A acusação de Donald Trump no caso dos arquivos da Casa Branca foi revelada esta sexta-feira. O ex-presidente dos Estados Unidos enfrenta 37 acusações, nomeadamente de retenção intencional de informações da defesa nacional após ter deixado a Casa Branca. De acordo com o documento, Trump mostrou informações altamente confidenciais a pessoas não autorizadas.
De acordo com a acusação, esses documentos incluem alguns dos segredos militares mais sensíveis dos EUA, incluindo informações sobre o programa nuclear dos EUA.
A acusação diz que Trump armazenou em caixas na sua casa de Mar-a-Lago, na Flórida, “informações sobre as capacidades de defesa e armas dos Estados Unidos e de países estrangeiros; programas nucleares dos Estados Unidos; vulnerabilidades potenciais dos Estados Unidos e seus aliados a ataques militares e planos para uma possível retaliação em resposta a um ataque estrangeiro”.
De acordo com a acusação, Trump terá ainda partilhado com outras pessoas não autorizadas um documento do Departamento de Defesa descrito como um "plano de ataque" contra outro país.
O ex-presidente “mostrou e descreveu um 'plano de ataque' que Trump disse ter sido preparado pelo Departamento de Defesa e um alto oficial militar”, diz a acusação. "Trump disse aos indivíduos que o plano era 'altamente confidencial' e 'secreto'", acrescenta.
No total, Trump e o seu assessor Walt Nauta - um assistente militar que trabalhou com o republicano no seu mandato presidencial - enfrentam 37 acusações. Para além das 31 acusações de retenção intencional de informações de defesa nacional, o ex-presidente norte-americano é acusado de conspiração para obstruir a justiça, ocultação corrupta de documentos ou registos, ocultação de documentos numa investigação federal e de fazer declarações e representações falsas.
De acordo com o Departamento de Justiça, agentes do FBI apreenderam 27 documentos do escritório de Trump. Desses, seis estavam classificados como “Top Secret”, 18 como “Secret” e três como “Confidencial”. Os documentos foram guardados em caixas em diferentes áreas da mansão na Flórida, nomeadamente no salão de baile, casa de banho, chuveiro, escritório e num armazém, segundo a acusação.
“Eu sou inocente!”
A confirmação por parte do Departamento de Justiça surge depois de o próprio Donald Trump ter anunciado na manhã desta sexta-feira que tinha sido acusado de manipular indevidamente documentos confidenciais.
"Nunca pensei que algo assim pudesse acontecer com um ex-presidente dos Estados Unidos que recebeu mais votos do que qualquer outro presidente na história do nosso país", escreveu Trump na sua rede Truth Social.
"Este é realmente um dia sombrio para os Estados Unidos da América", disse Trump. “Eu sou um homem inocente!”, clamou.
A confirmação por parte do Departamento de Justiça surge depois de o próprio Donald Trump ter anunciado na manhã desta sexta-feira que tinha sido acusado de manipular indevidamente documentos confidenciais.
"Nunca pensei que algo assim pudesse acontecer com um ex-presidente dos Estados Unidos que recebeu mais votos do que qualquer outro presidente na história do nosso país", escreveu Trump na sua rede Truth Social.
"Este é realmente um dia sombrio para os Estados Unidos da América", disse Trump. “Eu sou um homem inocente!”, clamou.
Após a formalização da acusação, dois dos advogados de Donald Trump renunciaram.
Donald Trump é o primeiro ex-presidente na história dos Estados Unidos a ser indiciado pela justiça federal. O republicano deve fazer uma primeira aparição no tribunal na próxima terça-feira, um dia antes do seu 77º aniversário.
Este é o segundo caso criminal a envolver o ex-presidente dos EUA, depois de ter sido acusado em março no caso da compra do silêncio de uma atriz de filmes pornográficos em 2016.