A decisão do presidente dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, originou um coro de críticas à escala global. O mundo árabe mostra indignação e o tema vai ser levado ao Conselho de Segurança da ONU.
“Abriram os portões do inferno”, afirmou Ismail Radwan, principal representado do Hamas aos repórteres na Faixa de Gaza. Espera-se pela hora em que os jovens vão voltar outra vez a agarrar em pedras.
No mundo árabe, as críticas sucederam-se desde Teerão que prevê uma “nova intifada”, até Riade. A Arábia Saudita, o tradicional aliado dos Estados Unidos no médio-oriente, classificou a decisão como “injustificada e irresponsável". A Jordânia considera a decisão de Trump uma "violação do direito internacional".
Um dos discursos mais incisivos partiu do secretário-geral das Nações Unidas. António Guterres lembrou que a ONU "sempre foi contra qualquer medida unilateral".
O Papa Francisco pediu a partir do Vaticano, que se evitem novos pontos de discórdia no médio-oriente.
A União Europeia veio exprimir a sua "profunda preocupação" com as repercussões que a decisão pode trazer para as perspetivas de paz.
Theresa May, Angela Merkel e Emmanuel Macron alinharam pelo mesmo diapasão. Ninguém está de acordo com a nova posição dos Estados Unidos a não ser Israel.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, elogiou a decisão de Trump como um "dia histórico" e assegurou que nada vai mudar em Jerusalém como um local sagrado para as três principais religiões monoteístas.