Dois homens raptados na manhã de hoje na capital moçambicana

por Lusa

Duas pessoas foram raptadas em menos de uma hora na manhã de hoje em Maputo, capital de Moçambique, anunciou o porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic).

A primeira vítima é um homem, de 42 anos, que terá sido raptado por volta das 7:00 (menos uma hora em Lisboa) da manhã, no campus da Universidade Eduardo Mondlane, a mais antiga instituição de ensino superior no país, disse Hilário Lole, porta-voz do Sernic em Maputo, citado pela Televisão de Moçambique.

Trata-se de um empresário do ramo do comércio, que estava na companhia da sua esposa, após deixar os seus filhos na escola, e terá sido intercetado por um grupo armado que o levou à força, segundo a fonte.

"[O casal] terá sido interpelado por cidadãos com armas de fogo, do tipo pistola e AK47. O grupo terá efetuado quatro disparos e retirado a vítima da sua viatura por meio da força física até à viatura dos malfeitores", referiu Hilário Lole, acrescentando que a esposa não foi raptada. 

O porta-voz do Sernic avançou que decorrem "diversas diligências" visando devolver a vítima ao convívio familiar e deter os raptores.

Menos de uma hora depois, um outro homem terá sido raptado em frente à sua residência na avenida Friedrich Engels, que alberga habitações de vários diplomatas na capital moçambicana, também por um grupo armado, confirmou a Polícia da República de Moçambique, citada pela imprensa local.

"Eu estava a levar o balde de lixo para deitar fora e vi eles [os raptores] tirando o patrão de dentro do carro. Eu quis aproximar para ver o que estava a acontecer e eles apontaram-me uma arma. Insisti e eles apontaram-me novamente. De seguida eles o levaram para o seu carro e foram embora", disse uma testemunha que trabalha na casa de vítima, citada hoje pela imprensa local.

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou em dezembro a possibilidade de criação de uma unidade policial anti-raptos para combater a onda de crimes que se regista nas principais cidades moçambicanas, com mais de 10 casos registados durante 2020.

A CTA - Confederação das Associações Económicas de Moçambique, maior agremiação patronal do país, também já exigiu por diversas ocasiões um combate severo a este tipo de crime que tem visado sobretudo empresários e seus familiares.

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