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O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, um dos líderes mundiais mais céticos em relação à pandemia, afirmou esta quarta-feira que a "melhor vacina" contra a covid-19 é o próprio vírus, que já matou quase 190 mil pessoas no país.
"Eu tive a melhor vacina: foi o vírus. E sem efeito colateral", disse Bolsonaro - que contraiu o novo coronavírus e já se recuperou da doença -,a um grupo de apoiantes, a grande maioria sem máscara, durante a sua visita à cidade de São Francisco do Sul, no estado de Santa Catarina, na fronteira com a Argentina.
Tal como já fez nos últimos dias, Bolsonaro voltou a reunir-se com apoiantes sem recorrer ao uso de equipamentos de proteção contra a covid-19 e chegou a declarar a um dos seus seguidores que "não usa" esse tipo de material.
O chefe de Estado costuma reunir-se com os seus ministros, participar em eventos públicos e receber apoiantes fora do Palácio da Alvorada, a sua residência oficial em Brasília, sem usar máscara ou sem manter o distanciamento social.
Desde o início da pandemia no Brasil, registada oficialmente no país em fevereiro, Bolsonaro minimizou em várias ocasiões a gravidade do novo coronavírus, que chegou a classificar de "gripezinha", embora tenha reconhecido na semana passada que se houve "extrapolações ou exageros" foi no intuito de encontrar uma solução para a pandemia.
O líder de extrema-direita também defendeu o uso de tratamentos sem comprovação científica para combater a doença, como a hidroxicloroquina, e, mais recentemente, opôs-se à obrigatoriedade da vacina, que acabou por ser determinada pelo Supremo Tribunal Federal do país.
Um milhão de norte-americanos já recebeu a primeira dose da vacina contra a covid-19, dez dias após o início da campanha de vacinação, anunciou hoje o diretor da principal agência federal de saúde pública dos EUA.
"Os Estados Unidos alcançaram uma marca preliminar mas crucial hoje. As autoridades locais já relataram que mais de um milhão de pessoas receberam a sua primeira dose da vacina contra a covid-19", destacou Robert Redfield, após terem sido entregues três milhões de doses na semana passada.
No entanto, segundo o conselheiro do programa de imunização do Governo, Moncef Slaoui, a meta de vacinar 20 milhões de pessoas até ao final do ano "não será provavelmente alcançada", realçou hoje em declarações à imprensa.
Os Estados Unidos têm como meta imunizar 100 milhões de pessoas até o final do primeiro trimestre de 2021, e outros 100 milhões antes do final do segundo trimestre, acrescentou Slaoui.
Em relação aos casos de infeção, o país sul-americano totaliza 7.365.517 pessoas diagnosticadas, sendo que 46.696 desse total foram contabilizadas entre terça-feira e hoje.
No momento, a taxa de letalidade da covid-19 no Brasil está em 2,6 por cento e a taxa de incidência em 90 mortes e 3.504,9 casos por cada 100 mil habitantes.
A Madeira registou hoje 54 casos de covid-19 e mais uma morte, elevando o número de óbitos associados à doença para 11, indicou a Direção Regional de Saúde, referindo também dez recuperações e 208 situações suspeitas em estudo.
"Hoje há 54 novos casos positivos a reportar, pelo que a região autónoma passa a contabilizar 1.343 casos confirmados de covid-19", refere em comunicado, sublinhando que se trata de quatro casos importados - dois provenientes do Reino Unido, um da Suíça e um da região Norte de Portugal - e 50 de transmissão local.
Com os novos casos, o arquipélago totaliza agora 391 casos ativos, dos quais 110 são importados e 281 de transmissão local.
As autoridades do estado brasileiro de São Paulo informaram hoje que a CoronaVac, potencial vacina chinesa contra a covid-19, é eficaz, mas adiaram novamente a divulgação dos dados que comprovam a alegada eficácia do imunizante.
Segundo o Instituto Butantan, centro de investigação científica de São Paulo que coordena a testagem da Coronavac no Brasil, foi o próprio Sinovac Biotech, laboratório chinês que criou a vacina, que impediu a divulgação dos dados, devido a uma cláusula no contrato.
"Temos um contrato com a Sinovac que especifica que o anúncio deste número precisa de ser feito em conjunto, no mesmo momento. Então, ontem [terça-feira] apresentámos esses números à nossa parceria que, no entanto, solicitou que não houvesse a divulgação do número pelo motivo que eles necessitam analisar cada um dos casos para poder aplicá-los à agência NMPA [Associação Nacional de Produtos Médicos], que é a agência reguladora da China", disse o diretor do Butantan, Dimas Covas.
Segundo as autoridades de São Paulo, o estado brasileiro mais afetado pela pandemia de covid-19, o laboratório chinês quer unificar e equalizar os dados com os ensaios feitos em outros países, como Turquia e Indonésia, para evitar que índices diferentes sejam divulgados.
Em conferência de imprensa, Dimas Covas afirmou que, além de comprovar que a vacina é segura, o estudo da fase três mostrou que o imunizante tem uma eficácia superior a 50%, recusando-se, porém, a revelar esse índice.
"Recebemos também os dados de eficácia. Nós atingimos o limiar da eficácia que permite o processo de solicitação de uso de emergência da vacina, seja aqui no Brasil, seja na China", declarou Covas.
Já o secretário de Saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, informou que a eficácia da Coronavac calculada pelo estudo do Butantan foi diferente da eficácia verificada em outros países em que a vacina foi aplicada, podendo ter sido essa discrepância nos dados que motivou o atraso na divulgação final, segundo a imprensa local.
"Eles [Sinovac] entenderam o facto de nós termos eficácia superior a isso [50 por cento], porém, diferente de outros países em que essa vacina está em uso, merecendo uma reavaliação", explicou Gorinchteyn.
"Não pode haver uma eficácia aqui, uma lá e outra acolá. É isso que a própria empresa entendeu. Ela quer isonomia. Ela quer que todos os resultados sejam iguais, sem nenhuma disparidade", completou.
A portaria que cria o Plano Nacional de Vacinação (PNV) contra a covid-19 foi hoje publicada e entra em vigor na quinta-feira.
Segundo o diploma, publicado em Diário da República, compete à Direção-Geral da Saúde executar o PNV covid-19 através da emissão de uma norma.
Em Portugal, onde a campanha de vacinação contra a covid-19 arranca no domingo, à semelhança de outros países da União Europeia, a vacina é facultativa, gratuita e universal, sendo assegurada pelo Serviço Nacional de Saúde.
A Madeira estima vacinar 50 mil pessoas contra a covid-19 na primeira fase do processo, indicou hoje o Governo Regional, esclarecendo que prevê receber 9.750 doses em janeiro de 2021, para iniciar o programa de vacinação.
"As vacinas chegarão à Madeira na primeira semana de janeiro", disse o secretário regional da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, em conferência de imprensa, no Funchal. "Aquilo que posso dizer, para tranquilizar a população, é que a Madeira está em condições de iniciar o seu plano de vacinação. Só estamos à espera das vacinas", acrescentou.
O governante esclareceu, por outro lado, que as 9.750 doses que chegam em janeiro vão permitir vacinar 4.785 pessoas, num universo de 200 mil elegíveis na Região Autónoma da Madeira.
O Plano Regional de Vacinação Covid-19 estabelece três fases, a começar pela população mais idosa e pelos profissionais do sistema de saúde, público e privado, ao que se seguem as pessoas com comorbilidades e, por fim, o resto da população.
"A estimativa para a primeira fase são 50 mil pessoas. Na segunda fase, 50 mil pessoas. E, no fim, 100 mil pessoas", explicou o diretor regional da Saúde, Herberto Jesus, na mesma conferência de imprensa, vincando que não é possível precisar o ‘timing' de cada uma, pois depende da capacidade de fornecimento do produtor - a BioNTech/Pfizer - e da distribuição ao nível europeu.
"O número de pessoas a vacinar [em cada fase] depende da adesão", disse Herberto Jesus, esclarecendo que, além de gratuita e acessível, a vacina contra a covid-19 é também facultativa e só será administrada mediante consentimento do utente.
O responsável indicou que, em princípio, a Pfizer "vai trazer as vacinas à Madeira", sublinhando que a farmacêutica vai dar também formação aos profissionais do sistema regional de saúde no dia 28 de dezembro.
A França registou 14.929 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, um aumento em relação a terça-feira, enquanto 278 pessoas morreram, uma descida relativamente ao dia anterior.
Desde o início da pandemia, o país registou 61.978 mortes e mais de 2,5 milhões de infeções.
Cabo Verde registou mais 33 novos casos positivos de infeção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, elevando o total acumulado para 11.669 infeções desde 19 de março, informou hoje o Ministério da Saúde.
Angola registou hoje 129 casos de infeção pelo novo coronavírus, uma morte e 78 pessoas recuperadas, totalizando 16.931 casos, 394 óbitos e 9.807 doentes recuperados, informou a ministra da Saúde angolana.
A Câmara da Maia disponibilizou um hotel, em Pedras Rubras, para o isolamento de idosos residentes em lares que não tenham sido infetados nos últimos 90 dias e que passem o Natal em família, foi hoje anunciado.
A medida, sustenta a autarquia em comunicado, visa permitir aos idosos, num máximo de 45, "fazer os 14 dias de isolamento" após estarem com as respetivas famílias até regressarem aos lares.
A variante do novo coronavírus detetada na África do Sul estará a espalhar-se mais rapidamente do que as estirpes mais antigas, o que explicará a brusquidão da segunda vaga no país, segundo os investigadores que a identificaram.
"Acreditamos, e todas as provas apontam nessa direcção, que esta variante é mais transmissível", disse hoje Túlio de Oliveira, diretor do instituto de investigação KRISP, com sede na Universidade de Kwazulu-Natal, à agência France-Presse (AFP).
A sua equipa já sequenciou centenas de amostras de todo o país desde fevereiro. Os investigadores observaram que uma "variante específica domina os resultados dos últimos dois meses", indicou o Governo na segunda-feira, anunciando a identificação desta nova variante, semelhante a outra variante britânica. Basicamente, "80 a 90 por cento das amostras colhidas na segunda quinzena de novembro" mostraram esta variante, disse Túlio de Oliveira.
"Nunca vimos uma única linhagem dominar assim" ou "espalhar-se tão rapidamente", observa ele. Até então, "normalmente", circulavam entre 20 e 30 variantes ao mesmo tempo, em várias sequências.
"O que sabemos sobre esta nova variante chamada 501.V2 é que provavelmente surgiu na área da Baía de Nelson Mandela", em torno de Port Elizabeth (sul-sudeste).
Depois, "espalhou-se para a Cidade do Cabo, a região mais turística do país", para o oeste, mas também para o norte, para Durban, explicou Túlio de Oliveira.
Londres anunciou hoje que identificou dois casos desta variante "altamente preocupante", por ser "mais contagiosa" no Reino Unido, anunciando a implementação "imediata" de restrições de viagem.
Foi detetada no Reino Unido uma outra estirpe do novo coronavirus, esta com origem na África do Sul. A nova estirpe é ainda mais transmissível e pode ter sofrido mais mutações que a nova variante que está a circular em Inglaterra e a deixar o país isolado.
O governo britânico passou a exigir quarentena obrigatória para todos os viajantes que vieram da África do Sul nas últimas duas semanas e suspendeu os voos daquele país.
A covid-19 deixa por vezes marcas mesmo nas pessoas que nunca precisaram de internamento. É o caso de Pepa, o treinador do Paços Ferreira, que ainda hoje não se sente o mesmo.
A Assembleia Municipal de Mafra aprovou recomendar à câmara o uso de máscaras transparentes por vários profissionais e nos balcões de atendimento ao público para facilitar a comunicação com os surdos, segundo a proposta hoje divulgada.
A recomendação, apresentada pelo PAN, foi aprovada na Assembleia Municipal na quinta-feira à noite, recomendando ao município que distribua máscaras transparentes aos cidadãos do concelho com limitação auditiva, funcionários municipais dos balcões de atendimento ao público e profissionais das escolas e jardins-de-infância.
O documento sublinha que "a máscara tapa uma boa parte do rosto e torna difícil avaliar a comunicação não verbal das pessoas". Além disso, "para a comunidade surda e pessoas com muita limitação auditiva esses constrangimentos são acrescidos, na medida em que usam a leitura labial para auxiliarem a compreensão de si e dos outros e, neste sentido, a máscara torna-se numa barreira.
A recomendação sustenta que "seria importante ter em conta esta minoria e ajudar a mitigar estes constrangimentos comunicacionais", através do uso de máscaras transparentes pelos funcionários nos balcões de atendimento ao público municipais.
As praias da Baixada Santista, região metropolitana no litoral sul de São Paulo, vão estar encerradas na passagem de ano, para evitar aglomerações de turistas face à covid-19, anunciaram hoje os autarcas locais.
A decisão foi tomada após uma reunião entre os prefeitos dos nove municípios que constituem a Baixada Santista, que vão agora pedir ao governo estadual de São Paulo apoio, através da Polícia Militar, para garantir o encerramento das praias.
"A fase do réveillon é a mais crítica, com o maior número de turistas. Vamos ter as barreiras sanitárias e os bloqueios sob a responsabilidade do Estado. A população precisa estar consciente. Nós tivemos um ano diferente e, portanto, temos que ter um fim de ano diferente, principalmente em respeito às vidas que foram perdidas", explicou o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, à imprensa local.
Apesar do anúncio para conter a disseminação do novo coronavírus, os prefeitos decidiram não cumprir as determinações estaduais do denominado "Plano São Paulo" que, na terça-feira, endureceram as normas de distanciamento social no período do Natal e Ano Novo para conter a aceleração da covid-19.
20h30 - Surto em lar de Mora já fez três mortos e número de infetados subiu para 70
O surto de covid-19 no lar da vila de Cabeção, concelho de Mora, já provocou três mortos, disse hoje à Lusa o presidente do município, que revelou ainda que subiu para 70 o número de pessoas infetadas.
As vítimas mortais são um homem de 87 anos que morreu no final da semana passada no Hospital do Espírito Santo de Évora, ao qual se juntaram nos últimos dias outro homem e uma mulher, "ambos nas casa dos 80 anos", referiu Luís Simão.
O total de mortes provocadas pelo surto de covid-19 no lar da Santa Casa da Misericórdia de Serpa, no Alentejo, subiu para 14, com a morte de mais três idosos, disse hoje à agência Lusa o provedor.
Os idosos, utente do Lar de S. Francisco, morreram no hospital de Beja, onde estavam internados, precisou António Sargento, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Serpa (SCMS), no distrito de Beja. Devido ao surto no lar, propriedade da SCMS, já foram infetadas 92 pessoas com o vírus que provoca a doença covid-19, nomeadamente 75 utentes - 14 dos quais morreram - e 17 funcionários, precisou.
Atualmente, referiu, há 61 idosos com infeções ativas, sendo que seis estão internados no hospital de Beja e os restantes no lar.
O Ministério da Saúde de Israel anunciou hoje ter detetado quatro casos de nova variante da SARS-CoV-2 identificada no Reino Unido.
"Em testes realizados no Laboratório Central do Ministério da Saúde, descobriram-se quatro casos de covid-19 da nova variante descoberta recentemente no Reino Unido", assinalou o ministério em nota.
Além disso, acrescentou que três dos quatro pacientes afetados pela nova variante da covid-19 chegaram recentemente do território britânico e estão isolados num hotel. No entanto, o quarto elemento não esteve no Reino Unido e o seu caso está a ser investigado.
Este anúncio chega horas depois de um veto à entrada de estrangeiros no país, implementado precisamente para evitar a propagação da nova variante.
O nível de contágios da covid-19 continua a aumentar em Espanha num dia em que houve 12.386 novos casos notificados nas últimas 24 horas, elevando para 1.842.289 o total de infetados, segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde espanhol.
As autoridades sanitárias espanholas também contabilizaram mais 178 mortes desde terça-feira atribuídas à covid-19, passando o total de óbitos para 49.698.
Cento e nove concelhos de Portugal continental estão nos níveis de risco muito elevado e extremo de contágio pelo novo coronavírus, menos seis do que no início do mês.
A nova lista que divide os municípios entre os níveis moderado, elevado, muito elevado e extremo de contágio foi divulgada pelo Governo na semana passada, mas apenas produzirá efeito a partir das 00h00 de quinta-feira, quando entrar em vigor o novo estado de emergência, que se prolonga até às 23h59 de 7 de janeiro. Ou seja, as restrições aplicadas devido à pandemia da Covid-19 em cada um dos concelhos, mesmo que tenham subido ou descido de nível, apenas começam a ser aplicadas na quinta-feira.
Segundo a nova lista de níveis de risco, existem agora 30 concelhos em risco extremo de contágio, menos cinco do que em 2 de dezembro, e 79 em risco muito elevado, mais um do que no início do mês. O número de concelhos considerados de risco elevado permanece inalterado, 92, enquanto os municípios de risco moderado são agora 77, mais quatro do que no princípio do mês.
A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) disponibilizou no seu portal na Internet uma área com informações atualizadas sobre as vacinas contra a covid-19, anunciou hoje o organismo.
Segundo o Infarmed, esta área específica surge na sequência da aprovação pela Agência Europeia do Medicamento e pela Comissão Europeia da vacina Comirnaty, desenvolvida pelos laboratórios BioNTech e Pfizer.
Além de um espaço com "perguntas frequentes", o Infarmed disponibiliza neste espaço informação sobre a vacina e o seu processo de aprovação, o resumo das características do medicamento e uma listagem com ligações úteis a várias entidades nacionais e internacionais.
A resposta imunitária das pessoas infetadas com o SARS-CoV-2 mantém-se entre seis e nove meses, e contra uma possível reinfeção, segundo um grupo de peritos espanhóis que assessoria o Governo.
No seu mais recente relatório, hoje citado pela agência noticiosa espanhola Efe, os peritos do Grupo de Trabalho Multidisciplinar referem que os anticorpos neutralizadores do coronavírus SARS-CoV-2, produzidos pela maioria das pessoas infetadas, vão diminuindo com o tempo, caindo a partir dos três meses, mas podem persistir durante pelo menos seis meses, embora em níveis baixos.
Em contrapartida, os linfócitos T de memória podem manter-se mais tempo. Estas células imunitárias desencadeiam uma resposta secundária rápida e forte contra um antigénio, como o coronavírus da covid-19, que aparece de novo, mas com o qual já tiveram um contacto em infeções anteriores.
Os especialistas espanhóis consideram, no entanto, que as reinfeções por SARS-CoV-2 são "muito raras", salientando que ainda não se sabe quanto tempo dura a proteção conferida pela primeira infeção, nem a que é gerada pelas várias vacinas que estão em ensaios clínicos, incluindo as que começaram a ser administradas no Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Rússia, China, Israel e Arábia Saudita. De acordo com o relatório, esta questão "deve ser tida em consideração" na monitorização do aparecimento e das consequências clínicas de reinfeções em idosos e outros grupos vulneráveis ou com outras doenças.
Dada a heterogeneidade da resposta imunitária ao novo coronavírus, não se sabe ainda como isso pode influenciar a resposta induzida por uma vacina, avisam os peritos.
O ministro britânico da Saúde, Matt Hancock, disse hoje que a farmacêutica AstraZeneca apresentou um pacote completo de dados sobre a sua vacina contra a Covid-19 ao regulador de medicamentos, o próximo passo para a aprovação do medicamento.
"Estou muito feliz em poder dizer que a vacina Oxford/AstraZeneca desenvolvida aqui no Reino Unido submeteu o pacote completo de dados ao MHRA para aprovação", disse Hancock.
"Este é o próximo passo para uma decisão sobre a implantação da vacina, que já está a ser fabricada, inclusive aqui no Reino Unido".
O Reino Unido registou 744 novas mortes de covid-19 nas últimas 24 horas, o valor mais alto desde 29 de abril, e 39.237 infeções, um novo máximo diário, divulgou o Ministério da Saúde britânico. Na terça-feira tinham sido registadas 691 mortes e 36.804 novos de covid-19 casos.
No total, foram notificadas 69.051 mortes de covid-19 no Reino Unido até agora, uma estatística que inclui apenas óbitos que ocorreram dentro de 28 dias após o primeiro teste do paciente positivo, e 2.149.551 casos desde o início da pandemia covid-19.
De acordo com dados publicados hoje, a prevalência da doença no Reino Unido como um todo é de 319,6 casos por 100 mil habitantes num período de sete dias.
A Itália registou 553 óbitos por covid-19 nas últimas 24 horas, ultrapassando a fasquia das 70.000 mortes durante toda a emergência sanitária, um dia antes do confinamento nacional para travar os contágios no período de Natal.
O Ministério da Saúde italiano confirmou hoje este número de óbitos, inferior aos 628 de terça-feira, elevando o total para 70.395 desde o início da pandemia, em meados de fevereiro. Estes números tornam a Itália no quinto país com mais mortes provocadas pelo vírus no mundo, depois dos Estados Unidos, Brasil, Índia e México, de acordo com a Universidade norte-americana Johns Hopkins.
As infeções continuam a subir, com 14.522 no último dia, o maior aumento desde domingo, embora com mais exames realizados, mais de 175.000. No total, 1.991.278 pessoas já contraíram o vírus no país.
Portugueses residentes no Reino Unido estão num contrarrelógio para obter testes à covid-19 antes de embarcar para Portugal, obrigatórios a partir de quinta-feira, mas deparam-se com falta de capacidade ou atrasos na entrega de resultados dos laboratórios britânicos.
A reabertura do Canal da Mancha, 48 horas depois de ser fechado devido ao aparecimento de uma nova estirpe do coronavírus, causou o caos na fronteira franco-britânica, devido à escassez de testes à covid-19 exigidos por França.
Os principais focos de tensão foram vividos do lado britânico, onde, há três dias, se aglomeram milhares de camionistas, que viram com frustração o anúncio da abertura da fronteira não surtir efeito, já que as pessoas não tinham resultados imediatos dos testes.
Do lado francês, onde há menos camiões, o tráfego de ‘ferries’ sofreu várias perturbações. O primeiro ‘ferry’ para Calais, no norte da França, saiu pouco depois da meia-noite, quando se tornou efetivo o restabelecimento das ligações com o Reino Unido, desde que os viajantes apresentem um teste que prove não estarem infetados com covid-19, teste esse que tem de ser sensível também à nova estirpe do coronavírus, detetada em território britânico.
A autorização de passagem destina-se, no entanto, apenas a cidadãos do espaço europeu ou residentes em França, pessoas em trânsito, transportadores e pessoal relacionado com o tráfego de mercadorias e cidadãos de outros países que estejam a regressar às suas casas.
O tráfego ferroviário de passageiros, com destino a Paris, mas também à Bélgica e aos Países Baixos, também foi retomado durante a noite, embora algumas ligações tenham sido suspensas pela empresa e muitos viajantes tenham tido de cancelar os seus bilhetes por ainda não terem resultados dos testes à covid-19.
Segundo avançaram as autoridades do norte de França à agência de notícias espanhola Efe, o tráfego nas estradas estava fluido hoje de manhã, apesar da chegada dos primeiros camiões.
Dada a confusão registada no outro lado do Canal da Mancha, os ‘ferries’ que saíram de Calais para Dover acabaram por também ficar imobilizados durante algumas horas, informou o jornal regional La Voix du Nord.
Uma nova estirpe do SARS-Cov-2, considerada até 70 por cento mais contagiosa, ditou a introdução do Nível 4 de restrições, equivalente a um confinamento, na região de Londres e sudeste de Inglaterra desde domingo.
Comércio não essencial, bares e restaurantes foram obrigados a fechar e as pessoas aconselhadas a ficarem em casa e a limitar o contacto com um elemento apenas de um agregado familiar diferente em espaços públicos ao ar livre.
Hanckock alegou que as medidas de Nível 3 não eram suficientes para controlar a nova variante do vírus identificada no Reino Unido e que está por detrás de um aumento exponencial de casos.
"Simplesmente não podemos ter o tipo de Natal que todos ansiamos. O Natal tem a ver contacto social e é assim que o vírus se desenvolve. Portanto, é importante que todos minimizemos o nosso contacto social o máximo possível neste Natal. Isso ajudará a protegermo-nos a nós mesmos, os nossos entes queridos e o país", disse.
O Governo está, esta quarta-feira, a renovar apelos a que se evitem comportamentos de risco na quadra natalícia, pedindo aos cidadãos que cumpram o uso de máscara e não permaneçam por muito tempo em espaços fechados.
Em comunicado, o Governo refere que lançou já uma campanha, com o lema "Não deixes o vírus entrar", que tem como objetivo "sensibilizar os portugueses para evitarem comportamentos de risco na quadra natalícia".
"Além das medidas que adotou especificamente para este período, o executivo tem vindo a alertar a população para que nos convívios típicos desta época sejam cumpridas as normas definidas pela Direção-Geral da Saúde de modo a conter a propagação da pandemia de covid-19. Foi neste âmbito, e tal como havia sido anunciado anteriormente pelo primeiro-ministro, António Costa, que o Governo colocou nas redes sociais oficiais, bem como nos órgãos de comunicação social, essa campanha", refere-se.
No mesmo comunicado, o Governo adianta que se pretende com essa campanha "reforçar os cuidados a ter no Natal e contribuir para um esclarecimento da população em geral sobre os comportamentos que devem ser seguidos além do estrito cumprimento das regras especialmente definidas para estes dias aplicáveis a todo o território nacional".
"Além das medidas, o Governo recomendou desde a primeira hora que, neste período natalício, se evitasse juntar muita gente, estar muito tempo sem máscara e permanecer em espaços fechados, pequenos e pouco arejados", acrescenta-se.
Portugal continental tem a partir de hoje e até sábado algum alívio nas restrições aplicadas devido à pandemia da Covid-19, sem proibição de circulação entre concelhos e com recolher obrigatório às 02h00 na véspera e dia de Natal.
Na semana passada, o primeiro-ministro confirmou as medidas de contenção que irão ser aplicadas no Natal, e que tinham sido anunciadas no início do mês, salientando que a evolução da pandemia mostrou não ser "necessário puxar o travão de mão para o Natal", confiando que todas as famílias farão o esforço de organizar um Natal "com cuidado".
Assim, e de acordo com o decreto que regulamenta a prorrogação do estado de emergência decretado pelo Presidente da República devido à pandemia de covid-19, que entra em vigor às 00h00 de quinta-feira, nos concelhos de risco elevado, muito elevado e extremo de contágio pelo novo coronavírus a proibição de circulação na via pública entre as 23h00 e as 05h00 não é aplicável "para as pessoas que se encontrem em viagem". Na quinta e sexta-feira, véspera e dia de Natal, o recolher obrigatório nesses concelhos de maior risco de contágio é aplicado apenas entre as 02h00 e as 05h00.
No sábado, dia 26 de dezembro, para os municípios nos níveis de risco muito elevado e extremo a proibição de circulação na via pública inicia-se apenas às 23h00 e não às 13h00, como tem acontecido nos últimos fins de semana. Além disso, o "dever geral de recolhimento domiciliário" que existe nos concelhos de risco elevado, muito elevado e extremo de contágio entre as 05h00 e as 23h00 não é aplicável entre hoje e sábado.
Relativamente à restauração e às atividades culturais também se verifica algum alívio nas restrições habitualmente em vigor devido ao estado de emergência.
Assim, na véspera e no dia de Natal os restaurantes de todos os concelhos do território continental podem funcionar até às 01h00, devendo as novas admissões ser feitas até às 00h00.
Também nestes dias, os horários de encerramento não se aplicam aos estabelecimentos culturais.
Apesar deste alívio nos horários de funcionamento, continuam em vigor as regras que estipulam que a ocupação no interior dos estabelecimentos seja limitada a 50 por cento da capacidade, "ou, em alternativa, sejam utilizadas barreiras físicas impermeáveis de separação entre os clientes que se encontrem frente a frente", e exista um afastamento de 1,5 metros entre mesas.
Nas mesas não podem estar sentadas mais de seis pessoas, salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar.
Um estudo da Universidade Católica Portuguesa do Porto concluiu que a ansiedade sobre a vacina contra a covid-19 "está a aumentar" e que a maioria dos participantes só a tomará se tiver "informações sobre segurança e eficácia".
"Há um crescente aumento do nível de ansiedade dos portugueses que condiciona não só a saúde mental, mas a tomada de decisão sobre a vacinação", afirmou Patrícia Batista, investigadora do Human Neurobehavioral Laboratory da Católica do Porto.
No estudo, que envolveu dois questionários diferentes, participaram 1.018 pessoas, com idades entre os 18 e 76 anos, sendo que a maioria dos participantes tinha entre 18 e 30 anos e era do sexo feminino. O primeiro questionário – dedicado ao tema de crenças de saúde – estava subdividido em quatro tópicos: a gravidade da doença, suscetibilidade percebida, as barreiras e benefícios da vacinação.
Segundo Patrícia Batista, a maioria dos participantes afirmou ter medo de ficar doente com covid-19 e 71,8 por cento disse estar preocupado com a probabilidade de ficar infetado pelo novo coronavírus nos próximos meses.
A grande maioria dos inquiridos (90,8 por cento) é a favor da vacinação em geral e destaca que a vacinação diminuirá a hipótese de ficar infetado pelo SARS-CoV-2. Mas mais de metade dos participantes no inquérito afirmou estar preocupado com os efeitos colaterais da vacina covid-19.
"Também foi referida a acessibilidade e a eficácia da vacina. Aliás, nesta matéria, 67 por cento dos inquiridos afirmaram estar preocupados com a eficácia", acrescentou a investigadora.
Patrícia Batista adiantou que 84,4 por cento dos inquiridos referiu "tomar a vacina covid-19 caso tenham informações suficientes sobre a segurança e eficácia" da mesma.
"Isto demonstra também a ansiedade, uma vez que vai ao encontro da preocupação", referiu.
"Os testes começaram enquanto procuramos fazer o tráfego circular novamente entre o Reino Unido e a França", disse o ministro dos Transportes, Grant Shapps.
"No entanto, a polícia de fronteira francesa agiu apenas com acordo a partir desta manhã e os atrasos continuam. Por favor, evitem Kent enquanto a fila é desempedida. Chegar ao local vai atrasar a viagem", escreveu no Twitter.
Testing has begun as we look to get traffic moving again between the UK and France.
— Rt Hon Grant Shapps MP (@grantshapps) December 23, 2020
However, French border police only acting on agreement from this morning and severe delays continue. Please AVOID Kent while the backlog is cleared. Arriving in the area will delay your journey.
As autoridades britânicas anunciaram hoje que identificaram dois casos de outra estirpe de coronavírus, "muito preocupante" porque é "mais contagiosa", da África do Sul, país com o qual estão sendo impostas restrições de viagens "imediatamente".
"Esta nova variante causa grande preocupação, porque é mais contagiosa e parece ter sofrido mais mutações do que a nova variante identificada no Reino Unido", disse o ministro da Saúde, Matt Hancock, anunciando que todos os que estiveram na África do Sul ou esteve em "contacto próximo" com alguém que esteve naquele país nas últimas duas semanas deve "entrar imediatamente em quarentena".
No início deste mês, o Canadá já tinha dado luz verde à vacina da Pfizer,tendo já começado a administrar a profissionais de saúde e idosos.
O primeiro lote de vacinas, produzido pela Pfizer Inc, deve chegar ao México ainda hoje.
Os primeiros lotes da vacina da Pfizer-BioNTech contra a covid-19 destinados a países da União Europeia deixaram hoje a fábrica belga em Puurs, onde são fabricadas, depois do sinal verde na segunda-feira das autoridades europeias.
A operação, que utilizou os meios logísticos da empresa de frete belga H. Essers, desenrolou-se sob estreita vigilância policial, dois veículos das forças policias a escoltar cada camião depois do carregamento, com os meios de comunicação mantidos a uma distância de segurança.
As primeiras saídas já tinham ocorrido no início de dezembro de Puurs para o Reino Unido, depois da aprovação da autoridade sanitária britânica, enquanto a campanha de vacinação começou hoje na Suíça.
O Governo dos Estados Unidos anunciou hoje que vai comprar mais 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório norte-americano Pfizer e pela alemã BioNTech, devendo recebê-las no segundo semestre de 2021.
O anúncio foi feito após várias semanas de intensas negociações entre a Pfizer e a administração Trump, para juntar estas novas doses ao pedido inicial de outras 100 milhões de doses, que já começaram a ser distribuídas e fornecidas no país. Segundo o acordo estabelecido, além dessas 100 milhões de doses iniciais, a Pfizer fabricará e entregará aos Estados Unidos "pelo menos 70 milhões de doses até 30 de junho de 2021" e outras 30 milhões de doses até, no máximo, 31 de julho de 2021, explicou o Pentágono em comunicado hoje divulgado.
A vacina da Pfizer, a primeira aprovada nos Estados Unidos contra a covid-19, requer duas doses para imunizar, portanto, o novo lote acordado com os Estados Unidos só deverá ser suficiente para inocular mais 50 milhões dos cerca de 330 milhões de habitantes do país.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) acusou hoje o hospital de Évora de discriminar os profissionais da classe que trabalham no serviço de urgência geral na atribuição do prémio de compensação pelo combate à pandemia da covid-19.
Os enfermeiros da urgência geral "sentem-se discriminados e não valorizados", pelo que "decidiram fazer um pedido de transferência coletiva" para outros serviços, disse à agência Lusa Celso Silva, da Direção Regional do Alentejo do SEP.
Segundo o sindicalista, tratou-se de uma "tomada de posição conjunta", porque a equipa de enfermagem da urgência "está muito descontente" com as decisões da administração do hospital de Évora em relação ao prémio de compensação.
Moçambique registou, nas últimas 24 horas, mais três óbitos devido à covid-19, elevando o número para 153, havendo ainda 189 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, anunciou o Ministério da Saúde.
Três cidadãos moçambicanos, de 58, 65 e 64 anos, perderam a vida na terça-feira, durante o internamento em unidades hospitalares da cidade de Maputo, indica um comunicado de atualização de dados sobre a pandemia.
Com os 189 novos infetados anunciados hoje, o total de casos registados no país subiu para 17.956, dos quais 17.643 são de transmissão local e 313 são importados.
O país contabiliza um total de 15.982 (89%) pessoas dadas como recuperadas da infeção.
As autoridades de saúde vão estar "muito atentas" aos testes dos passageiros que chegam aos aeroportos para "analisar rapidamente" casos suspeitos de terem a variante do SARS-Cov-2 detetada no Reino Unido, disse hoje à Lusa um investigador do INSA.
O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) e o Instituto Gulbenkian de Ciência, que analisam a diversidade genética do coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal, "vão continuar muito atentos, em colaboração com as autoridades de saúde, para tentar analisar rapidamente os casos que sejam suspeitos de terem essa variante do Reino Unido", adiantou João Paulo Gomes.
"O que vamos fazer agora, obviamente, é estar atentos a nível de testes no aeroporto, a nível de ver o historial de viagem das pessoas, estar atentos às cadeias de transmissão se essa variante aparecer, para tentar bloquear imediatamente essa cadeia de transmissão", explicou o responsável pela unidade de bioinformática do Departamento de Doenças Infecciosas do INSA.
Segundo o investigador, as instituições vão fazer "um esforço acrescido" da análise genética do vírus que provoca a covid-19 em casos suspeitos.
O boletim epidemiológico da DGS revela que estão internadas 2990 pessoas, menos 105 do que na segunda-feira, das quais 511 em cuidados intensivos, ou seja, mais três.
O Instituto de Soldadura e Qualidade anunciou hoje que já está a preparar as arcas congeladoras que vão receber as primeiras doses de vacinas contra o novo coronavírus, calibrando os sensores para garantir as baixas temperaturas necessárias para as conservar.
Em comunicado, o ISQ afirma que está a "fazer ensaios de avaliação de conformidade das arcas", que irão continuar durante vários dias para garantir que estão prontas para guardar as doses da vacina desenvolvida pelas empresas Pfizer e BioNTech, 9.750 das quais deverão chegar a Portugal em 26 de dezembro para começarem a ser administradas no dia seguinte.
Essas vacinas, que precisam de duas doses para serem eficazes, precisam de ser armazenadas entre 80 e 60 graus negativos.
A Comissão Europeia prorrogou hoje, até ao início de 2022, dois programas humanitários para apoio a refugiados na Turquia, reconhecendo que as necessidades humanitárias não só persistem como foram exacerbadas pela pandemia de covid-19.
De acordo com o executivo comunitário, os dois programas humanitários ajudam mais de 1,8 milhões de refugiados a satisfazer as suas necessidades básicas e mais de 700 mil crianças a prosseguirem a sua educação.
Os Açores registaram nas últimas 24 horas 28 novos casos da covid -19, sendo que 24 destes se registaram na ilha de São Miguel, de acordo com o comunicado emitido hoje pela Autoridade de Saúde.
Além de São Miguel, foram detetados novos casos na Terceira (dois) e Faial (dois), tendo-se registado ainda 72 recuperações e 15 internamentos - 20 no Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada e cinco no Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, com duas pessoas em unidade de cuidados intensivos.
São 63 as cadeias ativas no arquipélago, 46 das quais em São Miguel e 17 na Terceira, tendo sido extintas 55 cadeias de transmissão até à data.
Há no total 309 casos positivos ativos: 242 em São Miguel, 61 na Terceira, um no Pico e cinco no Faial.
Foram detetados até hoje 1.726 casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 nos Açores, verificando-se 21 óbitos e 1.309 recuperações.
Os estabelecimentos de bebidas e similares com espaços de dança vão permanecer encerrados nos Açores até 7 de janeiro, para conter a propagação da covid-19, anunciou hoje o Governo Regional.
14h00 -Há menos emigrantes a regressar a Portugal para o Natal e Ano Novo
No Aeroporto Francisco Sá Carneiro, vários passageiros do Reino Unido ficaram retidos a realizar o teste de despiste à Covid-19. Os que chegaram de França e da Suíça vieram pela família, num tempo marcado pela distância.
A operadora de telecomunicações Altice venceu o concurso público de exploração do Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde (linha SNS24) para os próximos três anos, confirmou o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).
Em entrevista à Lusa, Luís Goes Pinheiro explicou que o concurso público abrangia diversos lotes e que “ainda não terminou”, mas indicou que já há uma decisão final do júri neste âmbito e que escolheu manter a prestação de serviços nas mãos da Altice, que já detinha a exploração das telecomunicações e dos sistemas de informação de apoio ao atendimento no SNS24.
Segundo o site oficial da entidade sob a tutela do Ministério da Saúde, o concurso “aumenta ainda significativamente as exigências contratuais para com o futuro operador, salvaguardando questões de disponibilidade e de celeridade no atendimento”. O contrato que os SPMS tinham até agora previa um atendimento diário até 10 mil chamadas, número largamente ultrapassado desde que o país começou a ser atingido pela pandemia de covid-19.
Nesta segunda vaga da pandemia uma grande percentagem de infetados com Covid-19 está entre os 20 e os 59 anos. A taxa de letalidade é menor nestas faixas etárias mas os efeitos da doença deixam marcas mesmo para os que nunca precisaram de internamento.
Os apoios a fundo perdido às empresas com quebra de faturação igual ou superior a 20 por cento por causa da pandemia vão ser alargados aos últimos três meses deste ano.
Segundo declarações do secretário de Estado adjunto e da Economia à Antena1, podem também candidatar-se empresários em nome individual sem contabilidade organizada, que não estavam abrangidos pelos apoios na primeira fase.
A Alemanha espera distribuir antes do final do ano cerca de 1,3 milhões de doses da vacina desenvolvida pela alemã BioNTech e pela norte-americana Pzifer, que será destinada pessoas com mais de 80 anos e profissionais da saúde.
A campanha de vacinação, que como noutros países europeus terá início no domingo, pretende dar prioridade aos grupos "mais vulneráveis" e aos profissionais de saúde mais expostos às infeções, segundo o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, em declarações à televisão pública ARD.
Essas primeiras 1,3 milhões de doses estarão disponíveis para os Estados federados a partir de domingo. A expectativa, segundo Spahn, é que até ao final de março sejam distribuídas até doze milhões de doses da vacina, entre a BioNTech ou a Moderna, ainda pendente de autorização europeia.
Todos os membros do Governo da Irlanda estão a restringir os seus movimentos enquanto aguardam os resultados dos testes à Covid-19, depois do ministro da Agricultura ter contraído o novo coronavírus.
Charlie McConalogue não apresenta sintomas e está isolado em quarentena.
Um caso da variante britânica da covid-19 foi detetado numa pessoa residente em Loreto, Ancona, no centro da Itália, sem ter tido contacto com pessoas do Reino Unido.
Fontes médicas citadas pelos media italianos explicam que a pessoa passou por um teste para detetar a covid-19 há alguns dias porque teve uma forte constipação e agora está isolada com a sua família.
A Itália já havia detetado no dia 20 de dezembro uma pessoa infetada com a mesma estirpe de novo coronavírus detetado no Reino Unido e foi colocada em isolamento, conforme o Ministério da Saúde italiano.
As valências operacionais da Câmara de Vidigueira, como a recolha de lixo, estão com serviços mínimos, porque há um surto com quatro trabalhadores do estaleiro infetados pelo vírus da covid-19 e a maioria dos restantes está de quarentena.
No passado domingo, foram feitos testes de despiste do vírus aos funcionários do estaleiro da Câmara de Vidigueira, distrito de Beja, e os resultados, conhecidos na terça-feira, permitiram detetar a infeção em quatro, explicou hoje à agência Lusa o presidente da autarquia, Rui Raposo.
"Como medida imprescindível para a proteção da saúde dos trabalhadores da autarquia e a contenção da propagação do vírus", o autarca decidiu colocar de quarentena os trabalhadores do estaleiro que tiveram contacto mais direto com os infetados e que são "a maioria" dos afetos aos serviços operacionais.
Por isso, explicou, as valências operacionais do município, como a recolha de lixo e a limpeza urbana, estão a ser prestadas em serviços mínimos e através dos funcionários que não estão de quarentena, nomeadamente os de equipas que já estavam a trabalhar em espelho e também os que desempenham funções nas freguesias rurais do concelho.
“Viva a Festa em casa” é a campanha lançada pelo Governo da Madeira para sensibilizar a população para a importância de contribuir para o controle da pandemia na quadra natalícia.
A campanha, dinamizada através das secretarias regionais da Saúde e Proteção Civil e do Turismo e Cultura tem como principal objetivo “sensibilizar a população residente e a que visita para a vivência de um Natal diferente, mas seguro”, pode ler-se na informação divulgada.
O executivo madeirense destaca que esta é “uma festa vivida em plena pandemia covid-19, em que o cumprimento das orientações emanadas pelas autoridades de saúde é essencial para manter a situação epidemiológica controlada na região”.
Ao cumprir com as orientações, é referido, a população “estará a contribuir para o controle efetivo da pandemia de covid-19 na Região Autónoma da Madeira”.
“Prevenir, proteger e cuidar são as maiores prendas que devemos oferecer aos nossos amigos e familiares, neste Natal”, indica o executivo.
Entre as medidas a adotar estão o uso da máscara; a promoção da etiqueta respiratória e o distanciamento físico; a higienização frequente das mãos e a limitação das celebrações ao agregado familiar com quem habita.
Também é aconselhado evitar estar com diferentes grupos de família; efetuar contactos com os amigos e demais familiares por via digital ou através de um telefonema; e manter a casa arejada.
Cerca de 30 mil pessoas que chegaram à Irlanda provenientes do Reino Unido desde 8 de dezembro vão ter de ficar 14 dias “isoladas em quartos” para combater os contágios pela nova estirpe do coronavírus da covid-19.
O diretor do serviço de Saúde irlandês, Colm Henry, admitiu hoje que a nova medida é “dolorosa, mas necessária”, principalmente para quem chegou à Irlanda depois de 10 de dezembro, já que terá de passar o Natal isolado.
Um estudo sobre diversidade genética do coronavírus SARS-CoV-2 detetou três novas variantes do vírus a circular na segunda vaga da pandemia de covid-19 em Portugal, avançou hoje à Lusa um investigador do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA).
Uma das três variantes representa cerca de 70% dos genomas virais analisados no estudo e que se caracteriza por "uma mutação muito específica" que afeta as regiões onde se ligam os anticorpos.
"Verificámos agora neste estudo que fizemos em colaboração com o Instituto Gulbenkian de Ciência [IGC] que as variantes que estão a caracterizar esta segunda vaga em Portugal têm mutações que não estavam descritas durante toda a primeira vaga", adiantou João Paulo Gomes, responsável pela unidade de bioinformática do Departamento de Doenças Infecciosas do INSA.
As três variantes mais frequentes, cada uma delas reconhecida por uma alteração diferente na proteína Spike (A222V, S477N ou S98F), foram detetadas em todas as regiões de Portugal continental, sugerindo que terão sido as principais corresponsáveis pela segunda vaga epidémica de SARS-CoV-2.
O coordenador do "Estudo da diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19) em Portugal" explicou que esta situação resulta de "um processo de adaptação do vírus ao ser humano".
"É normal que isso aconteça, passou um ano desde que o vírus apareceu a infetar os seres humanos, portanto, é perfeitamente normal", disse, exemplificando que "a variante do Reino Unido que apareceu agora é mais uma e não será a última, infelizmente", e que gera preocupação.
Relativamente às mutações observadas no país, o investigador afirmou que algumas "são bem interessantes", mas não são exclusivas de Portugal, sublinhando que "uma das mutações caracteriza uma variante que apareceu em Espanha há alguns meses e que se disseminou pelo resto da Europa a uma velocidade espantosa" e que foi observada agora em Portugal em 70% das amostras analisadas no estudo
Questionado se esta variante é mais letal e se pode explicar o aumento de casos na segunda vaga, o investigador afirmou que "em termos clínicos não há qualquer evidência de que exista uma maior severidade em termos de doença".
O aumento de casos pode justificar-se com a existência de variantes genéticas com maior capacidade de transmissão, mas o investigador considera que o comportamento social está na base do maior número casos na segunda vaga em todo mundo.
"Durante a primeira vaga observámos medidas de restrição mais severas que permitiram um maior controle, agora não estamos a observar isso porque no fim da primeira vaga houve um desconfinamento geral e nós nunca voltámos a um verdadeiro confinamento" porque "seria muito difícil fazê-lo" por questões económicas, sociais, familiares
Segundo o relatório do estudo, hoje divulgado, foram analisadas, até à data, 2.234 sequências do genoma do SARS-CoV-2, que provoca a covid-19, obtidas de amostras colhidas em 68 laboratórios, hospitais, instituições, representando 199 concelhos de Portugal.
Nesta atualização do estudo foram inseridas mais 449 sequências do genoma de SARS-CoV-2, colhidas desde o início de novembro em 19 laboratórios/hospitais colaboradores de todo o país, estando representados 16 distritos do Continente e dos Açores, num total de 113 concelhos.
Do total de vírus sequenciados não se encontrou qualquer vírus com a combinação de mutações apresentada pela variante atualmente a circular no Reino Unido ou pelas variantes associadas a surtos de SARS-CoV-2 em explorações de martas na Dinamarca.
"Curiosamente, não foi detetada a variante genética que marcou a primeira vaga da epidemia de covid-19 em Portugal (com a mutação na Spike D839Y) nos genomas analisados da segunda vaga. Isto sugere que medidas de saúde pública implementadas terão mitigado a continuação da sua transmissão", sublinha o documento.
Um surto de covid-19 no lar da Santa Casa da Misericórdia de Nisa (SCMN), no distrito de Portalegre, já infetou, pelo menos, 78 utentes e funcionários, disse hoje à agência Lusa o provedor da instituição.
“Ainda faltam chegar alguns testes, até ao momento nós temos 64 utentes positivos e 14 colaboradores”, disse o provedor, António Caldeira Valente.
De acordo com o responsável, a SCMN tem nesta altura um total de 107 utentes e 105 colaboradores, estando os utentes infetados “isolados” e “separados” dos restantes, numa ala daquela instituição.
“Os utentes estão bem, há um ou outro mais debilitado, mais idoso, mas o estado de saúde deles é razoável”, disse.
Segundo António Caldeira Valente, o surto foi detetado na terça-feira, após testagem efetuada a pedido da SCMN e na sequência de terem surgido infetadas duas funcionárias.
A pandemia do novo coronavírus matou pelo menos 1.718.209 no mundo desde que a OMS relatou o início da doença em dezembro de 2019, na China, segundo o levantamento realizado hoje pela agência de notícias AFP às 11:00.
Mais de 77.992.300 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da epidemia, dos quais pelo menos 49.481.100 pessoas já foram consideradas curadas.
Na terça-feira, 14.037 novas mortes e 686.758 novos casos foram identificados em todo o mundo.
Os países que registaram mais mortes novas nos seus levantamentos mais recentes são os Estados Unidos com 3.030 novas mortes, Brasil (968) e Alemanha (962).
Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 322.849 mortes para 18.237.190 casos, segundo o levantamento realizado pela Universidade Johns Hopkins. Pelo menos 6.298.082 pessoas foram declaradas curadas no país.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 188.259 mortes e 7.318.821 casos, a Índia com 146.444 óbitos (10.099.066 casos), o México com 119.495 mortes (1.338.426 casos) e a Itália com 69.842 óbitos (1.977.370 casos).
As visitas a doentes nos hospitais do distrito de Bragança serão retomadas a partir de quinta-feira, com condicionalismos para prevenir a transmissão do novo coronavírus, informou hoje a Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste.
A entidade responsável pelos cuidados de saúde na região anunciou, em comunicado, que “a partir de 24 de dezembro possibilita a realização condicionada de visitas aos doentes nos hospitais de Bragança, Mirandela e Macedo de Cavaleiros”.
“Assim, numa ótica de humanização dos cuidados de saúde e promovendo o bem-estar emocional dos doentes e das suas famílias, cada doente internado poderá receber diariamente uma visita, com a duração máxima de 30 minutos, no período das 14:00 às 18:00”, esclarece.
O agendamento das visitas “obedece obrigatoriamente a marcação prévia por telefone, com o secretário de piso do respetivo serviço de internamento”, acrescenta.
Cerca de metade dos doentes internados nos cuidados intensivos Covid do Hospital de São João têm excesso de peso e muitos deles são jovens adultos. Internamentos mais prolongados e recuperações mais lentas que preocupam os médicos.
A doença está entre as que mais aumentam o risco de complicações graves, num quadro de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2.
companhia aérea Singapore Airlines anunciou hoje que começou a testar um sistema de verificação digital relacionado à covid-19, incluindo as vacinas, perante possíveis exigências dos governos.
É a primeira companhia aérea do mundo a aplicar a tecnologia baseada no “Passe de Viagem da Covid-19”, desenvolvido pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês), que representa mais de 260 empresas de aviação de todo o mundo.
Num comunicado, a Singapore Airlines afirma que se trata de uma aplicação para telemóvel com o qual os funcionários das companhias aéreas podem verificar as informações sobre os testes e vacinas contra a covid-19 necessários para viajar a um determinado país.
A campanha de vacinação contra a Covid-19 arrancou hoje na Suíça, a primeira pessoa a receber a vacina da Pfizer-BioNTech foi uma mulher de 90 anos residente num lar no cantão de Lucerna.
A campanha começa quando o país regista mais de quatro mil novas infeções e mais de cem mortos diariamente.
Desde o início da pandemia, a Suíça reportou um total de mais 415 mil casos e mais de 6.300 óbitos.
O país, de 8,6 milhões de habitantes, tem acesso garantido a 15,8 milhões de doses, negociadas com três laboratórios. Três milhões da Pfizer-BioNTech, 7,5 milhões da Moderna e 5,3 milhões da AstraZeneca.
O surgimento de uma nova variante do vírus em Inglaterra fez levantar algumas questões, desde logo se "é ou não é" motivo para recear a eficácia da vacina.
O coordenador do plano de vacinação em Portugal, Francisco Ramos, diz que neste momento é impossível garantir uma imunidade de grupo na população.
O pneumologista Filipe Froes diz que a maior preocupação é evitar a todo o custo o contágio do vírus.
A Sociedade Portuguesa de Alergologia propôs hoje que a vacina da Pfizer para a covid-19 não seja administrada a pessoas com antecedentes de reações alérgicas graves, apesar de reconhecer que estas reações às vacinas são raras.
Em comunicado, a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), diz que, apesar da informação clínica disponível sobre os casos em que terão ocorrido reações alérgicas suspeitas à vacina Pfizer-BioNTech para a covid-19 ser ainda muito limitada, "não se supõe existir um risco acrescido de efeitos adversos à vacina em doentes asmáticos, com rinite alérgica ou com eczema".
“As reações alérgicas às vacinas do calendário nacional de vacinação são raras. As reações mais graves (reações anafiláticas) ocorrem em menos de 1/100.000 indivíduos”, afirma a SPAIC, acrescentando que “de acordo com a informação disponível, as reações alérgicas à vacina Pfizer-BioNTech para a covid-19 serão também eventos raros”.
Contudo, propõe que esta vacina não seja administrada a doentes com antecedentes de reações alérgicas graves a vacinas e que a relação risco-benefício “seja avaliada por um imunoalergologista nos casos de anafilaxia prévia a medicamentos, alimentos, latex, venenos de himenópteros (insetos como abelhas, vespas ou formigas) e ainda nos casos de anafilaxia idiopática (quando não é claramente identificado nenhum agente causador da reação alérgica grave), síndromes de ativação mastocitária (quando a reação alérgica afeta mais do que um sistema de órgãos) e imunodeficiências primárias”.
ma equipa internacional de cientistas encarregada de rastrear a origem da covid-19 comprometeu-se a explorar "todas as vias", durante uma visita de investigação à China planeada para janeiro, mas sem visar apontar culpados pela pandemia.
"As reuniões que tivemos até agora com colegas chineses têm sido muito produtivas e muito boas e a minha impressão é que os chineses, tanto a nível governamental, mas também a nível da população, realmente querem saber o que aconteceu", disse Fabian Leendertz, do Instituto Robert Koch, na Alemanha, citado pela agência France-Presse.
Leendertz é um dos dez cientistas escolhidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), após um longo processo de seleção, para tentar rastrear a origem do novo coronavírus e descobrir como é que este foi transmitido aos seres humanos.
"Não é uma questão de encontrar um país ou autoridades responsáveis. É uma questão de entender o que aconteceu para reduzir os riscos no futuro", insistiu Fabian Leendertz, em entrevista à AFP.
O especialista sublinhou que a transmissão do vírus de animais para seres humanos ocorre todos os anos, em todos os países do mundo.
"É apenas azar que este vírus seja tão pernicioso", apontou. Uma vez na China, "começaremos em Wuhan, porque é onde os dados mais consistentes estão disponíveis. A partir daí, seguimos todas as pistas onde quer que nos levem", garantiu.
Rogério Nunes, um dos camionistas portugueses retidos no porto de Dover, afirmou à RTP que se sente "abandonado" pelo Governo português.
As autoridades de Macau anunciaram hoje que vão exigir, no âmbito do combate à pandemia, dados adicionais aos residentes no preenchimento do código de saúde e que o não cumprimento pode resultar em pena de prisão ou multa.
A informação adicional deve ser preenchida no código de saúde 'online' a partir de quinta-feira e até 07 de janeiro e quem não a cumprir pode incorrer numa pena de prisão até seis meses ou numa multa até 60 dias.
Em causa estão códigos QR que, uma vez gerados, diferenciam com cores os graus de risco de contágio pela covid-19, com o vermelho a banir as pessoas de entrarem em serviços públicos e espaços comerciais, por exemplo.
Os dados agora solicitados implicam o preenchimento da morada de residência e locais habitualmente frequentados. A medida faz parte de uma nova política de prevenção das autoridades para responder à deteção de eventuais casos com maior rapidez e eficácia, de forma a travar potenciais contágios.
A junta de freguesia de Aldeia Viçosa, na Guarda, adaptou o tradicional ‘Magusto da Velha’ à pandemia e, no dia a seguir ao Natal, em vez de lançar castanhas da torre da igreja, vai distribuí-las pelas casas.
“Este ano, vamos cumprir a tradição, não pondo em risco a saúde das pessoas devido à pandemia [causada pela covid-19]. É quase um evento simbólico”, disse hoje à agência Lusa o presidente da Junta de Freguesia de Aldeia Viçosa, Luís Prata.
Segundo o autarca, em vez de as castanhas (cerca de 150 quilogramas) serem lançadas do cimo da torre da igreja para o adro, serão distribuídas porta a porta pelas cerca de 150 casas habitadas da freguesia.
África ultrapassou hoje as 60 mil mortes devido à covid-19 e regista um total de 2.544.950 infetados desde o início da pandemia, segundo dados oficiais.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o continente africano regista agora 60.254 mortos, mais 508 nas últimas 24 horas e no mesmo período houve mais 19.618 infetados nos 55 Estados-membros da União Africana.
O número de recuperados nas últimas 24 horas foi de 19.683 para um total de 2.145.138.
O Instituto Gamaleya em Moscovo, que desenvolveu a primeira vacina russa contra a Covid-19, revelou que os voluntários dos testes vão deixar de receber placebos.
A economia espanhola registou um crescimento de 16,4% no terceiro trimestre do ano em relação ao anterior e uma queda de 9% comparado com um ano antes, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) do país.
No terceiro trimestre de 2020 o Produto Interno Bruto (PIB) recuperou após a queda histórica registada no segundo trimestre (-21,6% em termos anuais), em que uma grande parte da economia foi paralisada pelo confinamento em vigor para travar a pandemia da covid-19.
Contudo, a economia espanhola ainda está longe de recuperar ao seu nível anterior à crise, uma vez que o PIB caiu 9% em relação ao nível em que estava um ano antes.
Depois de três dias consecutivos com números abaixo dos quatro dígitos, a Coreia do Sul registou nas últimas 24 horas 1.060 novos casos de infeção.
As autoridades já anunciaram medidas mais restritivas de distanciamento social.
Os líderes da União Europeia divulgaram hoje uma mensagem natalícia por vídeo a apelar aos cidadãos europeus que atuem com sentido de responsabilidade durante a época festiva, para que a Europa possa superar a pandemia da covid-19.
O vídeo, intitulado "Unidos contra a covid-19" e divulgado hoje de manhã, reúne curtas mensagens do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e dos 27 chefes de Estado e de Governo da UE, entre os quais o primeiro-ministro António Costa, que, com uma máscara de proteção, assume que este natal vai ser "diferente", mas sublinhando que esse é "o melhor presente" que se pode dar "àqueles que estão na linha da frente no combate à covid".
Com várias referências à "esperança" e "luz ao fundo do túnel" que representa a chegada da primeira vacina e múltiplos agradecimentos aos esforços dos profissionais de saúde, a mensagem vídeo dos líderes da UE é sobretudo pedagógica, com apelos aos 450 milhões de cidadãos europeus para que tenham um pouco mais de "paciência" e "não baixem a guarda" durante a época festiva, mantendo um comportamento responsável e seguindo as orientações de higiene e distanciamento social.EU27 mobilise Team Europe — 450 million strong — to keep #COVID19 under control and take care of each other.
— Charles Michel (@eucopresident) December 23, 2020
Together, along with vaccines, we will lay the ground for a safe, confident & prosperous 2️⃣0️⃣2️⃣1️⃣. pic.twitter.com/HPXMePbvjd
O exército britânico juntou-se hoje aos trabalhadores da saúde para realizar testes rápidos à covid-19 aos milhares de camionistas bloqueados junto ao porto de Dover, para acelerar as viagens após a reabertura da fronteira francesa.
Estes testes, que podem detetar a nova mutação do coronavírus, são semelhantes aos que se fazem para a gravidez e permitem o resultado em apenas 30 minutos.
Os motoristas receberão o resultado do teste no telemóvel, por mensagem de texto, o que será suficiente para permitir a travessia do Canal da Mancha.
O Governo e os parceiros sociais reúnem-se hoje na Concertação Social para fazer o acompanhamento da situação da pandemia de covid-19 e das medidas de resposta à crise.
De acordo com a convocatória enviada pelo Conselho Económico e Social (CES) aos parceiros sociais, os temas agendados para a reunião são o “acompanhamento da situação da pandemia e das medidas” e o “balanço dos trabalhos”.
Ainda hoje, o Governo vai decidir se avança para o nível mais alto de confinamento, devido ao aumento do número de infeções e hospitalizações.
Karine Lacombe, chefe da unidade de doenças infeciosas do hospital Saint-Antoine em Paris, defende que a opção de um novo confinamento não deve ser descartada.
“Na frente epidemiológica, a epidemia não está de forma nenhuma controlada”, acrescentou.
Os especialistas têm mostrado preocupação com o ressurgimento de novos casos a seguir ao Natal em França e na Europa.
As autoridades russas reportaram 27.250 novos casos de infeção por SARS-CoV-2, dos quais 5.652 em Moscovo, elevando o total nacional para 2.933.753.
Desde o início da pandemia já morreram 52.461 pessoas.
A Alemanha registou 962 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, o maior número diário de óbitos registado no país desde o início da pandemia, segundo o Instituto Robert Koch (RKI).
De acordo com os dados atualizadas pelo RKI, nas últimas 24 horas foram ainda registadas 24.740 novas infeções.
O pico das novas infeções foi atingido na sexta-feira, com 33.777 novos casos positivos.
Na Alemanha como um todo, a incidência acumulada nos últimos sete dias é de 195,6 casos por 100.000 habitantes e as novas infeções registada em sete dias totalizaram 162.256.
A situação é particularmente alarmante na Saxónia (parte oriental do país), onde a incidência semanal por 100.000 habitantes é de 414,1, mais do dobro da média do país como um todo.
Desde o início da pandemia foram registados 1.554.920 casos, dos quais 1.160.100 já recuperaram da doença. O número total de mortes com covid-19 é de 27.968.
O primeiro-ministro considera que os militares portugueses em missões externas das Forças Armadas estão a representar Portugal de forma "exemplar" e salienta o quadro de maiores dificuldades este ano em contexto de pandemia de Covid-19.
Estas posições foram transmitidas por António Costa numa mensagem vídeo de Natal dirigida aos militares portugueses em missões externas, que foi gravada em São Bento, em Lisboa, e não no sábado passado, como inicialmente estava previsto, na República Centro Africana.
Numa mensagem que dirigiu "a todas as mulheres e homens das Forças Armadas Portuguesas", António Costa destaca o caráter "duro" a todos os níveis do ano que agora termina.
"Quero enviar uma palavra especial a todos os militares, em particular aos que estão a desempenhar importantes ações de cooperação bilateral e multilateral no domínio da defesa, ou em missões e operações das Nações Unidas, da NATO e da União Europeia, um pouco por todo o mundo. Todos sem exceção representam Portugal de forma exemplar, e constituem, por isso, um motivo de justificado orgulho para todos os portugueses", declara o primeiro-ministro.
Numa mensagem que dirigiu "a todas as mulheres e homens das Forças Armadas Portuguesas", António Costa destaca o caráter "duro" a todos os níveis do ano que agora termina.
"Se a distância física de casa e das nossas famílias custa sempre, custa ainda mais nesta época festiva e num quadro de pandemia em que, apesar de já se começar a ver uma luz ao fundo do túnel, infelizmente ainda durante algum tempo não vamos poder baixar a guarda de maneira nenhuma. Esta mensagem também é, um muito sincero e justo agradecimento às famílias que de modo solidário e resiliente suportam a ausência e as saudades dos seus entes queridos, que, por motivos de serviço, têm de estar longe nesta altura do ano", acrescenta.
O Japão e a Coreia do Sul anunciaram hoje o reforço de restrições aos voos provenientes do Reino Unido, para evitar a propagação da variante do novo coronavírus ali detetada.
No caso do Japão, a entrada de passageiros do Reino Unido e de uma longa lista de países de todo o mundo já foi proibida há meses, com exceção de viajantes de negócios e cidadãos japoneses ou estrangeiros com estatuto de residência em território japonês.
Já a Coreia do Sul decidiu suspender todos os voos de e para o Reino Unido até 31 de dezembro.
Além disso, as autoridades sanitárias sul-coreanas decidiram colocar em quarentena todos os viajantes em voos internacionais que tenham passado nos 14 dias anteriores pelo Reino Unido e, uma vez isolados, testá-los.
O México vai começar a administrar a vacina Pfizer à sua população a partir de 24 de dezembro, anunciaram na terça-feira as autoridades mexicanas.
Este primeiro lote de vacinas chegará ao Aeroporto da Cidade do México na quarta-feira, mas autoridades não revelaram o local onde será armazenado "por razões de segurança".
As Forças Armadas serão responsáveis pela salvaguarda das doses da vacina no México.
Dalian, cidade do nordeste da China, está a testar mais de seis milhões de residentes para a Covid-19, após ter detetado 17 casos na semana passada.
A campanha de testes em massa arrancou na terça-feira e vai durar três dias, segundo uma nota divulgada pelas autoridades locais.
Segundo os últimos dados da Comissão Nacional de Saúde da China, existem atualmente 320 casos ativos no país asiático.
A Comissão não anunciou novas mortes associadas à Covid-19, pelo que o número permaneceu em 4634, o mesmo desde maio passado. O país somou, ao todo, 86.882 infetados desde o início da pandemia.
7h02 - Ponto de situação
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) reivindicou ontem a atribuição de compensações financeiras proporcionais aos prejuízos esperados para o Natal e o ano novo, perante as restrições implementadas devido à pandemia da Covid-19.
"A AHRESP reuniu ontem [segunda-feira] com o Governo, a fim de apresentar a urgência de medidas de compensação financeira para os elevados prejuízos que se preveem para a época natalícia e de passagem de ano, e que resultam da quebra de receitas e do pagamento de compromissos já assumidos", adiantou a estrutura em comunicado.A estrutura apela ainda ao Governo para que esta compensação abarque as empresas de alojamento turístico, para além da restauração e similares.
A AHRESP considera necessário rever os mecanismos de cálculo da compensação financeira, aplicando-o à quebra efetiva por comparação às receitas verificadas no mesmo período de 2019.
"Estas compensações não afastam a imperiosa necessidade de ver regulamentadas e disponibilizadas todas as medidas apresentadas pelo ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital no passado dia 10 de dezembro, com vista ao reforço da liquidez das empresas, da proteção do emprego e do apoio às rendas comerciais", enfatiza a AHRESP.
Prolongada obrigatoriedade da máscara na rua
Foi prolongado até março o uso obrigatório de máscara na rua. O projeto de lei do PSD foi aprovado com os votos do PS e CDS-PP.
Votaram contra o Chega e a Iniciativa Liberal. Abstiveram-se o Bloco de Esquerda e PCP. A iniciativa social-democrata mantém as coimas para os incumpridores entre os 100 e os 500 euros.
Vacina. Atraso na distribuição
A diretora médica da Pfizer-Portugal alerta para um atraso na distribuição da vacina na ordem dos 20 por cento.
Susana Castro Marques garante também que, dentro de algumas semanas, já haverá mais certezas quanto à variante do coronavírus detetada em Inglaterra. A Direção-geral da Saúde afirma, por agora, que a variante do SARS-CoV-2 identificada em Inglaterra não foi ainda detetada em Portugal.
Ministra do Trabalho em isolamento
A ministra do Trabalho está em isolamento profilático.
Ana Mendes Godinho teve teste negativo à Covid-19, mas mantém cumprimento das indicações de saúde porque esteve exposta a contacto com um caso positivo. Recorde-se que o primeiro-ministro está também em isolamento profilático.
O Governo e os parceiros sociais reúnem-se esta quarta-feira, em sede de Concertação Social, para fazer o acompanhamento da situação da pandemia e das medidas de resposta à crise.
O quadro em Portugal
Segundo o último boletim epidemiológico, conhecido ao início da tarde de terça-feira, morreram mais 63 pessoas, para um total de 6254 óbitos desde o início da pandemia.
Havia ontem registo de mais 2436 novos casos.
Estão internadas menos 63 pessoas, para um total de 3095. Nos cuidados intensivos estão mais seis pessoas. São agora 508.
O quadro internacional
A pandemia provocou já pelo menos 1.703.500 mortos resultantes de mais de 77,2 milhões de casos de infeção, de acordo com o balanço em permanente atualização por parte da agência France Presse.
Foi reaberta a fronteira entre França e Reino Unido. Durante dias, milhares de camiões untaram-se próximo do porto de Dover, em Inglaterra, sem poder entrar em frança. À meia-noite, a fronteira foi reaberta. Mas o Governo francês impôs condicações: os camionistas têm de apresentar teste à Covid-19 com menos de 72 horas.
Mais de 50 países suspenderam a entrada de viajantes provenientes do Reino Unido como medida de proteção contra uma nova variante do SARS-CoV-2. O Governo britânico admite decidir novas restrições.
A Covid-19 é a doença é causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, identificado no final de dezembro de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.