Dois combatentes do Hezbollah mortos em ataque israelita no Líbano

por Lusa

Dois combatentes do Hezbollah foram mortos hoje em ataques com `drones` israelitas contra os veículos em que seguiam no sul do Líbano, segundo a imprensa estatal e o grupo xiita libanês.

A agência de notícias oficial ANI informou que os combatentes do Hezbollah foram mortos em ataques separados com `drones` em duas cidades no sul do Líbano, Naqoura e Zrariye.

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, em 07 de outubro, o Hezbollah tem trocado tiros regularmente com o Exército israelita, em apoio ao seu aliado da Palestina.

O Hezbollah anunciou a morte de dois dos seus combatentes, acrescentando que tinha realizado em retaliação um "ataque aéreo com vários `drones` explosivos" contra uma instalação militar israelita junto da fronteira.

O Exército israelita declarou, por sua vez, que um dos seus aviões tinha "atacado e eliminado o terrorista Ali Hussein Sabra (...) que participou nos esforços para equipar e fortalecer a unidade de defesa aérea do Hezbollah", na região fronteiriça de Tiro.

Numa segunda declaração, acrescentou que tinha atacado "um terrorista do Hezbollah que atuava na região de Naqoura".

O Hezbollah confirmou a morte de Ali Hussein Sabra.

Israel realiza regularmente ataques direcionados contra combatentes do Hezbollah, grupo aliado do Irão, ou de fações aliadas palestinianas e libanesas, que circulam em carros e motociclos.

O Hezbollah intensificou os seus ataques nos últimos dias e hoje anunciou que no domingo conseguiu frustrar o sistema de defesa antiaérea israelita ao lançar `drones` explosivos contra um alvo no `moshav` [comunidade agrícola] de Liman, a cerca de cinco quilómetros da fronteira.

O Exército israelita relatou na noite de domingo "uma tentativa mal sucedida de intercetação de uma aeronave hostil", indicando que um incêndio deflagrou na área, sem causar feridos.

Israel também intensificou os bombardeamentos contra aldeias no sul do Líbano, onde pelo menos quatro civis e quatro combatentes do Hezbollah foram mortos desde sexta-feira.

Este novo surto de violência ocorre no momento em que Ali Bagheri, o novo chefe interino da diplomacia do Irão, chegou a Beirute, na manhã de hoje.

Bagheri foi nomeado provisoriamente após a morte do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Hossein Amir-Abdolahian num desastre de helicóptero, que também causou a morte do Presidente Ebrahim Raisi.

O Irão, inimigo declarado de Israel, apoia vários grupos armados na região, incluindo o Hezbollah e o Hamas.

Também hoje, a coordenadora especial das Nações Unidas para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert, disse que tinha discutido com o ministro dos Negócios Estrangeiros libanês "a urgência de as partes regressarem à cessação das hostilidades."

Quase oito meses de violência na fronteira deixaram pelo menos 453 mortos no Líbano, na maioria combatentes e mais de 80 civis, segundo uma contagem da agência France Presse.

Do lado israelita, pelo menos 14 soldados e 11 civis foram mortos nestes confrontos, segundo as autoridades.

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