, incluindo entre a ucrânia e a Rússia", explicou.
"São também eles que apoiam, encorajam e financiam organizações terroristas como o Hezbollah no Líbano e o Hamas em Gaza", referiu ainda.
O diplomata não hesitou em classificar o ataque do Hamas como o "ataque terrorista mais horrível" de sempre na sua história.
"Minimizar o sofrimento dos civis"
Sobre a resposta de Israel, que ordenou no início desta sexta-feira a retirada do norte para o sul da Faixa de Gaza de milhares de palestinianos num prazo de 24 horas, ordem que para a ONU "terá consequência humanitárias devastadoras", Dor Shapira garantiu que o seu país está a fazer tudo para minimizar o impacto da sua ofensiva contra o Hamas sobre as populações civis.
"Considero a questão absurda. De um lado Israel é atacado por estar a destruir infraestruturas civis. Por outro lado, quando tentamos minimar o efeito sobre os civis que não estão envolvidos, também nos criticam", referiu.
O embaixador defendeu atambém que, ao dar a oportunidade aos civis de abandonarem as áreas a atacar, Israel está a fazer algo "que nenhum outro Estado fez, nem os Estados Unidos ou a NATO", quando combateram a al Qaeda, o Estado Islâmico ou os talibãs, no Iraque ou no Afeganistão.
"Estamos a tentar minimizar o sofrimentos dos civis", afirmou, lembrando contudo que Israel "tem um objetivo neste momento", que passa por garantir que o Hamas "não volte a ter possibilidade" de repetir o que fez.
Sobre a resposta que está a ser dada ao Hamas, o embaixador frisou, logo à partida, que "Israel é um país democrático e, mesmo quando travamos uma guerra, fazemo-lo de acordo com a lei internacional". "Sempre o fizemos e sempre o faremos, porque é assim que nos comportamos", mesmo perante uma organização terrorista "que está sempre a cometer crimes de guerra".
"Em segundo lugar", sobre a exigência de proporcionalidade levantada por vários líderes internacionais, Dor Shapira argumentou que "só quando se trata de Israel é que esta questão é levantada". "O que se entende por proporcionalidade? Temos estado a ser massacrados por organizações terroristas, devíamos então começar a massacra-las?", questionou.
Prontos a enfrentar "quem nos ataque"
Para o embaixador de Israel em Portugal, a ofensiva terrestre de Israel sobre a Faixa de Gaza tem três objetivos, "restaurar a tranquilidade no sul de Israel e em todo o país", que está sob ataque de mísseis "a nível nacional", "garantir que destruímos todas as capacidades do Hamas para que coisas como esta nunca mais sucedam", e, "em terceiro lugar trazer de volta os 150 reféns".
Estes incluem "sobreviventes do holocausto, bebés, crianças, como esta, Yali, de quatro anos, que está há seis dias nas mãos do Hamas, sem o pais", explicou Dor Shapira, mostrando uma fotografia da menina. "Deveríamos tomar isto de ânimo leve ou devemos fazer todo o possível para que coisas destas não voltem a acontecer?" perguntou.
A possibilidade de alastramento do conflito a todo o Médio Oriente levou o diplomata a considerar que este "está dividido em dois, os que querem estabilidade e os que querem o caos". Estes últimos são "liderados pelo Irão e por isso vemos este país envolvido em quase tudo de mau que acontece em todo o mundo, incluindo entre a ucrânia e a Rússia", explicou.
"São também eles que apoiam, encorajam e financiam organizações terroristas como o Hezbollah no Líbano e o Hamas em Gaza", referiu ainda.
"Espero que não se abra mais nenhuma frente nesta guerra", declarou, defendendo a necessidade de uma resposta "forte e firme" da comunidade internacional. Israel, adiantou, "está pronto para enfrentar quem quer que nos ataque".
"Mas preferimos concentrar-nos na guerra contra as organizações terroristas e libertar os reféns", acrescentou.
Dor Shapira lembrou que Israel não ocupa Gaza, enclave governado pelo Hamas "desde 2006" e que os próprios palestinianos estão divididos entre si, com a Fatah a governar a Cisjordânia e sem qualquer entendimento com o Hamas.
"A primeira coisa que o Hamas fez quando tomou o poder foi matar os líderes da Fatah na Faixa de Gaza, por isso estamos a travar a guerra deles", considerou, contestando as declarações quinta-feira do representante palestiniano igualmente ao Jornal 2 da RTP.
Dor Shapira lembrou que Israel não ocupa Gaza, enclave governado pelo Hamas "desde 2006" e que os próprios palestinianos estão divididos entre si, com a Fatah a governar a Cisjordânia e sem qualquer entendimento com o Hamas.
"A primeira coisa que o Hamas fez quando tomou o poder foi matar os líderes da Fatah na Faixa de Gaza, por isso estamos a travar a guerra deles", considerou, contestando as declarações quinta-feira do representante palestiniano igualmente ao Jornal 2 da RTP.
"Se o Hamas tomar também a Cisjordânia será esse embaixador a pagar o verdadeiro preço", afirmou, desafiando o representante da Fatah e os outros líderes da Fatah a apoiarem as ações de Israel "e acabar com esta guerra para o bem do futuro do povo palestiniano, e para o fim do conflito entre os israelitas e os palestinianos".