O Presidente dos EUA acusou a “supremacia branca, a KKK e os neonazis” de responsabilidade nos confrontos de sábado em Charlottesville, no Estado da Virgínia, que causaram um morto e 19 feridos. Donald Trump considera que foi um ato de “violência racista”. Declarações que surgem depois de ter sido acusado de ter sido muito brando no sábado na condenação do sucedido.
Durante o discurso desta segunda-feira, o Presidente dos EUA frisou que “o racismo e o ódio não têm lugar na América”, acrescentando que “o racismo é maligno”.
“Devemos redescobrir os laços de amor e lealdade que no unem como americanos “, apelou.
Confrontos em Charlottesville
No sábado, a cidade de Charlottesville, no Estado da Virginia (leste), foi palco de violentos confrontos entre militantes de extrema-direita e contra manifestantes.
Os incidentes ocorreram na sequência de uma marcha associada ao movimento defensor da supremacia branca que foi convocada para contestar a decisão de Charlottesville de remover a estátua do general Robert E. Lee de um parque no centro da cidade, considerado atualmente um símbolo da defesa da escravatura e do racismo.
As autoridades locais consideraram o protesto ilegal e o governador da Virginia decidiu declarar o estado de emergência, mas milhares de pessoas convergiram para o centro de Charlottesville, a cerca de 160 quilómetros de Washington.
Pouco depois dos confrontos, um condutor – que tinha participado na manifestação de extrema-direita - atropelou de forma intencional um grupo de contra manifestantes, matando uma mulher de 32 anos e ferindo outras 19 pessoas.
James Alex Fields, de 20 anos e oriundo do Estado do Ohio, seria detido e acusado de vários crimes, incluindo de homicídio em segundo grau.
Declarações consideradas muito brandas
Donald Trump tinha sido duramente criticado por democratas e republicanos por no sábado ter classificado os incidentes como “terríveis, mas sem mencionar de forma direta os supremacistas brancos que tinham convocado a marcha, entre eles David Duke, ex-líder do KKK (Ku Klux Klan, movimento de supremacia branca), e vários elementos que exibiam símbolos relacionados com o regime nazi.
Nas mesmas declarações, Trump condenou “o ódio e o fanatismo” de “múltiplas partes”.
As críticas foram imediatas e a Casa Branca sentiu a necessidade de esclareceu no domingo que o Presidente condena “todas as formas de violência, intolerância e de ódio” e “todos os grupos extremistas”, incluindo os movimentos associados à supremacia branca.
“O Presidente afirmou [no sábado] de forma vigorosa que condenava todas as formas de violência, intolerância e de ódio. Isso inclui, é claro, os supremacistas brancos, o KKK, os neonazis e todos os grupos extremistas”, declarou no domingo um porta-voz da Casa Branca.
C/Lusa
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