A Agência Europeia do Medicamento (EMA) aprovou esta quarta-feira a inoculação contra a covid-19 em crianças dos cinco aos 11 anos, com a vacina da Pfizer/BioNTech. Em Portugal, esta decisão precisará ainda da aprovação da Direção-Geral da Saúde, que habitualmente segue as recomendações de Bruxelas.
A vacina, de nome Comirnaty, será administrada às crianças em duas doses de dez microgramas com três semanas de distância, segundo a recomendação da EMA. As doses de adulto são de 30 microgramas.
"O Comité dos Medicamentos para Uso Humano da EMA recomendou a concessão de uma extensão de indicação para a vacina Comirnaty para incluir a utilização em crianças dos cinco aos 11 anos de idade", informou o regulador europeu em comunicado. A vacina já era utilizada a partir dos 12 anos.
A EMA explica que, para as crianças dos cinco aos 11 anos de idade, a dose da vacina criada pela Pfizer "será inferior à utilizada em pessoas com 12 ou mais anos", mas "tal como no grupo etário mais velho, é administrada como duas injeções nos músculos do antebraço, com três semanas de intervalo".
A EMA explica que, para as crianças dos cinco aos 11 anos de idade, a dose da vacina criada pela Pfizer "será inferior à utilizada em pessoas com 12 ou mais anos", mas "tal como no grupo etário mais velho, é administrada como duas injeções nos músculos do antebraço, com três semanas de intervalo".
"Os benefícios da Comirnaty em crianças dos cinco aos 11 anos ultrapassam os riscos, particularmente nos casos em que há maior risco de doença grave causada pela covid-19", acrescentou a Agência Europeia do Medicamento.
Esta vacina tinha já obtido uma resposta positiva em crianças desta faixa etária num ensaio clínico com 2.268 participantes. Segundo a Pfizer, a eficácia foi de 90,7 por cento.
Nos Estados Unidos, a vacinação de crianças a partir dos cinco anos começou já no início de novembro.Portugal precisa da confirmação da DGS
Em Portugal, esta decisão vai precisar ainda da confirmação da Direção-Geral da Saúde. A comissão técnica de pediatrias deverá pronunciar-se em breve.
A Sociedade Portuguesa de Pediatria já disse defender que se vacinem as crianças contra a covid-19, se isso reduzir os confinamentos prolongados nas escolas.
Para os especialistas, há que evitar os maus-tratos, a pobreza e as dificuldades de aprendizagem causados pelos isolamentos.
A Sociedade Portuguesa de Pediatria já disse defender que se vacinem as crianças contra a covid-19, se isso reduzir os confinamentos prolongados nas escolas.
Para os especialistas, há que evitar os maus-tratos, a pobreza e as dificuldades de aprendizagem causados pelos isolamentos.
Atualmente, a vacina Comirnaty está autorizada a partir dos 12 anos, após ter sido pela primeira vez aprovada em dezembro de 2020 para adultos na UE e em maio deste ano para adolescentes dos 12 aos 17 anos.
Na semana passada, a EMA avançou que deverá decidir dentro de dois meses sobre a inoculação de crianças dos seis aos 11 anos com a vacina da Moderna.
Embora as crianças pequenas sejam menos suscetíveis a doença grave provocada pelo novo coronavírus, continuam a ser capazes de o transmitir a outras pessoas.
c/ agências