Defender território ou atacar solo russo. Ucranianos dividem-se

por Antena 1

Equipas de resgate trabalham no local de um ataque com mísseis russos em Kharkiv, Ucrânia | Vitalii Hnidyi - Reuters

"A melhor defesa é o ataque" - parece agora ser esta a máxima utilizada em vários contextos, mas na Ucrânia nem todos concordam com a ocupação de território russo, na província de Kursk.

A estratégia militar está a deixar divididos os ucranianos que vivem em Kharkiv, perto da fronteira russa, como afirma um professor da universidade desta cidade, Serhi Wuakulenko.

Entrevistado pela Antena 1, este professor em Kharkiv, que fica a menos de 80 quilómetros da cidade russa de Belgorod, diz que há quem considere que os esforços da Ucrânia deveriam estar concentrados apenas na proteção do próprio território.

Contudo, Wuakulenko refere que a incursão militar em Kursk teve um resultado prático positivo: os ataques russos contra a cidade de Kharkiv acalmaram.
A incursão ucraniana em território russo apanhou o Kremlin de surpresa, um ato que constitui um facto inédito nesta guerra.

Surgiu entretanto a informação, por parte do Estado-Maior do Exército ucraniano, de que a Rússia terá perdido mais de 600 mil soldados - mortos ou feridos - desde o início da invasão da Ucrânia, há quase dois anos e meio.

As baixas estimadas entre as forças russas na Ucrânia aumentaram para 600.470, depois de cerca de 1.120 dos seus soldados terem sido mortos ou feridos em combate no domingo, de acordo com dados do Estado-Maior no seu mais recente relatório.
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