Donald Trump acusa Biden de `encomendar` acusações para o impedir de fazer campanha

por Lusa

Donald Trump, ex-presidente e candidato às primárias Republicanas para as eleições presidenciais de 2024, acusou terça-feira o seu rival Democrata, o Presidente Joe Biden, de impedi-lo de fazer campanha pressionando os procuradores a acusarem-no em tribunal.

"[Joe Biden] Levou-me a tribunal no meio de uma campanha eleitoral que estou a ganhar de longe, mas que me obriga a gastar tempo e dinheiro em coisas não relacionadas com a campanha", frisou o magnata Republicano, num comício em New Hampshire.

Donald Trump foi indiciado três vezes nos últimos meses, em casos separados.

O ex-chefe de Estado foi acusado de ter tentado alterar o resultado das eleições presidenciais de 2020, de falsificar documentos comerciais num caso que envolveu a atriz pornográfica Stormy Daniels, com quem o ex-presidente teve um caso em 2006, e de ter comprometido a segurança dos Estados Unidos ao manter documentos classificados após a sua saída da Casa Branca em janeiro de 2021, incluindo planos militares ou informações sobre armas nucleares.

O ex-presidente declarou-se "não culpado" em todos estes casos, que descreve como uma "caça às bruxas" movida pelo governo Biden.

Num comício no Estado de New Hampshire esta terça-feira, Trump sugeriu que as muitas audiências previstas para os próximos meses relacionadas com os processos podem impedi-lo de estar no terreno.

"Eu não poderia ir para Iowa hoje [terça-feira], ou para New Hampshire, porque estaria sentado num tribunal por causa de um procurador que me acusou de estupidezes", apontou.

O atual chefe de Estado e recandidato à Casa Branca, Joe Biden, tem tido a preocupação de não comentar os processos contra Trump, para se afastar das acusações de instrumentalização da Justiça.

Donald Trump também sugeriu esta terça-feira que pode ser anunciada uma quarta acusação "na próxima semana".

Este eventual processo pode estar relacionado com a alegada pressão de Trump, exercida sobre um responsável da Geórgia, após a eleição presidencial de 2020.

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