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Covid-19. Nova Zelândia repensa reabertura de fronteiras

por Cristina Sambado - RTP
Nigel Marple - Reuters

Os planos da Nova Zelândia para reabrir as fronteiras no início do próximo ano poderão passar por uma reformulação completa, revelou o Governo. O país está a tentar conter um surto da variante Delta, altamente infeciosa.

O país registou esta quarta-feira 15 novos casos de infeção pela variante Delta do SARS-CoV.2, elevando o total para 855. A maioria dos infetados não está vacinada.

Foi o quinto dia consecutivo em que o número de novas infeções foi inferior a 21, um sinal encorajador de que a Nova Zelândia está no caminho certo para erradicar o vírus.
No entanto, a forma como a variante Delta entrou na comunidade permanece um mistério.

Todos os novos casos ocorreram em Auckland, que permanece no grau quatro de confinamento até à próxima semana, e todos, exceto dois, estavam epidemiologicamente ligados a casos existentes. Três quartos dos casos registados permaneceram isolados durante o período em que estavam infetados.

O resto do país permanece no nível dois de confinamento.

Perante esta situação, a possibilidade da Nova Zelândia reabrir as suas fronteiras para chegadas internacionais parece menos possível. O país tem medidas rígidas de entrada no país em vigor desde o início da pandemia de Covid- 19.

Chris Hipkins, o ministro responsável pela gestão da pandemia, afirmou no Parlamento que o plano de reabertura das fronteiras do Governo, revelado poucos dias antes do novo surto, teria de ser totalmente reformulado.

Parte da estratégia da Nova Zelândia para reabrir as fronteiras passava por um perfil de risco dos outros países, como tal, zonas com elevadas taxas de vacinação e baixos níveis de infeção seriam tratados de uma forma diferente de países onde a transmissão não está controlada.

Estávamos a olhar para uma situação em que podíamos estratificar os países com base no risco, e acho que com a variante Delta, temos de considerar a situação. Se de facto é algo apropriado a fazer, visto que todas as pessoas que entrem no país, nesta altura, têm um grau de risco associado”, afirmou Hipkins.

Em relação à origem do surto, Hipkins revelou que a investigação ao Crowne Plaza, uma unidade hoteleira para a quarentena em Auckland, não revelou a forma como o vírus se espalhou pela comunidade.

Na terça-feira, o ministro da Saúde confirmou que 29 funcionários do hospital de Middlemore foram suspensos por 14 dias, depois de uma pessoa com teste positivo ter dado entrado na urgência no passado sábado com dores abdominias. Quatro enfermarias foram fechadas para novas admissões de novos doentes.

Hipkins apelou à população para se vacinar e revelou que o país tem 629 mil doses de vacinas disponíveis.
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