Desflorestação da Amazónia atinge maior valor desde 2008

por RTP
Nacho Doce, Reuters

A desflorestação da floresta da Amazónia aumentou 29,5 por cento nos últimos 12 meses. Este é o maior valor desde 2008, diz o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

A floresta da Amazónia perdeu 9.762 quilómetros quadrados da sua vegetação, entre agosto de 2018 e julho de 2019, diz o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais brasileiro (INPE). Os cientistas afirmam que a Amazónia tem sofrido grandes perdas nos últimos anos e de forma bastante acelerada, principalmente desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência do país.

Os Estados do Pará, Rondónia, Mato Grosso e Amazonas forma responsáveis por cerca de 84 por cento do total da desflorestação durante este período - cerca de 8.213 quilómetros quadrados.

Este aumento da percentagem de desflorestação é o terceiro maior da história. Aumentos desta dimensão só foram registados em 1995, onde o crescimento da desflorestação atingiu o seu pico, com cerca de 95 por cento de desflorestação, e em 1998, com cerca de 31 por cento.

A divulgação dos resultados contou com a presença do ministro do Ambiente e do ministro da Ciência do Brasil. Para Ricardo Salles, ministro do Ambiente, “este aumento ocorreu devido à economia ilegal na Amazónia”.

Jair Bolsonoro tinha, em julho do ano passado, criticado os resultados dos estudos do INPE, afirmando que existem várias falhas na obtenção e precisão dos resultados.
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