As autoridades britânicas manifestaram esta quinta-feira a convicção de que a presença de drones em Gatwick, que levou os operadores deste aeroporto britânico a suspender todas as descolagens e aterragens, constituiu uma ação deliberada. A infraestrutura da periferia de Londres deverá manter-se condicionada por mais 24 horas.
As autoridades britânicas estão nesta altura a procurar os operadores dos drones.
Em declarações à rádio pública britânica, o diretor operacional do aeroporto, Chris Woodroofe, descreveu um dos drones como um engenho industrial pesado.
As aterragens e descolagens foram interrompidas pelas 21h00 de quarta-feira, na sequência do avistamento de dois drones perto da pista, que chegou a ser reaberta por aproximadamente 45 minutos durante a madrugada.
“Após informações sobre a presença de dois drones sobrevoando a pista do aeroporto de Gatwick por volta das 21h00, a pista foi encerrada das 21h03 de quarta-feira às 3h01 de quinta-feira”, lê-se num comunicado divulgado pelo aeroporto.
“Infelizmente, outra observação de drones nas proximidades do aeroporto forçou o encerramento da pista, novamente, por volta das 3h45”, acrescenta-se na nota.
TAP sugere consulta prévia
A TAP já veio apelar aos passageiros para que confirmem viagens com destino ao aeroporto de Gatwick, o segundo mais movimentado do Reino Unido.
“Pedimos aos clientes com voos agendados para este aeroporto que, antes de se deslocarem para o aeroporto, verifiquem junto da TAP as informações disponíveis”, indica a transportadora, prometendo ainda “realizar todos os esforços para minimizar o impacto” da decisão tomada pelas autoridades britânicas.
Estima-se que 2,9 milhões de pessoas passem por Gatwick durante a época do Natal e do ano novo. Só esta quinta-feira, o número de passageiros deveria ascender a 115 mil.
A legislação britânica proíbe voos de aparelhos de controlo remoto a menos de um quilómetro de infraestruturas portuárias. Quem o fizer arrisca uma pena de até cinco anos de prisão.