É a segunda vez que um chefe da Igreja Católica visita Timor-Leste, a primeira desde a independência do país. Na primeira declaração pública em Díli, Francisco sublinhou a importância da "consolidação" das instituições e da aposta na educação das crianças e jovens.
O papa Francisco iniciou esta segunda-feira uma visita de três dias a Timor-Leste. No primeiro ato oficial em território timorense, o chefe da Igreja Católica esteve reunido com o presidente do país, José Ramos-Horta, e também com a sociedade civil, autoridades e corpo-diplomático.
Foi no Palácio Presidencial que Francisco fez a primeira declaração pública no país, perante cerca de 400 pessoas. Lembrou os "anos de calvário" dos timorenses com a ocupação indonésia e louvou os esforços de reconciliação com o país vizinho.
No discurso, enfatizou a importância da educação para um país em que quase dois terços da população tem menos de 30 anos. "Uma educação que coloque as crianças e os jovens no centro e promova a sua dignidade", vincou.
Num país tão jovem, o papa Francisco exortou o povo timorense a prosseguir "com renovada confiança na sábia construção e consolidação das instituições" da República.
"Que a fé que vos iluminou e susteve no passado continue a inspirar o vosso presente e o vosso futuro", afirmou.
A visita decorre até quarta-feira e terá como ponto alto da visita uma missa, a realizar na terça-feira em Tasi Tolu, a cerca de dez quilómetros a oeste da capital. Espera-se uma grande afluência, num país predominantemente católico.
Esta visita a Timor-Leste acontece no contexto de um grande périplo por aquela região do globo, a maior viagem do pontificado. Começou na Indonésia, a 3 de setembro, e prosseguiu na Papua-Nova Guiné. Francisco vai ficar em Timor-Leste até quarta-feira e segue depois para Singapura.
João Paulo II tinha sido o primeiro papa a visitar Timor-Leste, em 1989, ano em que o país ainda se encontrava sob ocupação da Indonésia.
c/ Lusa