O Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, afirmou hoje que vai avaliar os potenciais perdões para os seus apoiantes que invadiram o Capitólio a 06 de janeiro de 2021 no "primeiro dia" do seu regresso à Casa Branca.
"Vou atuar muito rapidamente", logo "no primeiro dia", prometeu Donald Trump à NBC News, afirmando querer "analisar os casos individuais"".
O republicano já tinha dado a entender que, no seu regresso à Casa Branca, a 20 de janeiro, não hesitaria em usar as suas prerrogativas presidenciais para perdoar todos os condenados pela agressão.
Na ocasião, os apoiantes de Donald Trump tentaram impedir o Congresso de certificar a vitória presidencial de Joe Biden.
Recentemente, pronunciando-se contra o perdão concedido por Joe Biden ao seu filho Hunter, o Presidente eleito referiu-se também aos que considera serem presos políticos.
"O perdão de Joe a Hunter inclui os seis reféns de janeiro, que estão presos há anos? Que abuso e erro judicial", escreveu na sua plataforma Truth Social.
Questionado sobre se tencionava utilizar a sua prerrogativa presidencial para se perdoar a si próprio, o republicano, que foi condenado em maio e esteve envolvido noutros casos, recusou qualquer responsabilidade criminal.
"Não fiz nada de errado", disse.
Em 30 de maio de 2024, Trump foi considerado culpado em todas as 34 acusações num processo de fraude, tornando-se o primeiro Presidente dos EUA a ser condenado por um crime.
Donald Trump também atacou Liz Cheney, uma antiga política republicana que se tornou uma das suas mais ferozes opositoras, afirmando que a dirigente estava por detrás dos processos judiciais movidos contra ele, tal como os outros membros eleitos da comissão parlamentar de inquérito sobre o 06 de janeiro.
"Honestamente, deveriam ir todos para a prisão", afirmou, assegurando que ele próprio não vai ordenar a Kash Patel, que escolheu para líder do FBI, nem a Pam Bondi, que nomeou responsável pela Justiça, que instaurem processos contra os seus opositores.
"Penso que devem investigar, mas não vou" ordenar-lhes que o façam, declarou, antes de precisar que tenciona "concentrar-se" na sua política "perfurar a qualquer custo", destinada a aumentar a produção de petróleo nos Estados Unidos.