
O assaltante de bancos Jaime Giménez Arbe, conhecido como “El Solitário”, foi condenado em Espanha a 47 anos de prisão pela morte de dois guardas civis e posse de arma ilegal.
A página online do diário espanhol “El País” refere que Jaime Giménez Arbe deverá ser extraditado para Portugal nas próximas horas.
Arbe será julgado em Portugal pela tentativa de assalto, pela posse ilícita de arma e utilização de um veículo com matrícula falsa, o que poderá levar a uma pena de prisão de cinco anos.

A sentença foi lida esta terça-feira num tribunal de Pamplona, no Norte de Espanha. O homem foi condenado a 20 anos de cadeia pela morte de cada um dos polícias, a 9 de Junho de 2004, na estrada n-113, na localidade de Castéjon.
Depois de uma perseguição, provavelmente devido a uma infracção de trânsito, sem trocar palavras com a Guarda Civil, “de maneira inesperada, absolutamente surpreendente, e sem que os agentes da autoridade dispusessem da menor possibilidade de defesa, estando as suas armas sem montar, disparou repetidamente 21 projécteis contra os guardas civis”, refere o tribunal.
A sentença define ainda o pagamento de uma indemnização de 190 mil euros aos pais de cada um dos agentes mortos a tiro e 48 mil euros à noiva de um deles.
“El Solitário” sempre afirmou a sua inocência e atribuiu a prática do crime a um terrorista da Frente de Libertação da Córsega, com quem se havia cruzado em Saragoça nesse mesmo dia. “Recuso-me a pedir perdão por algo que não fiz”, disse Jaime Giménez Arbe em tribunal.
A posse da arma utilizada para disparar contra os polícias foi uma das provas que serviram para imputar a autoria material do crime a Jaime Giménez Arbe. O homem confessou ter utilizado esta arma, de fabrico americano, em Vall de Uxo.
O facto de ter sido identificado por duas testemunhas como o condutor de um todo-terreno nas imediações do delito, de circular num pequeno jipe com características idênticas às do autor do homicídio e de ter na sua posse um caderno com rotas de fuga correspondentes ao local onde foi perpetrado o crime contribuíram também para a condenação de “El Solitário”.