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Crise no Senegal. Proibida marcha silenciosa contra adiamento de eleições

por Cláudia Aguiar Rodrigues - Antena 1

Foto: Jerome Favre - EPA

Mergulhado numa crise política, o Senegal vive horas agitadas. Estava prevista uma marcha silenciosa convocada pela sociedade civil para contestar o adiamento das eleições presidenciais. Os protestos já levaram à morte de três pessoas. A manifestação desta terça-feira foi, entretanto, proibida pelas autoridades senegalesas com o argumento de que poderia perturbar o trânsito do país, que não tem comunicações com o exterior.

O Senegal está imerso numa grave crise política desde que o presidente, Macky Sall, anunciou o adiamento das eleições para designar o sucessor. Eleições que estavam inicialmente marcadas para o dia 25 de fevereiro.

As agências de notícias adiantam mesmo que a Internet móvel foi cortada em todo o país. A população tem-se mostrado indignada com o facto de as Presidenciais que estavam previstas para 3 de fevereiro não se terem realizado, o que mantém no poder o atual chefe de Estado.

Já se realizaram vários protestos, no Senegal, um deles acabou em confrontos, entre polícia e manifestantes, na semana passada.

Agora, esta marcha silenciosa marcada para hoje, na capital do país, Dakar, acabou por ser proibida, com o argumento de que iria provocar graves constrangimentos ao trânsito automóvel.

As Nações Unidas já manifestaram grande apreensão com a situação política neste país africano e exigem mesmo uma investigação a este adiamento das eleições.
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