Crianças julgadas por atirar pedras cumprem pena mais pesada que soldado israelita
A pena de 18 meses a que Elor Azaria foi condenado é mais leve que a sentença de algumas crianças julgadas por atirarem pedras. O veredicto final do tribunal tem gerado algumas críticas, que consideram a pena muito leve face à gravidade do crime.
O pai da vítima, Yusri al-Sharif, já manifestou publicamente o seu
desagrado perante a decisão do tribunal militar Tel Aviv. "A sentença
que ele recebeu é menor do que uma criança palestina recebe por atirar
pedras”, contestou Yusri al-Sharif.
Na verdade, o comentário tecido pelo pai da vítima não é um exagero da realidade. Em 2015, o gabinete do Primeiro-Ministro israelita Benjamin Netanyahu estabeleceu uma pena mínima obrigatória de quatro anos de prisão a quem “colocar em perigo a vida humana lançando pedras, bombas e explosivos”, segundo avança o jornal Independent.
A medida temporária, que deve durar até 2018, entrou em vigor depois de um israelense ter morrido num acidente de carro provocado pelo lançamento de pedras.
De acordo com a lei militar, o grupo de direitos humanos palestiniano Addameer, diz que atirar pedras pode ser punível com uma pena de até 20 anos de prisão.
Algumas das pessoas punidas pela violação desta lei tiveram sentenças maiores que a de Azaria, inclusive cinco crianças de Jerusalém que foram julgadas em março depois de terem atirado pedras aos carros.
Todas estas crianças cumpriram uma pena entre dois a três anos de prisão. Além destas cinco crianças, outras duas também foram julgadas pelo mesmo crime e sujeitas a uma sentença de mais de um ano de prisão.
Julgamento divide Israel
O sargento israelita, de 21 anos, foi considerado culpado. O tribunal militar israelita condenou Azaria por, a 5 de março do ano passado, ter abatido o prisioneiro palestiniano Abdel Fattah al-Sharif, quando este jazia no chão, já ferido a tiro e inconsciente.
Azaria foi condenado a ano e meio de prisão, a uma outra pena suspensa de 12 e seis meses e ainda a perder o posto de sargento. Mas os promotores pediam uma pena de três a cinco anos de prisão para o sargento israelita.
De acordo com a lei israelita, o crime de homicídio pode ser punível com uma pena de até 20 anos de prisão.
A sentença de Elor Azaria foi um caso histórico, já que há mais de 12 anos que membros das Forças de Defesa de Israel não são julgados por este crime.
Ainda assim, muitos palestinianos e ativistas dos direitos humanos têm criticado a decisão do tribunal, por acharem que se trata de uma pena demasiado leve para o crime cometido.
O facto é que as opiniões sobre a pena atribuída ao sargento israelita não são unânimes. Cerca de 65 por cento da população judaica de Israel apoiam os argumentos de defesa de Azaria, segundo uma sondagem realizada em agosto pelo Instituto de Democracia de Israel.
Na verdade, o comentário tecido pelo pai da vítima não é um exagero da realidade. Em 2015, o gabinete do Primeiro-Ministro israelita Benjamin Netanyahu estabeleceu uma pena mínima obrigatória de quatro anos de prisão a quem “colocar em perigo a vida humana lançando pedras, bombas e explosivos”, segundo avança o jornal Independent.
A medida temporária, que deve durar até 2018, entrou em vigor depois de um israelense ter morrido num acidente de carro provocado pelo lançamento de pedras.
De acordo com a lei militar, o grupo de direitos humanos palestiniano Addameer, diz que atirar pedras pode ser punível com uma pena de até 20 anos de prisão.
Algumas das pessoas punidas pela violação desta lei tiveram sentenças maiores que a de Azaria, inclusive cinco crianças de Jerusalém que foram julgadas em março depois de terem atirado pedras aos carros.
Todas estas crianças cumpriram uma pena entre dois a três anos de prisão. Além destas cinco crianças, outras duas também foram julgadas pelo mesmo crime e sujeitas a uma sentença de mais de um ano de prisão.
Julgamento divide Israel
O sargento israelita, de 21 anos, foi considerado culpado. O tribunal militar israelita condenou Azaria por, a 5 de março do ano passado, ter abatido o prisioneiro palestiniano Abdel Fattah al-Sharif, quando este jazia no chão, já ferido a tiro e inconsciente.
Azaria foi condenado a ano e meio de prisão, a uma outra pena suspensa de 12 e seis meses e ainda a perder o posto de sargento. Mas os promotores pediam uma pena de três a cinco anos de prisão para o sargento israelita.
De acordo com a lei israelita, o crime de homicídio pode ser punível com uma pena de até 20 anos de prisão.
A sentença de Elor Azaria foi um caso histórico, já que há mais de 12 anos que membros das Forças de Defesa de Israel não são julgados por este crime.
Ainda assim, muitos palestinianos e ativistas dos direitos humanos têm criticado a decisão do tribunal, por acharem que se trata de uma pena demasiado leve para o crime cometido.
O facto é que as opiniões sobre a pena atribuída ao sargento israelita não são unânimes. Cerca de 65 por cento da população judaica de Israel apoiam os argumentos de defesa de Azaria, segundo uma sondagem realizada em agosto pelo Instituto de Democracia de Israel.