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Daniel Chapo diz que recebeu "missão" da Frelimo para "servir o povo"

por Lusa

O candidato presidencial Daniel Chapo, apoiado pelo Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), garantiu hoje, em entrevista exclusiva à Lusa, que nunca tinha equacionado concorrer à Presidência, mas que recebeu essa "missão" para "servir o povo".

"Não, porque na Frelimo recebe-se missões. Nunca imaginei que seria um administrador distrital, mas depois como membro da Frelimo, fui chamado a esta missão, de dirigir o distrito de Nacala-Velha, em Nampula. Depois também recebi a missão de dirigir o distrito de Palma em Cabo Delgado, quando começaram os projetos de gás e depois também governador de Inhambane", começou por explicar.

Jurista de profissão, Daniel Chapo, 47 anos, foi aprovado em maio pelo Comité Central do partido como candidato apoiado pela Frelimo à sucessão de Filipe Nyusi. Era então, desde 2016, governador da província de Inhambane.

"E esta foi mais uma missão, para poder concorrer com o candidato da Frelimo para a Presidência da República. E recebi, tal como recebi as outras missões, para poder realmente servir o povo moçambicano", disse.

Moçambique realiza na próxima quarta-feira as sétimas eleições presidenciais - às quais já não concorre o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos - em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.

A campanha eleitoral, que arrancou em 24 de agosto, termina no domingo e Daniel Chapo já fez, desde a sua escolha em maio pela Frelimo, mais de duas voltas ao país, com três comícios por dia.

Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar na quarta-feira, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, segundo dados da Comissão Nacional de Eleições.

Concorrem ainda à Presidência Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, e Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos).

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