Dirigente político búlgaro foi alvo de tentativa de assassínio
O líder do partido da minoria turca na Bulgária, Ahmed Dogan, escapou hoje a uma tentativa de assassínio, quando discursava no congresso partidário. Um homem armado de uma pistola de gás e dois punhais subiu ao estrado, apontou-lhe a arma de fogo à cabeça e tentou disparar. O autor do atentado foi depois dominado.
O incidente foi integralmente filmado, bem como o posterior derrubamento e espancamento do autor do atentado. Segundo a polícia, trata-se de um homem de 25 anos, também membro da minoria turca da Bulgária, e residente na ciadade de Bourgas, junto ao Mar Negro.
O MRF participara em dois governos de coligação encabeçados pelo partido dos antigos comunistas búlgaros, mas tem-se encontrado, mais recentemente, na oposição ao governo de direita de Boïko Borissov.
Segundo a Agência France Press, Dogan voltou à sala quatro horas depois do atentado, aparentando boa saúde e boa disposição. Aí reiterou a decisão, já conhecida, de se retirar da política activa, e explicou-a pela "diabolização" que tem havido da sua imagem e que iria agora prejudicar o seu partido, se continuasse a encabeçá-lo nas próximas eleições.
Desta alegada "diabolização" faz parte a tese, mais recentemente surgida na imprensa, segundo a qual Dogan estaria ligado aos serviços secretos do regime comunista, até ao momento em que rompeu com este e passou à oposição, pagando essa viragem com a prisão, em 1985.