A delegação do movimento islamita palestiniano Hamas abandonou o Cairo após se reunir com o líder do serviço de inteligência egípcio, no âmbito de negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
De acordo com um comunicado do Hamas, no encontro foram discutidos os esforços para um cessar-fogo no conflito com Israel e a delegação palestiniana destacou o seu interesse "em ver esses esforços terem sucesso e pôr fim à agressão".
A delegação do Hamas foi liderada pelo chefe interino do grupo, Jalil al Haya, referiu o comunicado, citado pelo jornal Filastín, ligado ao movimento islamita.
O Hamas pediu a vários movimentos palestinianos em Gaza que identificassem quais dos reféns sequestrados em Israel, no ataque de 7 de outubro de 2023, ainda estão vivos, com vista a um acordo de tréguas, de acordo com fontes citadas por agências de notícias.
A contagem de reféns coincide com a nova ronda de negociações no Cairo entre o Hamas e Israel para alcançar um cessar-fogo, na qual ambos os lados deram sinais positivos sobre a possibilidade de chegar a um acordo.
O Qatar, interlocutor do Hamas nas conversações, retomou o papel de mediador depois de o ter renunciado há cerca de um mês.
Durante o ataque sem precedentes lançado a partir da Faixa de Gaza pelos comandos do Hamas e seus aliados, 251 pessoas foram raptadas em solo israelita. Um total de 96 reféns permanece em Gaza, 34 dos quais foram declarados mortos pelo exército de Israel. Sete reféns foram também resgatados.
Norte-americanos entram na conversa
Desde o início da guerra em Gaza, apenas entrou em vigor uma trégua de uma semana, em novembro de 2023, durante a qual foram libertados 105 reféns, num acordo que resultou na libertação de 240 prisioneiros palestinianos detidos por Israel.
Entretanto, o terceiro diplomata mais importante dos Estados Unidos vai estar em Amã hoje e terça-feira, onde se irá reunir com responsáveis do governo da Jordânia, para discutir "uma série de questões bilaterais e esforços para reduzir a escalada de conflitos regionais".
De acordo com um comunicado, o secretário-adjunto de Estado para Assuntos Políticos norte-americano, John Bass, vai "expressar o seu apreço pela liderança contínua da Jordânia no fornecimento de ajuda vital aos civis palestinianos em Gaza".
"As discussões também se concentrarão na importância da estabilidade na Cisjordânia e na necessidade de traçar um caminho para a criação de um Estado palestiniano com garantias de segurança para Israel", disse a diplomacia norte-americana.
Em relação à Síria, Bass "falará sobre a importância de proteger os civis e os membros de grupos minoritários e a necessidade de uma solução pacífica liderada pelos sírios", com base nas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.