Em véspera da tomada de posse, Maputo volta a acordar com barricadas e greves

por Nuno Amaral - Antena 1 em Maputo

Foto: Nuno Amaral - Antena 1

A capital moçambicana volta a acordar barricada e com tudo fechado. Muito embora existam barricadas "todo mundo passa", diz um dos fiéis a Mondlane que está num posto de controlo, mas é preciso mostrar identificação.

Mais um dia de protesto em que se soube que o Governo foi obrigado a reformular o Orçamento do Estado relativo ao ano passado, por causa das manifestações, greves e confrontos, que se têm verificado no país desde as eleições de Outubro.

O primeiro-ministro de Moçambique revela que diz que uma das medidas que cai por terra é o pagamento do 13º mês aos funcionários públicos.

O líder do Executivo moçambicano garante que não há dinheiro suficiente para garantir este pagamento, justificando-se com a destruição e saques de instituições públicas e empresas, que têm acontecido nos últimos meses, como no relata o enviado especial da Antena 1, Nuno Amaral, em Maputo.

O PAN critica a decisão do governo português de se fazer representar, na cerimónia de posse de Daniel Chapo, como novo presidente de Moçambique.

A porta-voz do partido, Inês Sousa Real, considera que Portugal deveria assumir um papel de mediador do conflito, em vez de enviar o ministro dos negócios estrangeiros para a cerimónia de amanhã.

Já o secretário-geral comunista diz que “os outros partidos fizeram mal” ao criticarem a atitude de Portugal em relação ao poder em Moçambique.

Paulo Raimundo explica que deve ser o povo e instituições moçambicanas definir o rumo do país e o Estado português deve estar representado na tomada de posse sobre o novo governo, tal como fez no passado.

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