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Decisão do Parlamento turco. Erdogan submete protocolo de adesão da Suécia à NATO

por RTP
Reuters

Recep Tayyip Erdogan submeteu ao Parlamento um protocolo para a adesão da Suécia à Aliança Atlântica, adiantou esta segunda-feira o gabinete do presidente da Turquia.

Em comunicado, a direção de comunicação da presidência turca indicou que Erdogan já assinou o protocolo sobre a admissão da Suécia.

“O protocolo sobre a adesão da Suécia à NATO foi assinado pelo presidente Recep Tayyip Erdogan a 23 de outubro de 2023 e foi submetido à Grande Assembleia Nacional da Turquia”, adiantou.


O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, saudou a decisão e assumiu que o país está “ansioso” por se tornar membro da NATO.

Já o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, saudou a decisão, afirmando que espera por uma "votação rápida" no Parlamento turco de forma a acolher a Suécia como aliada "muito em breve".

"Tal tornará toda a Aliança mais forte e mais segura", sublinhou Stoltenberg.

No entanto, até ao momento não há indicação sobre quando é que a adesão da Suécia será votada. Não havendo um prazo definido, o projeto-lei será submetido numa primeira fase à Comissão de Negócios Estrangeiros antes de chegar à Assembleia Nacional para a votação.

O partido de Recep Tayyp Erdogan, o AKP, tem maioria no Parlamento, com 322 dos 600 lugares. A principal força da oposição, o CHP, já manifestou apoio à adesão da Suécia à NATO.

Ao longo do último ano, o presidente turco tem procurado adiar a ratificação da admissão da Suécia. Em causa estão as opções de Estocolmo no que refere aos rebeldes curdos, mas também as manifestações recentes em solo sueco que incluíram, entre outros atos, a queima de exemplares do Corão.

De recordar que a Suécia e a Finlândia colocaram um ponto final a uma tradição de não-alinhamento militar na sequência da invasão russa pela Ucrânia, em fevereiro de 2022. Helsínquia aderiu oficialmente à aliança militar em abril deste ano.

Até ao momento, faltam apenas as ratificações da Turquia e da Hungria. O ministro sueco da Defesa, Pal Jonson, afirmou esperar que Budapeste "cumpra o acordado" e a aprove a ratificação da adesão antes de Ancara.

"O que a Hungria indicou é que não será o último país a processar o nosso pedido", declarou Jonson.
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