Frank Magnitz, deputado do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), foi na tarde de segunda-feira agredido por pelo menos três homens na cidade alemã de Bremen. As forças policiais acreditam que o ataque a Magnitz teve motivações políticas.
A procuradoria de Bremen e outras entidades responsáveis pela investigação de crimes políticos e contra o Estado encontram-se já a investigar o sucedido.
O ataque ocorreu às 17h20 locais (16h20 em Lisboa) de segunda feira junto a um teatro de Bremen, a norte da Alemanha. Três homens de cara tapada utilizaram bastões de madeira para golpear Magnitz até o deixarem inconsciente.
Quando o político caiu no chão, os atacantes terão passado a pontapeá-lo na cabeça até que, de acordo com o AfD, um cidadão travou as agressões.Magnitz, de 66 anos, ficará hospitalizado durante toda esta semana.
“Graças à valente intervenção de um trabalhador no local, os agressores não puderam concretizar as suas intenções e Frank Magnitz sobreviveu”, declarou o partido depois de partilhar, no Twitter, uma fotografia do deputado numa cama de hospital com a cara ensanguentada e um golpe aparentemente profundo.
“Agora encontra-se gravemente ferido no hospital” mas já está consciente, informou o partido, condenando a “violência cobarde que teve como intenção a morte” de Magnitz e apontando “terroristas de extrema-esquerda” como responsáveis pelo ataque.
“Observaremos de perto as reações dos políticos de outros partidos nos próximos dias”, alertou o AfD, garantindo que “também os social-democratas e os Verdes apoiam as atividades radicais antifascistas da esquerda e os seus ataques”.
“Dia negro para a democracia”
Este é o segundo ataque contra a AfD nos últimos dias. Na passada quinta-feira, um explosivo danificou as instalações do partido na Saxónia, onde a extrema-direita espera conseguir entre 23 e 25 por cento dos votos nas eleições regionais de setembro.
“É isto que pretendem as outras forças políticas?”, questionou o partido. “É esta a sua ideia de democracia? A AfD é repetidamente alvo de ataques de esquerda que não são condenados mas sim apoiados pelos outros partidos. Este é um dia negro para a democracia na Alemanha”.
Angela Merkel e os principais partidos alemães já condenaram duramente a agressão. “Este ataque brutal deve ser firmemente condenado”, declarou o porta-voz do Governo e da chanceler. “Espero que a polícia capture rapidamente os culpados”.
A AfD, fundada há quase seis anos, obteve cerca de 13 por cento dos votos nas eleições federais alemãs de 2017, durante as quais defendeu políticas anti-imigração e anti-Islão.