Os agricultores franceses continuam esta quarta-feira, pelo terceiro dia consecutivo, com o bloqueio de autoestradas em todo o país. Há mais de 100 pontos de bloqueio e cerca de dez mil manifestantes nas estradas francesas, de acordo com o ministro francês do Interior, Gérald Darmanin.
Mais um dia de protestos em França, depois do discurso pouco convincente do primeiro-ministro francês Gabriel Attal, na terça-feira, que pela terceira vez não conseguiu acalmar a revolta dos agricultores. Apesar das tentativas do Governo francês, esta quarta-feira de manhã, os agricultores aproximam-se de Paris e do mercado grossista de Rungis, nos arredores da capital francesa. Atualmente oito autoestradas continuam bloqueadas na região parisiense.
Pelo menos 18 pessoas foram detidas por "obstrução ao trânsito" perto do mercado de Rungis, segundo fonte policial.
Numa entrevista, esta manhã, ao canal France 2, o ministro francês do Interior afirmou que "os agricultores não são deliquentes (...) pelo que não se trata de evacuá-los", mas relembrou as "linhas vermelhas" que são "não entrar em Paris, (no mercado de) Rungis ou nos aeroportos parisienses".
🔴🗣️ "Les agriculteurs ne sont pas des délinquants [...] et il n'est pas question de les évacuer"
— Telematin (@telematin) January 31, 2024
Gérald Darmanin rappelle ses "lignes rouges" : ne pas rentrer dans Paris, Rungis ou les aéroports parisiens. #Les4V @GDarmanin #BlocusDeParis pic.twitter.com/G3jXLsJ0dc
Para tentar acalmar a agitação do setor agrícola, o ministro francês da Agricultura, Marc Fesneau, desloca-se esta tarde a Bruxelas "para uma série de conversações destinadas a acelerar o tratamento das urgências europeias", segundo informou o seu gabinete na terça-feira.
Também o presidente francês, Emmanuel Macron, deverá discutir amanhã, no Conselho Europeu em Bruxelas, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, as reivindicações dos agricultores franceses.
c/ agências