Reportagem
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Covid-19. A situação ao minuto do novo coronavírus no país e no mundo

por RTP

Miguel A. Lopes - Lusa

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a propagação do SARS-CoV-2 à escala internacional.

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23h40 - Brasil soma 643 mortes e aproxima-se do total de 590 mil óbitos

O Brasil contabilizou 643 mortes devido à covid-19 nas últimas 24 horas e aproxima-se de 590 mil óbitos (589.240) desde o início da pandemia, informou hoje o Ministério brasileiro da Saúde.

Em relação às infeções, o país totaliza 21.069.017, após ter registado 34.407 novos casos da doença entre quarta-feira e hoje.

De acordo com o último boletim epidemiológico difundido pela tutela da Saúde, a taxa de incidência da doença em território brasileiro permanece em 280 mortes por 100 mil habitantes e taxa de casos é de 10.025, num momento em que os números da pandemia estão em queda no país.

O Brasil, com 213 milhões de habitantes, continua a ser a segunda nação com mais mortes em todo o mundo, depois dos Estados Unidos, e a terceira com mais diagnósticos positivos, antecedida pelos norte-americanos e pela Índia.

Segundo especialistas, a tendência de queda dos índices da pandemia no Brasil deve manter-se nas próximas semanas e é atribuída à evolução da campanha de vacinação no país sul-americano, onde 67% da população já recebeu a primeira dose da vacina e 35% tem o esquema vacinal completo.

22h55 - Brasil recomenda suspensão de vacinação de adolescentes após "desordem"

O Ministério da Saúde do Brasil recomendou hoje a suspensão da vacinação contra a covid-19 de adolescentes, devido à "desordem" que existe em alguns Estados do país, que anteciparam a imunização dos jovens.

"A vacinação nas idades entre 12 e 17 anos deveria começar esta quinta-feira", segundo o programa nacional de imunização, mas muitas regiões do país anteciparam-se em algumas semanas, o que tem dificultado a administração dos imunizantes disponíveis, disse o ministro brasileiro da Saúde, Marcelo Queiroga, em conferência de imprensa.

"Como podemos coordenar uma campanha nacional dessa maneira?", questionou Queiroga, que criticou o facto de alguns Estados do país terem aplicados diversas vacinas em adolescentes, quando, segundo o Ministério da Saúde, a única autorizada para jovens é a do laboratório Pfizer.

De acordo com o governante, é do conhecimento do Ministério que "outros tipos de vacinas estão a ser aplicadas em adolescentes, como a da AstraZeneca, Janssen e Coronavac", que ainda não foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa, órgão regulador do Brasil) para menores de 18 anos.

Pelos cálculos da tutela da Saúde, nas últimas semanas um total de 3,5 milhões de adolescentes foram vacinados em vários Estados do país e há suspeitas de mais de mil "reações adversas", além de uma morte, cuja relação com a vacinação está sob investigação.

21h30 - Vacinação obrigatória para participar na reunião da ONU pode levar a ausência de Bolsonaro

A relutância do Presidente brasileiro em tomar a vacina contra a Covid-19 pode dificultar os seus planos de comparecer à Assembleia Geral das Nações Unidas na próxima semana.

Na quarta-feira, o líder da Assembleia anunciou que todos os líderes e diplomatas que querem participar na reunião, que vai decorrer de 21 a 27 de setembro em Nova Iorque, devem fazer prova da vacinação, remetendo para as regras em vigor na cidade.

Essa condição poderá impedir Bolsonaro, líder da extrema-direita brasileira que procura reabilitar a sua imagem no exterior. Bolsonaro planeia viajar para Nova Iorque mas os representantes do chefe de Estado brasileiro não responderam às questões sobre a sua situação vacinal. Bolsonaro disse a apoiantes, ainda esta semana, que ainda não foi vacinado.

Até ao momento, ainda não ficou claro como é que a regra será aplicada. Os porta-vozes da ONU disseram que as discussões estão em andamento, mas o porta-voz de António Guterres sugeriu que poderá haver "uma solução aceitável para todos".

A pandemia já vitimou mais de 588 mil pessoas no Brasil.

21h10 - Angola com 11 mortes e 420 casos

Angola registou mais 420 casos de Covid-19 e 11 mortes nas últimas 24 horas, referiram as autoridades de saúde do país.

Dos novos casos, 222 são do sexo masculino e 198 do sexo feminino, com idades entre 1 mês e os 93 anos. Grande parte dos novos casos, 327, foram registados na província de Luanda, 16 no Huambo, 15 em Benguela, 13 no Uíge, 11 no Bié, nove em Namíbe e seis na Huíla.

Dos 11 óbitos registados nas últimas 24 horas, cinco eram do sexo masculino e seis do feminino, entre os 7 e 79 anos.

Angola contabiliza desde o início da pandemia 51.827 casos confirmados de Covid-19. O país reporta 4.538 casos ativos, dos quais 34 em estado crítico e 43 em estado grave.

No continente africano foram registadas nas últimas 24 horas mais 161 mortes associadas à Covid-19 e 14.519 novos casos de infeção pela doença, segundo dados do África CDC.

21h05 - Cabo Verde regista três mortes e 75 novas infeções

Em Cabo Verde morreram três pessoas, elevando para 327 o total de óbitos associados à doença no país, anunciou o Ministério da Saúde. Nas últims 25 horas foram registados 75 novos infetados, num total de 1.061 resultados recebidos, e 148 recuperações.

Dos novos casos, 20 foram diagnosticados na cidade da Praia, na ilha de Santiago.

Os restantes infetados foram reportados em São Vicente (14), Maio (nove), Ribeira Brava de São Nicolau (sete), Boa Vista e Tarrafal de São Nicolau com dois cada e um cada em Ribeira Grande e Paul (Santo Antão) e São Filipe, no Fogo.

21h00 - São Tomé e Príncipe com 91 novos casos

Nas últimas 24 horas foram registados 91 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, o valor mais elevado desde o início da pandemia em 2020.

Setenta e sete casos foram registados na ilha de São Tomé e 14 na ilha do Príncipe.

Estão sob vigilância sanitária 388 pessoas e duas encontram-se hospitalizadas em estado grave.

20h58 - Estudo conclui que quem foi infetado conserva mais anticorpos do que quem foi vacinado
 
Idosos com mais de 70 anos registam uma diminuição dos anticorpos contra a Covid, quatro meses depois da vacinação completa.

Esta é a conclusão de um estudo feito pelo Algarve Biomedical Center e pela Fundação Champalimaud.

Foram analisados mais de cinco mil utentes e funcionários de lares em Portugal.

20h36 - Primeiro-ministro elogia adesão à vacina mas destaca importância de medidas de proteção individual

O primeiro-ministro elogiou o facto de Portugal ser um dos países do mundo com maior imunização, mas salientou que as regras de proteção individual contra a Covid-19 devem manter-se.

A posição de António Costa foi publicada na conta oficial na rede social Twitter, no final da reunião do Infarmed, em Lisboa, sobre a evolução da situação epidemiológica em Portugal, na qual estiveram presentes o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, bem como representantes de partidos com representação parlamentar. 

Segundo Antómio Costa, da reunião "fica uma mensagem clara": "cabe a cada um de nós manter as regras de proteção para continuarmos a vencer o vírus".

O Governo vai anunciar na próxima semana o levantamento de várias restrições e o novo quadro de medidas que vai vigorar face à nova taxa de vacinação existente em Portugal e à trajetória de descida da incidência e da transmissão da Covid-19 em Portugal.

20h26 - Biden acusa governadores republicanos de sabotagem

O presidente dos Estados Unidos acusa os governadores da Flórida e do Texas de "fazerem tudo o que podem para minar requisitos essenciais para salvar vidas", impostos para travar a propagação da Covid-19.

Alguns governadores republicanos, incluindo Greg Abbott do Texas e Ron DeSantis da Flórida, prometeram lutar contra a obrigatoriedade de vacinação para as grandes empresas, medida que Joe Biden lançou na semana passada, como resposta ao aumento de hospitalizações e mortes pelo vírus, principalmente entre os não vacinados.

O governador do Mississippi, Tate Reeves, comparou a ordem de Biden à tirania.

“Proponho uma exigência para vacinas contra a Covid, e o governador desse Estado chama isso de 'movimento tipo tirânico?'”, observa Biden, sublinhando que a pandemia já matou mais de 660.000 pessoas nos Estados Unidos.

"Este é o pior tipo de política ... e me recuso a ceder", garantiu o presidente americano, acrescentando que as políticas implementadas pela Casa Branca são "o que a ciência nos diz para fazer".

Apenas 63% da população elegível recebeu pelo menos uma dose de vacina, o que significa que a taxa de vacinação dos EUA está entre as mais baixas nas economias mais desenvolvidas.

20h10 - Facebook tem nova ferramenta para combater teorias da conspiração

O Facebook tem uma nova ferramenta para combater grupos e pessoas que usam a rede social para prejudicar a sociedade, como movimentos que espalham teorias de conspiração e corroem a confiança do público, por exemplo as campanhas anti-vacina Covid.

"As campanhas coordenadas para prejudicar a sociedade geralmente envolvem redes de utilizadores genuínos, que se organizam para furar sistematicamente as nossas regras a fim de causar danos dentro ou fora da plataforma", declarou Nathaniel Gleicher, diretor das cibersegurança do Facebook.

A primeira baixa foi o movimento alemão "Querdenken", ou "Anticonformista", que associa as medidas sanitárias contra o coronavírus a uma privação de liberdade que será inconstitucional.

Este movimento reúne membros da extrema esquerda, seguidores de teorias da conspiração, detratores da vacinação, bem como partidários da extrema direita. Já organizou inúmeras manifestações desde o início da pandemia.

A rede social já havia tomado medidas ad hoc contra conteúdo que violava os seus regulamentos como desinformação médica, incitação à violência, assédio, etc.

O Facebook considera agora este movimento como uma "ameaça à segurança".

Por isso, a equipe da Nathaniel Gleicher pretende aplicar técnicas de cibersegurança, geralmente reservadas para operações de manipulação orquestradas por atores anónimos, como grupos financiados por Estados como a Rússia. 

19h56 - Marcelo afirma que Portugal é visto como exemplo mas rejeita facilitismo

O presidente da República afirmou que Portugal é visto por outros países europeus como exemplo pela taxa de vacinação e combate à covid-19, mas que este "é um processo que não terminou, não há facilitismo".

Marcelo Rebelo de Sousa falava no Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento, em Lisboa, onde hoje se realizou a 23.ª sessão sobre a evolução da Covid-19 em Portugal.

Durante a reunião, após ouvir os especialistas, o chefe de Estado referiu que no encontro de chefes de Estado do Grupo de Arraiolos em que participou na quarta-feira, em Roma, "onde estavam catorze países europeus, Portugal era de longe o que tinha a taxa de vacinação mais elevada".

19h44 - CDS-PP e Iniciativa Liberal defendem libertação da sociedade de restrições

CDS-PP e Iniciativa Liberal defenderam que chegou o momento de libertar a sociedade das limitações pela pandemia da covid-19 e criticaram que o ano letivo comece sem as escolas se adaptarem à realidade atual.

No final de uma reunião com especialistas em saúde pública, partidos, Governo e Presidente da República no Infarmed, a porta-voz do CDS, Cecília Anacoreta Correia, afirmou aos jornalistas que é o momento de "liberdade para todos, com responsabilidade", dos cidadãos às entidades públicas.

"É a hora de desconfinar, esperamos que acabem as restrições às atividades económicas, mas também as de acesso aos serviços públicos" como repartições de finanças ou registos, bem como as da área da educação", defendeu.

19h11 - Sete novos casos na Madeira e 142 situações ativas

As autoridades de saúde da Madeira confirmaram sete novos casos de Covid-19 e 22 recuperações nas últimas 24 horas.

Estão registadas 142 situações ativas e seis pessoas hospitalizadas no arquipélago, refere o boletim da Direção Regional de Saúde. Das novas situações, 36 são importadas e 106 são de transmissão local.

Esta quinta-feira "há a reportar sete novos casos de infeção por SARS-CoV-2 na Madeira, pelo que a região passa a contabilizar 11.561 casos confirmados de covid-19", lê-se no boletim sobre a situação epidemiológica no arquipélago.

Entre os novos infetados, duas pessoas são oriundas do Reino Unido e os outros cinco de transmissão local.

Os novos casos estão a cumprir isolamento, encontrando-se seis internadas nas unidades polivalentes do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, sem qualquer doente na unidade de cuidados intensivos.

Outras 48 pessoas estão confinadas numa unidade hoteleira e as demais permanecem em alojamento próprio.

18h40 - Povo português votou a favor da vacinação como nunca fez nas eleições, aponta Presidente da República

O Presidente da República considera que a adesão das pessoas à vacinação contra a Covid-19, representa uma votação favorável maioritária nunca vista em eleições e demonstra o "caráter ultraminoritário" dos "chamados negacionistas" em Portugal.

Na 23.ª sessão sobre a evolução da covid-19 em Portugal, no auditório do Infarmed, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa disse que "é importante essa pedagogia de colocar o acento tónico na maioria esmagadora" da população, já superior a 80%, "que, não sendo forçada, aderiu, mesmo naquela parte em que poderia haver dúvidas ou resistências".

"Mais importante do que - o que é condenável em democracia - os excessos na defesa das teses negacionistas, é demonstrar o caráter ultraminoritário desse setor da opinião pública portuguesa", sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa.

"Não sei se isso não tem um efeito na crispação de alguns elementos desse setor, mas é a realidade, é a realidade", acrescentou.

"O povo português votou, e uma forma de voto foi vacinar-se, e aqui votou com uma maioria que até agora nenhuma eleição deu a ninguém. E é bom que isso seja retido", disse ainda o Chefe de Estado.


18h26: Pandemia levou à perda de 62 milhões de empregos no turismo

A presidente executiva do Conselho Mundial de Viagens e Turismo afirmou que a pandemia "tem sido devastadora" para o emprego no setor, tendo sido motivo para a perda de 62 milhões de postos de trabalho em todo o mundo.

Aludindo a dados anteriores à pandemia, Julia Simpson revelou que, em 2019, "um em cada quatro postos de trabalho que estavam a ser criados no mundo" diziam respeito à indústria das viagens e do turismo.

"E isso significa que, em 2019, havia mais de 330 milhões de postos de trabalho no nosso setor. Infelizmente, esta pandemia tem sido devastadora para nós", realçou a responsável do organismo durante uma conferência em Évora.

O setor do turismo representa "10,4% do PIB a nível mundial". Por este motivo, Julia Simpson considerou "importante" que a indústria e os governos cooperem "para reiniciar as viagens e construir a resiliência" desta área para "um futuro sustentável".

18h13 - OMS: Faltam 470 milhões de vacinas em África

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que o continente africano precisa de mais quase 470 milhões de vacinas para combater a pandemia, devido a um corte no fornecimento de 150 milhões de doses da iniciativa Covax.

"Como o consórcio Covax (iniciativa multilateral destinada a garantir acesso global às vacinas) foi forçado a cortar, em cerca de 150 milhões de doses, as entregas de vacinas da Covid-19 previstas para a África este ano, o continente enfrenta um défice de quase 500 milhões de doses, face ao que é o seu objetivo global de vacinação total de 40% da sua população" até ao final de 2021, referiu a representação da OMS para o continente africano.

Está prevista a chegada a África de "cerca de 95 milhões de doses adicionais", via Covax, "durante todo o mês de setembro", refere o ramo da OMS em Brazzaville, na República do Congo.

Com o corte anunciado, as doses disponíveis "serão suficientes para vacinar apenas 17% da população, muito abaixo do objetivo de 40%".

Por isso, "são necessárias mais 470 milhões de doses para atingir a meta do fim do ano", mesmo que todos os envios planeados, através da Covax e da União Africana sejam entregues.

Esta semana foi superada a fasquia de oito milhões de casos de infeção por Covid, desde o início da pandemia, no continente africano.

18h11 - Reunião Infarmed. “O processo de vacinação foi um extraordinário êxito”, afirmou Ferro Rodrigues

Numa breve intervenção Eduardo Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, prestou homenagem ao vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.

“Há momentos em que as questões são fundamentalmente do Estado de Direito e não meramente jurídicas”, afirmou.

“O processo de vacinação foi um extraordinário êxito”, disse ainda. “Isso deve-se ao Ministério da Saúde, à senhora ministra, à senhora diretora-geral, a todos os que participaram nesse processo e também ao senhor vice-almirante, que teve um papel tão importante e tão corajoso”.

17h59 - Reunião Infarmed. “Foi uma corrida contra o tempo que fez a diferença”, diz Marcelo Rebelo de Sousa

A começar a sua intervenção na reunião do Infarmed, Marcelo Rebelo de Sousa começou por referir que na véspera esteve com outros chefes de Estado em Roma e Portugal já era dos países com maior taxa de pessoas com vacinação completa. Segundo o Presidente da República, algumas dessas nações, onde os casos estão a aumentar, consideravam que o aumento de infeções estava relacionado com “problemas na vacinação”.

“Olhavam para Portugal como exemplo daquilo que foi a viragem, fruto da conjugação das medidas de proteção com uma campanha muito intensa de vacinação num curto espaço de tempo”, afirmou o chefe de Estado.

Mas segundo Marcelo Rebelo de Sousa “só foi possível fazer este processo de vacinação porque foi havendo vacinas”, porque o Governo tentou obter “vacinas dos sítios mais variados da Europa e fora da Europa”.

“Foi uma corrida contra o tempo que fez a diferença na transição a partir de abril ou maio até setembro”.

Além disso, o Presidente da República considera que foi “excecional a colaboração entre a administração civil [o Ministério da Saúde] e as Forças Armadas”.

É evidente, continuou, que o “papel das Forças Armadas teve um protagonista particularmente importante: o senhor vice-almirante”. “Mas também foi muito importante a conjugação que foi possível estabelecer (…)” entre as Forças Armadas, o Ministério da Saúde e a Direção-Geral da Saúde.

O Presidente da República realçou ainda a “resposta dos portugueses”, que “não eram obrigados a vacinar-se”.

Mas mesmo entre os que hesitaram, “decidiram avançar” com a vacinação. E a resposta dos portugueses, continuou, é “uma chave do sucesso de todo o processo, em particular do processo de vacinação”. Noutros países da Europa isso não tem acontecido.

“O povo português votou e aqui votar foi vacinar-se”, acrescentando que, “a esmagadora maioria dos portugueses aderiu à vacinação”.

17h55 - Reunião Infarmed. Vice-almirante aponta dois cenários

No futuro, o líder da task-force vê dois cenários, um melhor e outro pior. "O primeiro em que não serão necessárias terceiras doses e o segundo em que estas terão de ser administradas".

“Este grande esforço de vacinação em massa irá terminar no dia 26 e entraremos num processo de transição e continuarão a dar as segundas doses, primeiras doses que apareçam e os recuperados. Na segunda semana de outubro iniciar-se-á em princípio um foco na vacinação da gripe e depois, a partir da segunda quinzena de dezembro, concluída a vacinação da gripe, um outro foco eventualmente de uma terceira dose para os maiores de 65 anos até meados de março”.

17h48 - Reunião Infarmed. Algarve, Madeira e Açores com ligeiro atraso na vacinação

Na vacinação “estão ligeiramente atrasados o Algarve, a Madeira e os Açores”, indicou o vice-almirante Gouveia e Melo.

“Temos uma grande capacidade de administração ainda, temos vacinas disponíveis e agendamentos, as pessoas é que não têm aparecido, porque já estamos na fase final da vacinação e a entrar na faixa das pessoas que não querem ser vacinadas e que é muito baixa, felizmente, no nosso território”.

"Desde que foram atingidos 70-75% de vacinação completa, a incidência voltou a baixar abruptamente”, mesmo face à variante delta.

“O que se pode concluir daqui é que vai haver proteção de grupo e eventualmente imunidade de grupo – algo ainda por verificar – quando atingirmos 85% ou 86% de vacinação completa, o que são bastante boas notícias”.

17h43 - Reunião Infarmed. Medidas de proteção individual devem manter-se “quando não é possível manter o distanciamento”

Os especialistas em saúde pública consideram também importante que se passe de uma obrigatoriedade das medidas para uma responsabilização da população. Segundo Raquel Duarte, “esta transição deve ser apoiada” pelos indicadores como a incidência e o risco de transmissibilidade.

Assim, a proposta apresentada na reunião do Infarmed indica que se recomenda a adoção de medidas de proteção individual quando “não é possível manter o distanciamento”.
17h41 - Reunião Infarmed. Especialistas recomendam que se continue a usar certificado digital covid e máscara

Uma das medidas que Raquel Duarte recomenda que se mantenha é a apresentação de certificado digital, principalmente em unidades residenciais de idosos e no controlo das fronteiras.

“É preciso que este certificado seja fácil e continue a ser gratuito”, continuou a especialista.

Além disso, é preciso continuar a monitorizar as variantes em circulação e “implementar rapidamente as medidas de saúde pública que permitem o corte da transmissão” dessas variantes.

E ainda a continuação da utilização de máscara, assim como garantir a ventilação dos espaços fechados.

17h39 - Reunião Infarmed. Especialistas recomendam “reforço maciço da vacinação”

Raquel Duarte, da ARS Norte e do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, apresentou propostas de medidas contra a covid-19.

Constatando os efeitos da “vasta cobertura vacinal”, e a todas as medidas de combate à pandemia, estamos “numa fase de apostar na resolução de equidade e saúde mental” da população portuguesa.

“Estamos numa situação muito confortável, mas há claramente ameaças às quais devemos estar atentos”, esclareceu.

Sendo Portugal um destino turístico, o país está mais exposto “a novas variantes”. Por isso, as recomendações dos especialistas em Saúde Pública são em continuar a apostar na vacinação e “antecipar, desde já, a eventual necessidade do reforço maciço da vacinação, estabelecendo um plano que garanta que este sucesso não fica apenas a cargo dos serviços de saúde primária”.

Além disso, devem manter as estratégias até agora adotadas.

17h37 - Reunião Infarmed. “Estão por vacinar em território nacional cerca de 400 mil pessoas"

De acordo com o vice-almirante Gouveia e Melo, destas 400 mil pessoas, 150 mil são recuperados ainda não elegíveis para o processo de vacinação. Os elegíveis e não vacinados correspondem a 2,5 ou 3% da população”.

“Dos 12 aos 17 anos, já há 85,6%, ou 600 mil jovens, com vacinação iniciada e segundas doses seguem o seu curso - temos 56% de segundas doses nesta faixa etária”.

“Vamos entrar no último fim de semana de segundas doses desta faixa etária e temos esperança de conseguir vacinar 8,6%”.

17h30 - Reunião Infarmed. “Atingimos os 86% com a vacinação iniciada e 81,5% da vacinação completa”

O vice-almirante Gouveia e Melo puxou dos números: “Inoculamos no Continente 15 milhões de vacinas e 1,1 milhão de vacinas em reserva (...) o processo tem corrido bem” e “temos vacinas sem preocupação até para uma terceira dose se necessária como reforço acima dos 65 anos”.

“Penso que vamos atingir os 85% de vacinação completa no fim de setembro, quanto muito primeira semana de outubro”, afiançou.

“Mesmo nos mais novos, 87% de primeiras doses dos 12 aos 19 anos, se contarmos os recuperados e os infetados que não podemos neste momento vacinar, atingimos 94% desta faixa etária, o que é bastante positivo”.

17h25 - Reunião Infarmed. Vice-almirante Gouveia e Melo considera primeira batalha ganha

“Atingimos os 86% com a vacinação iniciada doses e 81,5% da vacinação completa”, afirmou o responsável máximo da task-force reponsável pela vacinação, para considerar que, “na minha perceção, a primeira batalha está ganha. Agora, com inteligência e todo o cuidado, temos de continuar porque a guerra não acabou. Mas a primeira batalha está ganha”.

17h17 - Reunião Infarmed. Ainda as percepções

Quanto às medidas profiláticas, regista-se a tendência crescente para o abandono do uso de máscara, com distinção clara entre espaços abertos ou espaços fechados, e quanto ao número de pessoas presentes.

Para o futuro, quando o risco de infeção for baixo, a lavagem frequente das mãos mostra tendência a ser mantida, acima do distanciamento de dois metros. São contudo “medidas que entraram no quotidiano”.

Usar a máscara obtém respostas “frequentemente e algumas vezes”, mesmo que não fosse obrigatória, com somente 7,8% a dizer “nunca” ou “não”.


17h09 - Testes rápidos visam identificar pessoas infeciosas e não pessoas infetadas

A testagem em Portugal aumentou nos últimos meses, especialmente devido à introdução dos testes rápidos e dos auto-testes. Mas, como explicou Henrique Barros, os testes rápidos foram “pensados para identificar pessoas infeciosas e não infeções”.

17h05 - Reunião Infarmed. Reforço da mensagem sobre a eficácia da vacinação

Era esperada, face à vacinação, uma queda maior quanto à percepção de risco de desenvolvimento de doença severa ou com complicações, apesar de ser ter registado um ligeiro decréscimo global, o que leva à indicação de reforço da mensagem sobre a eficácia da vacinação quanto à possibilidade de desenvolvimento de doença grave.

Qaunto à percepção da adequação das medidas implementadas pelo Governo no combate à pandemia, o barómetro tem registado grandes oscilações e este é um dos melhores momentos, “com 26% a considerá-las pouco ou nada adequadas”, em contraste com setembro de 2020.

16h57 - Reunião Infarmed. Testes ajudam a entender “dinâmica da infeção”

Os testes são também importantes para entendermos a dinâmica da infeção, considerou o epidemiologista Henrique Barros.

Ao analisar os dados recentes, o especialista explicou que podemos estar a passar de uma situação “fundamentalmente epidémica, para uma circunstância provável de endemia e que terá associado algum grau de sazonalidade.

De acordo com Henrique Barros, “isso é importante para podermos imaginar como responder no futuro”.

Os testes serológicos, especificou, “são fundamentais porque permitem compreender verdadeiramente a extensão da infeção, a fração não diagnosticada, o número de pessoas assintomáticas não diagnosticadas” e podemos “estudar os riscos da infeção, saber qual é a probabilidade de morrer (…) e acima de tudo perceber a dinâmica da resposta moral, para perceber se há ou não um declínio da nossa capacidade de nos defendermos, pelo menos com a imunidade moral”.

16h54 - Reunião Infarmed. Testagem não serve só para identificar casos de infeção mas também para uma “vigilância mais geral”

Henrique Barros, epidemiologista do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, começou por dizer que não “é absolutamente apropriado dizer que devemos fazer testes”. Segundo o especialista “temos de qualificar o que estamos a falar”, porque o “seu desempenho, as características, os seus atributos” têm de ser avaliados consoante a situação.

Por um lado, explicou, o objetivo é identificar todos os casos de infeção e não “deixar passar ninguém doente”, embora existam muitos “falsos positivos”. Por outro lado, “podemos ter diferentes questões a responder” e podemos usar os testes para fazer também “vigilância mais geral”, até nas águas residuais.

Ainda há a utilização dos testes para “rastreio” e identificar pessoas “que estão doentes mas não sabem que estão”. Mas do ponto de vista individual o rastreio não é eficaz.

“A diferença é entre olhar para a pessoa e olhar para a comunidade”, explicou o epidemiologista. “Ao fazermos o rastreio somos capazes de tirar pessoas das cadeias de transmissão e, portanto, estamos a fazer à população o que habitualmente cada um de nós faz nos serviços médicos”.

16h45 - Reunião Infarmed. A percepção da Covid com níveis diferenciados segundo a idade

Carla Nunes, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, fala sobre as percepções sociais sobre a Covid-19: frequência com que os portugueses se têm sentido tristes, ansiosos, agitados ou em baixo devido às medidas de distanciamento físico.

Quanto à repetição diária destes sentimentos, os mais novos continuam a apresentar “piores estados de saúde mental” relativamente aos mais velhos. “Os mais novos desde maio destacam-se das outras faixas etárias ao mostrar uma tendência crescente e desfasada” das restantes quanto a estes sentimentos de ansiedade.

Face a setembro de 2020, a mesma percentagem (17%) refere sentir diariamente estas emoções, mas, apesar do valor global ser quase igual, a distribuição pelas faixas etárias é muito distinta, com um desequilíbrio entre os mais novos e os mais velhos.

Perceção de risco de ficar infetado: “Estamos mais homogéneos entre as faixas etárias com mais velhos e mais novos com valores mais semelhantes, abaixo das outras faixas etárias onde o risco percebido é de 49%”.

“Em setembro de 2020 existia uma maior perceção de risco de 66,6% de uma forma global e agora é de 48,7%”, concluiu Carla Nunes. Era esperada, face à vacinação, uma queda maior quanto à perceção de risco de desenvolvimento de doença severa ou com complicações, apesar de ser ter registado um ligeiro decréscimo global, o que leva à indicação de reforço da mensagem sobre a eficácia da vacinação quanto à possibilidade de desenvolvimento de doença grave.

16h28 - Reunião Infarmed. Não é necessário reforço universal de vacinas

EMA (agência europeia do medicamento) e ECDC emitiram uma posição conjunta decidindo que “não é necessária urgência da vacinação universal com doses de reforço, deve dar-se sim prioridade aos que ainda não estão vacinados”, referiu Fátima Ventura, do Infarmed. A decisão irá caber de qualquer modos aos Estados.

Doses adicionais podem começar a ser administradas a indivíduos imunodeprimidos ou a idosos mais frágeis, como medida de proteção, defendeu.

16h25 - Reunião Infarmed. Maior probabilidade de surgirem novas variantes em países com baixa taxa de vacinação

Ao explicar como se reproduzem as mutuações do SARS-CoV-2 no organismo humano, João Paulo Gomes explicou que em países com baixa taxa de vacinação há maior probabilidade de ocorrerem mutações e, assim, surgirem novas variantes preocupantes. Já em países com alta taxa de vacinação, os dados apontam para cenários com muito menos variantes novas a surgir.

Nesse caso, o especialista do INSA esclareceu que, em países como Portugal, se aparecer uma nova variante, muito provavelmente não terá novas mutações, mas sim uma combinação de mutações já existentes.

16h21 - Reunião Infarmed. Variante Delta está “espalhada em todo o mundo” de forma homogénea

Relativamente à prevalência de variantes a nível mundial, a variante Delta está “espalhada em todo o mundo” de forma homogénea.

“Atualmente, nas últimas semanas, mais de 95 por cento dos vírus que são sequenciados, por qualquer laboratório mundial, pertencem a esta variante genética”, esclareceu João Paulo Gomes.

Já no que respeita à variante Gama, o especialista do INSA afirmou que tem uma “prevalência cumulativa muito acentuada” no Brasil e nos restantes países vizinhos. Mas “é perfeitamente residual” no resto do mundo.

A variante Beta, ou África do Sul, é nesse país e nos países próximos que tem tido uma “prevalência cumulativa muito mais relevante”, não tendo passado, contudo, dos dois por cento.

16h17 - Reunião Infarmed. Variante Delta Plus com prevalência reduzida em Portugal

Segundo o especialista do INSA João Paulo Gomes, foram detetados 66 casos de variante Delta Plus – que é uma “sub linhagem” da variante da África do Sul. Contudo, considera que este número de casos é um “número muito reduzido”.

Houve ainda um caso confirmado da variante Gama, na região de Lisboa e Vale do Tejo, nas últimas duas semanas.

Relativamente à variante MU, identificada recentemente, detetaram-se apenas 24 casos em Portugal, até 5 de junho, “havendo alguma transmissão comunitária”, uma vez que surgiu em sete distritos e 16 concelhos.

16h10 - Reunião Infarmed. Bruxelas está a avaliar várias vacinas

Fátima Ventura, diretora da Unidade de Avaliação Ciêntifica no Infarmed, indicou que várias vacinas anti-Covid adquiridas pela União Europeia estão a ser submetidas a testes rápidos abrangidos em PIB’s – Pediatric Investigation Plans – para averiguar a sua eficácia e efeitos entre os mais novos e são publicados no site da EMA, onde podem ser consultados.

“Para a vacina ‘Cominarty’ ainda estão planeados ensaios clínicos dos 0-6 meses, dos 6 meses aos 12 anos. No caso das vacinas ‘Spikevax’ e ‘Vaxzevria’ temos também planeados ensaios dos 0 aos 12 anos e, para as ‘Cominarty’, ‘Spikevax’ e Janssen, dos 12 aos 18 anos”.

“Todas as vacinas têm previstos ensaios clínicos para imuno-suprimidos”, acrescentou Fátima Ventura. “Prevê-se que até final do ano seja submetida uma extensão das vacinas acima dos cinco anos”.

Quanto ao ciclo de vida e manutenção das vacinas e sua segurança, alterações de fabrico permitiram aumentar a produção e a disponibilidade das vacinas, assim como as extensões dos prazos de validade, o transporte de frascos ou de seringas pré-preparadas.

Estão prometidas ainda novas formulações em uni-dose ou liofilizadas e novas posologias, para doses de reforço e doses adicionais.

A agência europeia está a avaliar desde 6 de setembro o pedido para a administração de uma dose de reforço da ‘Cominarty’, indicada para maiores de 16 anos, após seis meses da vacinação - os ensaios clínicos estão em curso. Tanto a Spikevax como a vacina da Janssen deverão em breve submeter o mesmo pedido.

16h01 - Reunião Infarmed. Mais de 98% dos casos em Portugal causados pela variante Delta

João Paulo Gomes, especialista do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), esteve presente na reunião do Infarmed para atualizar a informação sobre as variantes do SARS-CoV-2.

“Em termos de totais até ao presente, sequenciamos mais de 16 mil genomas do novo coronavírus, de amostras provenientes de uma extensa rede laboratorial, tanto do público como do privado”, começou por dizer.

Nas últimas oito semanas, “tivemos em Portugal sempre mais de 98 por cento das infeções” representadas pela variante Delta. “Estamos a falar de valores entre os 98 e os 100 por cento de prevalência da variante Delta. É tudo Delta”.

15h42 - Reunião Infarmed. Epidemiologista Baltazar Nunes defende efetividade das vacinas

“Nunca o valor do R esteve tão baixo como agora sem medidas de restrição acentuadas”, sublinhou o epidemiologista Baltazar Nunes.

“Os países com maior cobertura vacinal têm valor de R abaixo de 1 e os países com menor cobertura vacinal apresentam o R acima de 1”. Ou seja, a cobertura vacinal reduz o efeito de transmissibilidade, defendeu o especialista.

Quanto ao risco de infeção, hospitalização e morte, “verificamos coberturas vacinais elevadas” para estas situações.

“Existe uma tendência clara: maior cobertura vacinal, menor transmissibilidade”, disse.

15h40 - Reunião Infarmed. Elevada cobertura vacinal explicam atual situação epidemiológica

Estes indicadores, frisou o especialista da Direção-Geral da Saúde Pedro Pinto Leite, explicam-se com o sucesso que “é a vacinação” e a elevada cobertura vacinal que o país apresenta.

Segundo os últimos relatórios, lembrou, 85 por cento da população já tomou pelo menos uma dose de vacina contra a covid-19 e 80 por cento com a vacinação completa – 75 por cento dos jovens adultos com vacinação completa e mais de 50 por cento dos adolescentes com as duas doses de vacina.

Apresentando novos dados, o especialista referiu que por cada 5 casos de covid-19, quatro não tinham a vacinação completa, o que “vem reforçar a importância da vacinação”. Por cada 15 doentes covid internados, 14 não tinham o esquema vacinal completo, referiu ainda.

“A vacinação contra a covid-19 é um sucesso”, fez questão de mencionar.

15h39 - Reunião Infarmed. Internamentos com um “decréscimo de cerca de 15 por cento”

Sobre os internamentos, o especialista da DGS referiu que se verifica um “decréscimo de cerca de 15 por cento”, tanto nos internamentos totais como em cuidados intensivos.

Considerando os internamentos por faixa etária, Pedro Pinto Leite destacou “um fenómeno interessante”: “é visível o aumento de internamentos por covid-19 após a introdução da [variante] Delta em Portugal”.

Este aumento, explicou, “teve um pico entre julho e agosto e, desde então, a descida dos grupos etários mais velhos (…) não tem acompanhado com a mesma velocidade a descida dos grupos etários” dos 20 aos 50 anos. Esta diferença pode explicar-se com uma diferente incidência por grupo etário, visto que a incidência desceu mais nas faixas etárias mais novas, e visto que os grupos mais velhos tem tendência a permanecer mais tempo em internamento.

Nas Unidades de Cuidados Intensivos, o número de internados “voltou ao mesmo padrão”.

Quanto à mortalidade, Pedro Pinto Leite afirmou que a taxa de mortalidade é de 13 óbitos por um milhão de habitantes – “abaixo do limiar de 20 óbitos por um milhão de habitantes”. Além disso, houve um decréscimo de cerca de 19 por cento relativamente ao período homólogo.

15h32 - Reunião Infarmed. Casos positivos abaixo do limiar definido por autoridades

A diminuição da incidência “é acompanha por uma diminuição da positividade”, afirmou ainda Pedro Pinto Leite.

Isto é “importante porque, mantendo a mesma capacidade de testagem, estamos a ter, efetivamente, menos vírus em circulação e menos casos confirmados”.

Atualmente, a positividade é de 2,5 por cento, o que “está abaixo do limiar definido pelo ECDC”.

15h28 - Reunião Infarmed. “Tendência decrescente em todos os grupos etários”

Segundo o especialista da DGS, verificou-se uma “tendência decrescente em todos os grupos etários”, salientando-se nos grupos entre os 10 e os 19 e os 20 aos 29 anos.

“Esta informação é extremamente importante, uma vez que estão a começar as aulas”, referiu ainda Pedro Pinto Leite.

15h24 - Reunião Infarmed. “Encontramo-nos, claramente, no fim de uma fase pandémica”, afirma DGS

A reunião do Infarmed para discutir as próximas etapas do desconfinamento começou com a intervenção de Marta Temido, que apresentou os temas em debate sobre a situação epidemiológica durante o encontro de especialistas.

O primeiro especialista a intervir foi Pedro Pinto Leite, da Direção-Geral da Saúde, que apresentou a situação epidemiológica de Portugal.

“A pandemia ao longo do último ano e meio teve quatro grandes ondas”, começou por recordar o responsável da DGS, ao apresentar um quadro aos presentes. E continuou: “Atualmente, encontramo-nos no fim da última fase da onda epidémica, com 195 casos por 100 mil habitantes, uma tendência decrescente, e com uma variação relativamente ao período homólogo de 26 por cento”.

“Encontramo-nos, claramente, no fim de uma fase pandémica”, esclareceu. “A incidência tem uma tendência decrescente e já estamos abaixo dos 240 casos por 100 mil habitantes”, sendo esta tendência verificada em todas as regiões do país.

Além disso, não há neste momento nenhum concelho com uma incidência acima do 960 casos por 100 mil habitantes, havendo apenas 12 concelhos com uma incidência superior a 480 casos – “o que corresponde a cerca de três por cento da população”.

15h15 - Arrancou a reunião de especialistas no Infarmed

Está em análise a evolução da pandemia, numa altura em que Portugal está próximo de atingir a meta de 85% da população vacinada contra a covid.

Na reunião participam o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa.

A ministra da Saúde, Marta Temido, e grande parte dos especialistas marcam presença, com os partidos com assento parlamentar a poder enviar um elemento à reunião.

Neste encontro é debatida a nova etapa do processo de desconfinamento.

14h57 - Portugal Continental deixa de estar no vermelho nos mapas sobre viagens na União Europeia

As regiões de Portugal continental melhoraram hoje para 'risco moderado' nos mapas do Centro Europeu para Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), sobre decisões sobre viagens na União Europeia (UE), categoria para a qual passaram também os Açores.

Em causa estão os mapas do ECDC de indicadores combinados, abrangendo as taxas de notificação de casos de covid-19 nos últimos 14 dias, o número de testes realizados e o total de positivos, que são atualizados semanalmente, à quinta-feira.

Os dados hoje divulgados revelam que após várias semanas na categoria vermelha (referente aos territórios onde a taxa cumulativa de notificação de casos de infeção nos últimos 14 dias varia de 75 a 200 por 100 mil habitantes ou é superior a 200 e inferior a 500 por 100 mil habitantes e a taxa de positividade dos testes de é de 4% ou mais), todas as regiões de Portugal continental passaram à laranja, uma melhoria do 'risco elevado' para o 'risco moderado'.

E uma semana após os Açores terem ficado na categoria referente a melhor situação epidemiológica, a verde, hoje acompanham as restantes regiões do continente ao retrocederem para a laranja (sobre territórios onde a taxa de notificação de novas infeções é de 50 a 75 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias e a taxa de positividade dos testes é de 1% ou entre 75 e 200 novos infetados por 100 mil habitantes e a taxa de positividade dos testes de 4% ou mais). A Madeira mantém-se na categoria de 'risco moderado', a laranja.

A categoria verde, em que não se encontra nenhum território português, diz respeito a regiões com menos de 50 novos casos e taxa de positividade inferior a 4%, ou menos de 75 casos, mas com taxa de positividade inferior a 1%.

14h52 - Jerónimo considera "fundamental" avançar no desconfinamento

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou hoje que é "fundamental" avançar no sentido de levantar as medidas restritivas que ainda estão a vigorar por causa da pandemia.

"Creio que tudo o que for desconfinamento e possibilidade de voltarmos a respirar sem preocupação, de nos sentirmos bem, o toque de um amigo, de um familiar, voltar a conviver... Tudo isso é fundamental porque o confinamento já provocou grandes estragos em relação a muitas pessoas, que, por razões diversas, viram a sua vida andar para trás", considerou o dirigente comunista, no final de uma visita ao Centro de Treino do Serrado, na Amora, concelho do Seixal (Setúbal).

No final desta ação de campanha autárquica da CDU e em dia de reunião no Infarmed entre epidemiologistas e os representantes órgãos de soberania e dos partidos com representação parlamentar, o secretário-geral do PCP enalteceu o papel da vacinação para chegar a este momento de considerar levantar mais restrições.

Contudo, a decisão só pode advir de "medidas sustentadas" e "há que manter normas de proteção" para evitar retrocessos, notou.

Não querendo antecipar uma opinião concreta, até se saber o mais recente diagnóstico da pandemia em Portugal, Jerónimo de Sousa considerou que a ideia de "voltar à vida normal" hoje transformou-se num "um bem precioso".

14h48 - Misericórdias de Viseu defendem terceira dose de vacina para mais vulneráveis

O presidente do secretariado regional de Viseu da União das Misericórdias Portuguesas, José Tomás, disse hoje à agência Lusa, após apresentação de estudo, que é muito importante" a terceira dose da vacina para as pessoas mais vulneráveis.

"Estes dados são muito importantes para o futuro, nomeadamente para aquilo que hoje se fala, a terceira dose para as pessoas mais vulneráveis e mais frágeis e é isso que estamos aqui a falar e de que não há grandes dúvidas, depois da apresentação deste estudo, de que estes dados são uma informação extremamente relevante para as decisões que forem tomadas", defendeu José Tomás.

Este responsável das Misericórdias falava à agência Lusa no final da apresentação, em Viseu, do estudo "Protetor covid-19", realizado pelo Algarve Biomedical Center, em parceria com a Fundação Champalimaud e com o apoio do Ministério do Trabalho, Solidariedade e da Segurança Social.

O estudo abrangeu as regiões do Alentejo e Algarve, no mês de agosto, a um total de 5.174 residentes e trabalhadores em lares de idosos. Do total de pessoas analisadas, 2.303 foram funcionários de lares e 2.871 foram utentes residentes.

A população do estudo foi maioritariamente feminina, e entre os funcionários a idade média foi de 47 anos enquanto nos utentes foi de 85 anos. Destes, 2.277 têm mais de 80 anos e mais de 1.000, têm mais de 90 anos.

"Há uma diminuição abrupta dos anticorpos em pessoas com mais de 70 anos que tenham tido duas doses de vacina e quatro meses após a vacinação completa. Contrariamente, as pessoas que tiveram covid-19 e que receberam uma dose de vacina mantêm níveis altos de anticorpos ao longo de todo o tempo", anunciou o responsável do estudo Nuno Marques.

Um estudo que, no entender de José Tomás, "não deixa dúvidas" quanto à "redução abrupta" dos níveis de anticorpos, nomeadamente, "da população mais idosa", que "é a população residente em lares em Portugal, todos acima desta faixa etária".

14h28 - Aumento de apoios a quem fica em casa com crianças chegou ao fim

O Tribunal Constitucional (TC) considerou inconstitucionais duas normas que aumentaram os apoios financeiros aos trabalhadores que ficaram em casa com crianças menores de 12 anos, durante o encerramento das escolas provocado pela pandemia. Um acórdão do TC publicado hoje em Diário da República declarou inconstitucionais normas da Lei n.º 16/2021, de 7 de abril, que estabelece medidas de apoio no âmbito da suspensão das atividades letivas e não letivas presenciais.

Em causa está o aumento do apoio atribuído aos trabalhadores independentes, que passou de um terço da base de incidência contributiva mensal para 100%, e o alargamento de apoios às famílias que deixaram de trabalhar para ficam em casa a dar apoio às crianças.

Depois de o Governo ter decidido no final de janeiro e pela segunda vez encerrar os estabelecimentos de ensino para controlar a propagação do vírus, milhares de famílias tentaram manter o trabalho online e apoiar as crianças em ensino à distância.

14h08 - Portugal tem mais 1.062 casos de Covid-19 e seis mortos

Há mais 1.062 casos de covid-19 e seis mortos em Portugal, menos 375 casos ativos, 1.431 recuperados e menos 837 contactos em vigilância.

A região Norte voltou a reportar a maioria dos novos casos, mais 425 do que ontem. Lisboa e Vale do Tejo tem mais 337, o Centro tem mais 146, o Algarve 78 e o Alentejo mais 50. Na Madeira contam mais 14 e nos açores mais 12.

Os internamentos continuam a descer e estão abaixo dos 500 doentes em enfermaria. Há também menos 16 doentes em cuidados intensivos.

13h58 - UE já desembolsou 34 mil ME em ajudas a 130 países no combate à pandemia

A União Europeia (UE) já desembolsou 34 mil milhões de euros em ajudas a mais de 130 países parceiros e de baixo rendimento para combate à pandemia de covid-19, esperando ainda alocar pelo menos mais 12 mil milhões.

“Desde o início de 2020, a UE, os seus Estados-membros e as instituições financeiras europeias, no âmbito da iniciativa Equipa Europa, desembolsaram 34 mil milhões de euros em apoio aos países parceiros para enfrentar a pandemia e as suas consequências”, anunciou hoje a Comissão Europeia em comunicado de imprensa.

Assinalando que esta verba “já excede de longe os 20 mil milhões de euros inicialmente prometidos pela Equipa Europa”, o executivo comunitário acrescenta que os compromissos (ajudas prometidas) chegam já aos 46 mil milhões de euros.

Ao terreno chegaram já 34 mil milhões, isto até abril passado, montante que inclui 1,8 mil milhões de euros em resposta de emergência às necessidades humanitárias, 6,3 mil milhões de euros no reforço dos sistemas de saúde, água e saneamento e 25,8 mil milhões na mitigação das consequências sociais e económicas da pandemia, incluindo a perda de empregos e educação, elenca a instituição.

13h49 - Madeira admite aligeirar medidas depois da Festa da Flor

A Madeira vai ponderar aligeirar as medidas restritivas de combate à covid-19 apenas depois da Festa da Flor, que decorre entre 01 e 24 de outubro, em conjugação com a Festa do Vinho, afirmou hoje o presidente do Governo Regional.

"Eu quero fazer a reabertura, ou seja, voltar um pouco à normalidade, porque a normalidade absoluta nunca vai ter, pelo menos nos próximos tempos, com a Festa da Flor", declarou Miguel Albuquerque aos jornalistas, no decorrer de uma visita que efetuou à Escola do Galeão, na freguesia de São Roque, no Funchal.

O executivo madeirense investiu neste estabelecimento de ensino cerca de 400 mil euros na cobertura do polidesportivo e no piso, "aproveitando o período de férias para realizar as obras e dotar de condições para o exercício de atividades turísticas e outras", explicou o governante.

Questionado sobre as perspetivas de abertura em relação às medidas em vigor, respondeu: "Deixe-me chegar os 85% (de pessoas vacinadas) e se tivermos depois os números e a constância dos números da infeção vamos tomar algumas decisões".

O chefe do Governo madeirense, de coligação PSD/CDS, sublinhou que "neste momento está tudo a funcionar" na Madeira, defendendo que "não vale a pena" as autoridades regionais se "precipitarem" nesta matéria.

Miguel Albuquerque enfatizou que quando a Madeira atingir os 85% dos residentes vacinados, o Governo Regional "vai tomar algumas medidas menos restritivas", complementando ser preciso "acompanhar sempre o número de casos".

"Não tenho tido muitas queixas dos empresários" relacionadas com as medidas em vigor na Madeira, adiantando muitos empresários da área da restauração "são a favoráveis à contenção existente e limitação dos horários".

O líder madeirense argumentou que "a partir de uma determinada hora toda a gente sabe que se mantiver os estabelecimentos abertos não compensa, nem empresários, nem os próprios utentes, e o que tem é bebedeiras e barulho".

13h48 - Os Açores registam hoje 10 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, e 13 recuperações, mantendo todos as ilhas no nível de muito baixo risco de transmissão, revelou a Autoridade de Saúde Regional.

13h46 - Protestos na Grécia e Eslovénia contra medidas sanitárias

Foi lançada hoje a nova Autoridade de Preparação e Resposta a Emergências de Saúde. A agência deverá estar a funcionar em pleno no início do próximo ano e quer uma resposta coordenada e eficaz às futuras crises sanitárias. Isto numa altura em que, na Europa, há movimentos sociais de protesto contra as medidas tomadas por alguns países.

13h43 - Espanha vai avançar para terceira dose

O ministro espanhol da Saúde anunciou a decisão de dar uma terceira dose de vacina covid a utentes de lares e a transplantados.

13h39 - Conselho da Europa vai debater na Madeira impacto da pandemia na saúde mental nas prisões

A conferência anual de Diretores de Reinserção e Serviços Prisionais do Conselho da Europa vai debater no Funchal o impacto da covid-19 na saúde mental dos presos e funcionários das prisões e o uso reforçado das novas tecnologias.

Agendada para 20 e 21 de setembro e coorganizada pela Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, a conferência, intitulada 'Ganhar Vantagem sobre a Pandemia', vai contar com a presença da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, e pretende analisar os efeitos da covid-19 na saúde mental da população prisional e os ensinamentos que a resposta à pandemia neste setor trouxeram para o futuro.

Na agenda da conferência está também uma reflexão sobre os dados estatísticos relativos à covid-19 que foram recolhidos durante os últimos meses nas prisões, além de questões éticas e organizacionais associadas ao aumento do uso de novas tecnologias na esfera prisional e de reinserção, onde, segundo a organização, se inclui a inteligência artificial.

Os participantes irão ainda considerar a forma de gerir pessoas acusadas ou condenadas por delito sexual, sendo que o Comité de Ministros do Conselho da Europa - o órgão de decisão da instituição, sendo composto pelos ministros dos Negócios Estrangeiros (ou representantes diplomáticos permanentes) de cada Estado-membro - está neste momento a preparar um conjunto de recomendações para orientação legislativa e prática das autoridades nacionais.

13h37 - União Europeia põe 30 mil milhões de euros no combate a futuras emergências sanitárias

A Comissão Europeia anunciou hoje um orçamento de seis mil milhões de euros para nova Autoridade Europeia de Preparação e Resposta a Emergências Sanitárias (HERA), estimando investir 30 mil milhões até 2027 para combater crises como da covid-19.

"Investir na saúde é um investimento no nosso futuro e, para isso, asseguraremos que a HERA tenha o poder financeiro necessário, de seis mil milhões de euros nos próximos seis anos no âmbito do Quadro Financeiro Plurianual", anunciou hoje a comissária europeia da tutela, Stella Kyriakides.

Falando em conferência de imprensa na sede do executivo comunitário, em Bruxelas, a responsável frisou que "isto aumenta para quase 30 mil milhões de euros o investimento em segurança sanitária, preparação e resposta através de outros programas da UE".

Na apresentação desta nova autoridade europeia, destinada a prevenir, detetar e responder rapidamente a emergências sanitárias após a crise gerada pela pandemia de covid-19, Stella Kyriakides vincou que "a HERA será uma peça central crucial para uma forte União Europeia da Saúde e para traçar um novo rumo para a política de saúde da UE".

"E não há tempo a perder. A dimensão das potenciais ameaças que enfrentamos é imensa e, por isso, a nossa resposta tem de ser ambiciosa", insistiu a comissária europeia.

Notando que esta autoridade europeia "já era necessária ontem", Stella Kyriakides concluiu que a HERA "começará o seu trabalho a partir de hoje".

As atividades da HERA serão financiadas em seis mil milhões de euros pelo atual Quadro Financeiro Plurianual para o período de 2022-2027, dos quais uma parte provirá do complemento NextGenerationEU, o fundo de recuperação pós-crise da covid-19.

13h34 - Mais um início de ano letivo com restrições

Por todo o país esta é a semana do regresso à escola. Pais, professores e alunos esperam que as restrições impostas pela pandemia possam ser aliviadas durante este ano letivo.

13h17 - Portugal prepara-se para avançar no desconfinamento

A recomendação vai ser dada hoje por especialistas, na reunião do Infarmed, que começa às 15h00. Isto numa altura em que Portugal está prestes a atingir a meta de 85% de população totalmente vacinada.

13h16 - Estudo revela baixa "abrupta" de anticorpos em vacinados com mais de 70 anos

Um estudo do Algarve Biomedical Center e da Fundação Champalimaud realizado em mais de cinco mil pessoas vacinadas e apresentado hoje concluiu que, passados quatro meses após duas doses de vacina contra a covid-19, há uma "diminuição abrupta" dos anticorpos.

"Há uma diminuição abrupta dos anticorpos em pessoas com mais de 70 anos que tenham tido duas doses de vacina e quatro meses após a vacinação completa. Contrariamente, as pessoas que tiveram covid-19 e que receberam uma dose de vacina mantêm níveis altos de anticorpos ao longo de todo o tempo", anunciou o responsável do estudo do Algarve Biomedical Center, que foi apresentado em Viseu.

Nuno Marques concluiu assim a apresentação do estudo denominado "Protetor covid-19", realizado, em parceria com a fundação Champalimaud, com o apoio do Ministério do Trabalho, Solidariedade e da Segurança Social, durante 15 dias do mês de agosto nas regiões do Alentejo e Algarve, em 5.174 residentes e trabalhadores em lares de idosos.

Do total de pessoas analisadas, 2.303 foram funcionários de lares e 2.871 foram utentes residentes. A população do estudo foi maioritariamente feminina, e entre os funcionários a idade média foi de 47 anos enquanto nos utentes foi de 85 anos. Destes, 2.277 têm mais de 80 anos e mais de 1.000, têm mais de 90 anos.

Nuno Marques explicou que os objetivos do estudo, "o maior do género", era perceber qual a percentagem de utentes e funcionários de lares que possuem anticorpos para a covid-19, durante quanto tempo utentes e funcionários mantêm anticorpos após a vacinação, se a presença de anticorpos varia com a idade e se haveria diferenças na presença de anticorpos entre as pessoas vacinadas com duas doses e as que tiveram covid-19 e receberam uma dose de vacina.

"O estudo mostrou que nos funcionários temos anticorpos presentes em 79% deles e nos utentes em 46% deles. É uma diferença estatisticamente significativa e altamente considerável entre os dois, mas este dado precisava de ser trabalhado de outra forma para se compreender melhor", avisou.

13h09 - Rio espera alívio substancial de medidas sem "libertação completa"

O presidente do PSD disse hoje esperar da reunião do Infarmed uma decisão de "aliviar substancialmente as medidas" restritivas impostas devido à pandemia de covid-19, mas não "uma libertação completa".

No final de uma ação de campanha em Portalegre, Rui Rio foi questionado pelos jornalistas sobre o que espera da reunião sobre a evolução da situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, juntando políticos e especialistas, que acontecerá hoje a partir das 15:00 em Lisboa.

"Para ser sincero, não conto com nenhuma novidade, acho que temos todos a noção que atingimos um patamar na pandemia em que podemos fazer, não a libertação completa, mas aliviar substancialmente as medidas", afirmou o líder social-democrata.

Rio disse que ficaria "muito admirado" se não fosse essa a decisão e atribuiu os bons resultados de Portugal "em primeiro lugar" ao coordenador da 'task-force' da vacinação, vice-almirante Gouveia e Melo, e a toda a equipa que geriu.

"Eu fui o primeiro a dizer que devíamos escolher um militar para liderar algo que tinha muito pouco a ver com política de saúde, mas acima de tudo com logística", afirmou, considerando que, numa primeira fase, "quando o PS meteu um dos seus a coordenar estava a ser um falhanço completo".

"Espero da reunião de hoje a consequência lógica do bom trabalho do almirante e de todos os profissionais de saúde que sob o comando dele fizeram este trabalho positivo", acrescentou.

A reunião de quinta-feira, prevista para as 15h00, decorrerá em formato "semipresencial", esperando-se que, tal como aconteceu em 09 de julho, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa, estejam na sede do Infarmed.

13h05 - Comissão Europeia vai criar autoridade para situações de emergência sanitária

A Autoridade Europeia de Preparação e Resposta a Emergências de Saúde irá actuar antes de uma crise sanitária com programas de vigilância e análise de riscos.

Depois de ser declarada a emergência médica, esta nova autoridade europeia vai garantir o desenvolvimento, produção e distribuição de medicamentos, vacinas e outros equipamentos médicos de protecção.

12h58 - A pandemia de covid-19 matou, até hoje, pelo menos 4.656.833 pessoas no mundo desde o final de dezembro de 2019, segundo um levantamento realizado pela agência de notícias francesa AFP com base em fontes oficiais.

Mais de 226.310.920 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia.

Os números são baseados em relatórios diários das autoridades de saúde de cada país até às 11h00 em Lisboa, e excluem revisões posteriores de agências estatísticas, como ocorre na Rússia, Espanha e Reino Unido.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou que, levando em consideração o excesso de mortalidade direta e indiretamente vinculado à covid-19, os resultados da pandemia podem ser duas a três vezes superiores aos registados oficialmente.

Na quarta-feira, 10.274 mortes e 564.728 novos casos foram registados em todo o mundo.

Os países que registaram o maior número de mortes nos seus levantamentos mais recentes são os Estados Unidos com 2.641 novas mortes, México (897) e Brasil (800).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 666.618 mortes para 41.536.687 casos, de acordo com o levantamento realizado pela Universidade Johns Hopkins.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 588.597 mortes e 21.034.610 casos, a Índia com 443.928 mortes (33.347.325 casos), o México com 269.913 mortes (3.542.189 casos) e o Peru com 198.860 mortos (2.163.312 casos).

Entre os países mais atingidos, o Peru é o que possui o maior número de mortes em relação à sua população, com 603 mortes por 100.000 habitantes, seguido pela Hungria (312), Bósnia-Herzegovina (309), Macedónia do Norte (304), Montenegro (289) e Bulgária (284).

A América Latina e as Caraíbas totalizaram hoje 1.467.379 mortes em 44.101.105 casos, a Europa 1.280.770 mortes (65.513.286 casos), a Ásia 816.508 mortes (52.402.024 casos), os Estados Unidos e Canadá 693.890 mortes (43.093.308 casos), a África 204.429 mortes (8.105.043 casos), o Médio Oriente 191.970 mortes (12.946.002 casos) e a Oceania 1.887 mortes (150.155 casos).

12h38 - Mais dois mortos associados à covid-19 e 70 novas infeções foram registados em Timor-Leste nas últimas 24 horas, segundo os dados divulgados hoje pelo Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC).

12h19 - Guiné Equatorial entra na terceira vaga

A Guiné Equatorial está a enfrentar a terceira vaga da covid-19, devido ao aumento de casos na última semana, adiantou hoje o diretor do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (África CDC).

"Não estamos livre de perigo, estamos na terceira vaga, com 43 países a representarem 73% de todos os membros a enfrentarem a terceira vaga, e um novo país foi adicionado desde a semana passada, que é a Guiné Equatorial, disse John Nkengasong, durante a conferência de imprensa semanal do África CDC, agência de saúde pública da União Africana.

Em resposta a questões da Lusa sobre o número baixo de casos reportado pelo país, o responsável vincou que o África CDC trabalha com os números que são enviados por cada país e não recolhe os dados no terreno.

"Trabalhamos com os números reportados pelos países, portanto isto é uma comparação com os sete dias anteriores, não é uma avaliação do número total", disse John Nkengasong, assinalando que "mesmo que haja números baixos, o que conta é a comparação com a semana anterior".

"Nós não vamos aos países recolher os números, trabalhamos com os dados que os países nos enviam, e isso é o que todas as instituições internacionais de saúde fazem", salientou o responsável, quando questionado sobre a fiabilidade dos dados enviados por Malabo, que é questionada por várias organizações não-governamentais.

De acordo com os últimos dados apresentados pelo África CDC, a Guiné Equatorial conta com 131 óbitos e 10.498 casos de infeção desde o início da pandemia.

Na conferência de imprensa, John Nkengasong deu conta de uma taxa de fatalidade em África na ordem dos 4,4% do total mundial e elencou que cinco países representam mais de 60% do total de casos de infeção no continente: África do Sul, Marrocos, Tunísia, Líbia e Etiópia.

12h10 - Macau dá Portugal como exemplo e apela à vacinação para aliviar restrições

Macau deu hoje Portugal como exemplo no esforço de vacinação contra a covid-19 e avisou que só se vai avançar para o alívio das restrições se a taxa de vacinação aumentar significativamente.

Na conferência de imprensa bissemanal sobre a pandemia, a coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença lembrou que Portugal está prestes "a voltar à normalidade", algo que em Macau só pode acontecer se uma significativa percentagem da população for inoculada, de forma a garantir imunidade de grupo.

Leong Iek Hou salientou que em Portugal a taxa de vacinação de idosos ronda os 90%. No final de agosto, em Macau, mais de 90% dos idosos a partir dos 80 anos não tinham sido vacinados.

Portugal está próximo de atingir a meta de 85% da população vacinada contra a covid-19. Em Macau, pouco mais de 330 mil pessoas foram vacinadas com as duas doses, num território que tem mais de 680 mil habitantes, isto apesar de a vacina ter sido disponibilizada à população em geral há mais de meio ano, gratuitamente.

A resistência à vacina em Macau tem levado as autoridades sanitárias a promover campanhas de sensibilização, com apelos sistemáticos à vacinação.

Na segunda-feira, anunciaram mesmo que os trabalhadores de Macau, nos setores público ou privado, ficam obrigados a fazer um teste à covid-19 a cada sete dias, caso não estejam vacinados.

Desde o início da pandemia da covid-19, Macau registou 63 casos da doença, dos quais 58 em pessoas oriundas do exterior e cinco relacionados com estes casos "importados".

12h07 - ModaLisboa volta a ter público nos desfiles

A semana da moda de Lisboa - ModaLisboa - cumpre a próxima edição em outubro, na Estufa Fria e no Teatro Capitólio e voltará a ter público, depois de ter ocorrido num formato digital, por causa da pandemia.

A organização anunciou hoje que a 57ª edição da ModaLisboa decorrerá de 7 a 10 de outubro naqueles dois espaços da capital, com os designers de moda a não terem imposição de estação, embora o programa tenha uma interrogação sujacente: "E agora?".

11h58 - Pandemia não retardou ritmo das alterações climáticas


11h48 - Desconfinamento com "equilíbrio e bom senso"

As medidas de contenção da pandemia podem ser aliviadas desde que com responsabilidade, defendem especialistas ouvidos pela Antena1.

11h41 - Cabo Verde entre os cinco países africanos com mais casos por milhão de habitantes

Cabo Verde está entre os cinco países com mais casos de infeção por covid-19 em África por milhão de habitantes, disse hoje o diretor do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças, John Nkengasong.

"Desde a última semana, nos 55 países africanos, registámos uma descida de 20% no número de casos, e na contabilização dos cinco países com mais incidências diários por milhão de habitantes estão as Seicheles, Tunísia, Botsuana, Líbia e Cabo Verde", apontou o responsável, durante a conferência de imprensa semanal do África CDC, organismo da União Africana.
Cabo Verde registou na quarta-feira mais uma morte provocada pela covid-19, em Ribeira Brava de São Nicolau, elevando para 324 óbitos associados à doença no país, que nas últimas 24 horas diagnosticou 122 novos casos positivos.

Mais 88 pessoas tiveram alta desde terça-feira, aumentando para 35.507 os casos considerados recuperados desde o início da pandemia.

Cabo Verde chegou a um total de 36.816 casos positivos acumulados desde o início da pandemia, dos quais há ainda a contabilizar 961 casos ativos, 15 óbitos por outras causas e nove transferidos.

O continente africano registou nas últimas 24 horas mais 161 mortes associadas à covid-19 e 14.519 novos casos de infeção pela doença, segundo dados do África CDC.

O total de casos em África subiu assim para 8.096.504, enquanto o de vítimas mortais ascende agora a 204.821 e o de recuperados da doença passa para 7.409.626, mais 23.741 que no dia anterior.

Em relação aos países de língua oficial portuguesa, Moçambique contabiliza 1.898 mortes associadas à doença e 149.671 casos acumulados desde o início da pandemia, seguindo-se Angola (1.360 óbitos e 51.407 casos), Cabo Verde (324 mortes e 36.816 infeções), Guiné Equatorial (131 óbitos e 10.498 casos), Guiné-Bissau (130 mortos e 6.042 infetados) e São Tomé e Príncipe (42 óbitos e 2.893 infeções).

11h38 - Escolas estão preparadas para receber alunos

Os Agrupamentos de Escolas Públicas garantem que os estabelecimentos de ensino estão mais do que preparados para o regresso dos alunos. Termina amanhã o prazo para o arranque do ano letivo. Mais de um milhão de estudantes regressam à escola.

11h08 - Pequim diz ter já vacinado mais de um bilião de pessoas com vacinação completa

A China anunciou que o país já vacinou mais de mil milhões de pessoas contra a covid-19, o que representa mais de 70% da população do país, que tem 1,4 mil milhões de habitantes.

Pequim terá disponibilizado até agora 2,16 mil milhões de vacinas, de acordo com o Ministério da Saúde.

10h38 - Alunos do secundário tiveram 92 dias de aulas online

Os alunos do ensino secundário em Portugal tiveram mais aulas à distância devido à pandemia de covid-19 do que a média dos estudantes da OCDE, com as escolas encerradas 92 dias.

Excluindo feriados e fins de semana, as escolas secundárias em Portugal estiveram durante 92 dias de portas fechadas desde o início do ano passado, revela o relatório "Education at a Glance 2021", da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que na edição deste ano analisa o impacto da covid-19 na educação dos 37 países da OCDE.

Em Portugal, o encerramento das escolas começou em meados de março de 2020, poucos dias depois de ter sido conhecido o primeiro caso positivo de infeção no norte do país.

Ainda no final desse mesmo ano letivo, os estudantes do 11.º e 12.º anos foram os únicos a regressar às salas de aula para se poderem preparar para os exames nacionais.

Feitas as contas, os alunos portugueses tiveram as escolas encerradas menos nove dias do que a média da OCDE.

10h34 - O continente africano registou nas últimas 24 horas mais 161 mortes associadas à covid-19 e 14.519 novos casos de infeção pela doença, segundo dados do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).

10h28 - Participantes na AG da ONU terão de apresentar certificado de vacinação

Os diplomatas que participarem na Assembleia Geral das Nações Unidas na próxima semana, em Nova Iorque, vão ter de apresentar certificado de vacinação, segundo as regras daquela cidade norte-americana, situação que já causou mal-estar em Moscovo.

O comissário de saúde da cidade nova-iorquina, Dave Chokshi, explicou que o complexo da ONU é um “centro de convenções” sujeito às mesmas regras da maioria dos espaços fechados para atividades.

A carta lembrou ainda que a máscara é obrigatória nos transportes públicos de Nova Iorque e que cidade incentiva “fortemente” a sua utilização em todos os espaços fechados.

10h09 - França suspende profissionais de saúde não vacinados

Milhares de funcionários da área da saúde em França que não foram vacinados contra a Covid-19, no prazo estipulado pelo Governo de Macron, foram suspensos sem remuneração.

“Cerca de três mil notificações foram enviadas aos funcionários dos centros de saúde e clínicas que ainda não foram vacinados”, afirmou Oliver Veran, à rádio TTL.

Segundo o ministro da Saúde, “várias dezenas de profissionais de saúde entregaram a demissão, em vez de serem vacinados”.

Em julho, o Presidente francês, Emmanuel Macron, tinha dado a funcionários de hospitais, trabalhadores de lares de idosos e bombeiros um ultimato para que recebessem, pelo menos, uma dose da vacina até 15 de setembro, sob pena de suspensão não renumerada.

A agência nacional de saúde pública de França estimou na passada semana que cerca de 12 por cento dos funcionários hospitalares públicos e seis por cento dos médicos em consultórios privados ainda não tinham sido vacinados.

9h44 - FMI aprova financiamento de emergência de 67 milhões à Guiné Equatorial

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou hoje um apoio de emergência de 67,38 milhões de dólares para apoiar a Guiné Equatorial a recuperar das explosões em Bata e para robustecer o combate à pandemia.

"A pandemia e as explosões em Bata infligiram graves danos à economia da Guiné Equatorial, enfraquecendo substancialmente a perspetiva de evolução económica, aumentaram as dificuldades económicas e financeiras, e afetaram severamente o rendimento de uma grande parte da população", lê-se na nota enviada esta manhã à Lusa.

No texto, o FMI diz que "as autoridades estão empenhadas em tomar mais medidas, no âmbito do esforço em curso para lidar com os desafios referentes à governação e à corrupção que a Guiné Equatorial enfrenta".

O desembolso, equivalente a cerca de 57 milhões de euros, vai ajudar o país a "as urgentes necessidades orçamentais e da balança de pagamentos que resultam da pandemia de covid-19 e das explosões em Bata, em março, e catalisar recursos externos adicionais, bem como aumentar as reservas junto da Comunidade Económica e Monetária da África Central", diz a instituição financeira multilateral.

9h21 - Companhia aérea Virgin Australia exige que todos os trabalhadores sejam vacinados

A companhia aérea australiana quer que pilotos, tripulantes de cabine e pessoal de terra sejam vacinados até 15 de novembro e os restantes funcionários até 31 de março de 2022.

8h49 - "Dezenas de pessoas" da comitiva de Putin estão infetadas

O Presidente russo Vladimir Putin disse hoje, durante um encontro por videoconferência, que dezenas de pessoas da sua comitiva estão infetadas pela covid-19, uma situação que o levou a decidir-se pelo isolamento.

"Na minha comitiva (...) não é uma, nem duas, mas várias dezenas de pessoas que adoeceram com o coronavírus", afirmou, durante um encontro por videoconferência na Organização do Tratado de Segurança Coletiva, que realiza uma cimeira em Dushanbe, Tajiquistão.

Putin acrescentou que terá de permanecer em isolamento "por vários dias".

Vladimir Putin revelou na terça-feira que teve de se isolar e cancelar a sua participação em várias cimeiras depois de estar em contacto com um colaborador infetado com covid-19.

Na terça-feira, Dmitri Peskov, porta-voz da presidência russa, disse que Vladimir Putin, que recebeu a segunda dose da vacina russa Sputnik V em abril, foi testado e o resultado foi negativo.

8h40 - União Europeia reconhece equivalência a certificados digitais de Andorra, Marrocos e Israel

8h20 - China deteta 49 novos casos locais, quase todos na província de Fujian

A China anunciou hoje ter identificado 80 novos casos de covid-19, dos quais 49 por contágio local, quase todos diagnosticados na província de Fujian, no sudeste do país.

Entre os casos locais, apenas um foi contabilizado fora de Fujian, na província de Yunnan, no sudoeste da China.

O atual surto em Fujian foi identificado este fim de semana e afeta sobretudo as cidades de Putian e Xiamen.

Os restantes 31 casos positivos foram diagnosticados em viajantes oriundos do exterior no município de Xangai (leste) e nas províncias de Yunnan (sul), Guangdong (sudeste), Sichuan (centro), Zhejiang (leste) e Shandong (leste).

7h56 - Taxa de incidência do vírus em França baixa para mínimos de julho

A taxa de incidência em França é a mais baixa desde julho, com a média no país a ser agora de menos de 100 casos por 100 mil habitantes, com um reflexo direto na diminuição de pessoas nos hospitais devido à covid-19.

A 99,2 como taxa de incidência média, este é o número mais baixo em França 17 de julho, altura em que a quarta vaga da covid-19 no país começa a expandir-se no território gaulês. Embora ainda haja departamentos com uma taxa muito superior, outros apresentam já taxas inferiores a 30 casos por 100 mil habitantes.

Esta diminuição da disseminação do vírus tem um impacto direto no número de pacientes nos hospitais que está agora em baixa, havendo hoje 9.555 pacientes internados, um número que tem vindo a diminuir desde agosto, havendo agora menos de 2.000 pessoas em estado grave devido ao vírus.

7h30 - Juristas defendem que Bolsonaro seja indiciado por crimes na pandemia

Um grupo de juristas brasileiros defendeu o indiciamento do Presidente do país, Jair Bolsonaro, pela prática de crime de responsabilidade durante a pandemia de covid-19, o que poderia levar à destituição do chefe de Estado.

Perante a comissão parlamentar de inquérito (CPI) que decorre no Senado brasileiro e que investiga falhas do Governo na pandemia, os juristas indicaram que Bolsonaro cometeu crimes contra a humanidade, saúde, administração e paz pública

Ainda de acordo com o documento entregue à CPI, o mandatário infringiu medidas sanitárias preventivas e praticou charlatanismo, incitação ao crime e prevaricação durante a pandemia do novo coronavírus.

Desde o início da pandemia, Jair Bolsonaro mostrou-se sempre bastante cético em relação à gravidade da doença e opôs-se ao isolamento social, tendo chegado a declarar que o Brasil está entre os países que menos sofreram com a covid-19.
Especialistas e políticos analisam pandemia com desconfinamento na mira
Em análise vai estar a evolução da pandemia, numa altura em que Portugal está próximo de atingir a meta de 85% da população vacinada contra a covid-19.

Na reunião, que mantém o formato semi-presencial, e participam o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa.

A ministra da Saúde, Marta Temido, e grande parte dos especialistas estarão presentes e, desta vez, os diferentes partidos com assento parlamentar poderão enviar um elemento à reunião. Os restantes acompanharão os trabalhos por videoconferência.

No encontro será debatida a nova etapa do processo de desconfinamento, num momento em que o país está próximo de concluir o plano de vacinação que arrancou no final de 2020 e a alcançar os 85% da população vacinada.

A ministra da Presidência advertiu que, apesar de um eventual alívio de restrições, a partir de outubro o país vai ter de continuar a conviver com algumas "medidas obrigatórias" e com recomendações da Direção Geral da Saúde.

Neste encontro, será analisada a situação epidemiológica no país, a efetividade das vacinas, os cenários para o outono e inverno, entre outras questões relacionadas com a pandemia.
PR feliz
Na quarta-feira, em Roma, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou-se "feliz" por participar na reunião de hoje com "a melhor situação" relativa à pandemia "em ano e meio".


A taxa de incidência nacional de infeções com SARS-CoV-2 nos últimos 14 dias voltou a baixar na quarta-feira, de 208,3 para 191,1 casos por 100 mil habitantes, e o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 desceu para 0,84.

Desde março de 2020, morreram no país 17.882 pessoas e foram contabilizados 1.058.347 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.