Covid-19. Contração económica na América Latina vai aos 9,9%

por Mário Aleixo - RTP
A contração económica na América Latina deve chegar aos 9,9 por cento Youtube

A Comissão Económica para a América Latina e as Caraíbas (CEPAL) apresentou um relatório que prevê uma contração média de 9,9%, numa região em que a maior queda será a da Venezuela.

Segundo o relatório desta agência da ONU sobre a situação económica na região face à pandemia de covid-19, o PIB da Venezuela registará uma contração de 26%, seguindo-se o Peru (-13%), Argentina (-10,5%), Brasil (-9,2%), México (-9%), Equador (-9%), El Salvador (-8,6%), Nicarágua (-8,3%), Cuba (-8%) e Chile (-7,9%).

A listagem inclui ainda o Panamá (-6,5%), Honduras (-6,1%), Colômbia (-5,6%), Costa Rica (-5,5%), República Dominicana (-5,3%), Bolívia (-5,2%), Haiti e Uruguai (ambos com menos 5%), Guatemala (-4%) e Paraguai (-2,3%).

A CEPAL projeta uma queda das exportações regionais de 23%, "devido principalmente à intensificação da contração da procura mundial".

As projeções apontam para 13,5% de desemprego, mais 2% que o projetado no passado mês de abril, e mais 5,4% que em 2019.

Por outro lado, a pobreza poderá atingir 37,3% da população da região, passando de 185,5 milhões em 2019 para 230,9 milhões até finais de 2020.

Antes do início da pandemia da covid-19, a CEPAL previa um crescimento médio máximo de 1,3% na América Latina, em 2020.
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