Dinamarca. Ataque a Mette Frederiksen aparentemente sem motivação política

por RTP
Reuters

O homem que na sexta-feira atacou a primeira-ministra dinamarquesa encontra-se em prisão preventiva. De acordo com as autoridades, o homem de 39 anos vai ser mantido sob custódia até ao dia 20 de junho e não terá tido, ao que tudo indica, motivação política para realizar o ataque. Mette Frederiksen cancelou todos os compromissos para este sábado, por sentir-se ainda “abalada” pelo acontecimento.

“Acreditamos que neste momento o incidente não teve motivação política”, anunciou a polícia dinamarquesa na rede social X. Depois de preso, o atacante foi ouvido por um juíz e colocado em prisão preventiva até ao próximo dia 20 de junho.

Em declarações à Agence France Presse, os serviços do hospital onde Mette Frederiksen foi examinada revelaram que a primeira-ministra fez exames médicos e que se encontra um pouco “abalada” pelo incidente desta sexta-feira, cancelando todos os compromissos para este sábado.

Sobre o atacante, a polícia revelou que parecia “ausente” no momento da detenção e o relatório médico da procuradoria dinamarquesa apontou sinais de embriaguez. Testemunhas no local relatam que Mette Frederiksen foi agredida no centro de Copenhaga, tendo sido empurrada.

Depois do incidente, o atacante, de estatura alta e magro, tentou fugir do local, tendo sido agarrado e deitado ao chão. 

Líderes políticos condenam ataque
O ataque a Mette Frederiksen acontece três semanas depois da tentativa de homicídio contra Robert Fico, chefe do governo da Eslováquia, que foi atingido a tiro a 15 de maio. A presidente da Comissão Europeia condenou o que aconteceu em Copenhaga, descrevendo o incidente como um “ato desprezível”.

O ataque contra a primeira-ministra dinamarquesa é inaceitável. Condeno veementemente este ato e desejo a Mette Frederiksen uma recuperação rápida”. Foi assim que Emmanuel Macron falou sobre o sucedido na sexta-feira, através da rede social X.

Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, também condenou o ataque e instou Frederiksen a “manter-se forte”, lembrando que a violência não tem lugar na política.

Mette Frederiksen tem 46 anos. Tornou-se primeira-ministra da Dinamarca em 2019, sendo a mais jovem de sempre no país nórdico. O ataque a Frederiksen acontece numa altura em que a União Europeia vota para escolher os seus representantes nas instituições europeias.
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