Os franceses já estão a votar na primeira volta das eleições legislativas antecipadas. As assembleias de voto abriram este domingo às 8h00 (7h00 em Lisboa) em França. Até às 17h00 locais, aa afluência às urnas era muito superior à das últimas eleições
Espera-se que os 49 milhões de eleitores vão às urnas para eleger os 577 deputados da Assembleia Nacional. As sondagens apontam para a vitória da extrema-direita, de Marine Le Pen, e para uma derrota do partido de Emmanuel Macron.
O presidente francês convocou estas eleições antecipadas após os resultados das eleições europeias, a 9 de junho. Estas legislativas são as mais aguardadas da história recente, em França e ficam marcadas pela imigração, impostos e educação.
Esta primeira volta começou com a abertura das assembleias de voto em alguns territórios ultramarinos.
Após a abertura das urnas em territórios ultramarinos como São Pedro e Miquelon, São Bartolomeu, São Martinho, Guadalupe, Martinica, Guiana, Polinésia Francesa - aliás, a Nova Caledónia encerrou no sábado as assembleias de voto com um aumento da afluência após os protestos de há algumas semanas -, bem como em embaixadas e consulados no continente americano, é a vez, este domingo, da França continental, onde 49,5 milhões de eleitores estão inscritos para votar.
Com os primeiros resultados esperados por volta das 20h00, esta eleição poderá abalar o panorama político francês e abrir caminho para que a extrema-direita chegue ao poder dentro de uma semana.
As eleições de 30 de junho são apenas a primeira volta de um sistema de duas voltas, sendo o dia 7 de julho a data-chave.
A Assembleia Nacional francesa é composta por 577 deputados, eleitos por outros tantos círculos eleitorais: em cada um deles, só há um vencedor na primeira volta se alguém obtiver mais de 50% dos votos expressos e estes representarem, além disso, 25% do total do eleitorado.
As sondagens mostram a aliança conservadora liderada pelo Reagrupamento Nacional de Jordan Bardella e Marine Le Pen à frente dos rivais, com uma intenção de voto de cerca de 30%, mas não é claro que consigam alcançar a maioria absoluta que Bardella exige para governar sem dependência.
c/ Lusa