O Dia Mundial dos Glaciares é assinalado pela primeira vez pelas Nações Unidas, esta sexta-feira, com a organização a alertar que o degelo dos glaciares pode desencadear uma avalanche de impactos nas economias, ecossistemas e comunidades a nível mundial.
Cinco dos últimos seis anos testemunharam o recuo mais rápido dos glaciares de que há registo, indicando relatórios da OMM e do Serviço Mundial de Monitorização dos Glaciares (WGMS) que, em muitas regiões, o que era designado como o “gelo eterno” dos glaciares não sobreviverá ao século XXI.
Mais de 275.000 glaciares em todo o mundo cobrem aproximadamente 700.000 quilómetros quadrados. Juntamente com as camadas de gelo, os glaciares armazenam cerca de 70% dos recursos globais de água doce, constituindo as regiões de alta montanha as torres de água do mundo.
O esgotamento dos glaciares ameaça assim o abastecimento de centenas de milhões de pessoas que vivem a jusante e dependem da libertação de água armazenada nos invernos anteriores, além disso, no curto prazo, o degelo aumenta os riscos de inundações, alerta a OMM.
O derretimento dos glaciares é, a seguir ao aquecimento dos oceanos, o fator mais importante para a subida global do nível do mar e o degelo durante o período de 2000 a 2023 contribuiu com um aumento de 18 milímetros.
A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2025 como o Ano Internacional da Preservação dos Glaciares e estabeleceu o dia 21 de março como o Dia Mundial dos Glaciares, com o objetivo de aumentar a consciencialização sobre o papel vital que os glaciares, a neve e o gelo desempenham.