O Supremo Tribunal dos Estados Unidos anunciou esta terça-feira que aprovou a validação do decreto anti-imigração de Donald Trump. Este documento proíbe a entrada de cidadãos de sete países em território norte-americano.
Os sete países visados são de maioria muçulmana (Irão, Líbia, Síria, Iémen, Somália), mas constam também na lista a Coreia do Norte e a Venezuela.
John Roberts, chefe de Justiça dos Estados Unidos, afirma que Donald Trump usou de forma legítima os seus direitos relativos à questão da imigração. “A proclamação está diretamente dentro do desígnio da autoridade presidencial”, refere.
O chefe da Justiça dos EUA descarta-se, no entanto, das declarações polémicas do Presidente dos Estados Unidos sobre os muçulmanos e a temática da imigração, ou sobre o conteúdo do decreto. “Não expressamos qualquer opinião sobre a justeza desta política”, esclarece.
Donald Trump já expressou o seu contentamento no Twitter relativamente à aprovação do decreto. “O Supremo Tribunal valida a proibição de viajar de Trump. Uau!”, escreveu o Presidente dos Estados Unidos na rede social.
SUPREME COURT UPHOLDS TRUMP TRAVEL BAN. Wow!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 26 de junho de 2018
O decreto aprovado é a terceira versão de um primeiro texto emitido pela Casa Branca em janeiro de 2017, uma semana depois de Donald Trump ter tomado posse. Inicialmente o Chade também fazia parte da lista mas acabou por ser retirado.
A mais recente versão, que foi agora aprovada pelo Supremo Tribunal norte-americano, fecha as fronteiras a cerca de 150 milhões de cidadãos.
Os críticos deste decreto consideram que se trata de uma medida "anti-islão”, com a administração norte-americana tem tentado combater acusações desta natureza.
Breaking news on the Muslim Ban SCOTUS decision. “This hateful policy is a catastrophe all around – not only for those who simply want to travel, work, or study here in the States, but for those seeking safety from violence as well."https://t.co/z072qKWe50
— Amnesty International (@amnestyusa) 26 de junho de 2018
"Esta medida odiosa é uma catástrofe em todos os sentidos, não só para aqueles que simplesmente querem viajar, trabalhar ou estudar aqui nos Estados Unidos, mas também para aqueles que procuram proteção contra a violência", considera a representação norte-americana da Amnistia Internacional.